A horta escolar como prática educativa: incentivo aos alunos e uma nova prática pedagógica

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Alimentos

Autores

Gomes de Sousa Silva, M.E. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) ; Fernandes Nascimento, T. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) ; Gomes Passos, I.N. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO)

Resumo

O presente artigo visa de forma educativa, propor aos professores e todo corpo docente da escola Municipal Sirino Rodrigues situada no povoado Remanso, Grajaú-Ma uma nova prática pedagógica, trazendo a realidade aos alunos e os ensinando como ter uma alimentação saudável e segura sem qualquer tipo de agrotóxico, trás também a ideia de preservação na qual os alunos irão entender o verdadeiro significado de proteger e cuidar do meio ambiente, ou seja, do meio em que se está inserido, possibilitando o contato com o meio ambiente e desenvolvendo novas formas de ensino e aprendizagem. Foi uma pesquisa exploratória quantitativa, onde os alunos tiveram a oportunidade de estar em contato direto com a natureza proporcionando uma vivencia prazerosa no estudo das plantas.

Palavras chaves

Educação Escolar; Meio Ambiente; Preservação

Introdução

Cada vez está mais evidente a importância de uma educação de qualidade que leve em consideração a formação de cidadãos mais críticos, responsáveis e capacitados para a vida. Para tal realização o Ministério da Educação concebe como essencial o acesso ao conhecimento de forma ampla, bem como o acesso às novas tecnologias; além do estímulo a atividades que contribuam para conscientização sobre a importância da melhoria das condições ambientais. (CRIBB, Sandra Lucia de Souza Pinto, 2010). Também observa a necessidade de serem construídas novas visões educacionais que integrem a saúde e o ambiente através de propostas interdisciplinares. Considerando este pensamento nos voltamos para o desenvolvimento de trabalhos realizados em horta escolar para abordar temas como educação ambiental, e educação para a saúde através dos aspectos nutricional e alimentar (CRIBB, Sandra Lucia de Souza Pinto, 2010). O termo Agricultura Orgânica apareceu por volta de 1920, quando surgiram movimentos e manifestações contrários à adubação química e a favor da prática de culturas baseadas nos processos biológicos naturais. Inicialmente, os movimentos foram agrupados em quatro grandes vertentes: a agricultura orgânica, biodinâmica, biológica e natural. Em meados de 1970, essas vertentes foram agrupadas e nomeadas como agricultura alternativa, o que nos dias atuais é conhecido por Agricultura Orgânica. Agricultura orgânica expressão frequentemente usada para designar sistemas sustentáveis de agricultura que não permitem o uso de produtos químicos sintéticos prejudiciais para a saúde humana e para o meio ambiente. É um processo produtivo comprometido com a organicidade e sanidade da produção de alimentos vivos para garantir a saúde dos seres humanos.

Material e métodos

O projeto A horta escolar como prática educativa: incentivo aos alunos e uma nova prática pedagógica foi desenvolvido na Escola Municipal Sirino Rodrigues, pelos alunos do ensino fundamental, 5° ano. Esta pesquisa é básica e de natureza exploratória quantitativa (CYPRIANO, Raphael Jonas, et al, 2013). Para a realização da mesma, foi aplicado um questionário contendo 06 questões, foram perguntas a respeito da horta, qual a sua importância, se foi bom ter uma horta na escola, se ajudou na alimentação escolar entre outros. O objetivo do questionário foi obter informações sobre o nível de conhecimento dos alunos a respeito da horta escolar. Segundo Karl Marx "O homem vive da natureza, quer dizer: a natureza é seu corpo, com o qual tem que manter-se em permanente intercâmbio para não morrer". Partindo desse pressuposto o artigo Horta na Escolar, além de ter proporcionado um ótimo exercício físico, na hora de preparar a terra como; plantar, arrancar mato, podar, aguar entre outros, foi atividade extraclasse. Foram elaborados dois canteiros no qual 1 deles teve esterco bovino e o outro pó de feijão , que foram plantados as seguintes sementes: Alface, Cebolinha, Coentro e Tomate. Os dois estercos foram analisados no desenvolvimento de cada semente, como no seu crescimento, tempo e quantidade (CYPRIANO, Raphael Jonas, et al, 2013). 1º etapa: Conversa informal com a diretora da escola e com a professora que ministra a aula de ciências na turma. 2º etapa: Palestra com os alunos para melhor explicação do projeto e do que é horta, seus benefícios e suas utilidades. 3º etapa: Limpeza do local no qual a horta foi plantada e em seguida sua plantação junto com os alunos. 4º etapa: Manutenção da mesma com ajuda dos discentes.

Resultado e discussão

Diante do exposto pode-se observar através do questionário aplicado que a comunidade em geral interrogada, apóiam a ideia de horta na escola e consideram uma ideia boa, pois além de ter ajudado na alimentação das crianças também ajudou na hora de entender a natureza e preservá-la. Trabalhou a aprendizagem dos alunos tanto na teoria como na prática, fazendo com que os mesmos entendam a forma saudável de se ter uma boa alimentação ajudando até mesmo na merenda escolar, assim os docentes e discentes tiveram contato direto com a natureza, e utilizaram a mesma como recurso para as aulas, explicando como os processos ocorrem e o quanto é necessário que essa ligação entre homem e plantas ocorra. Para isso, é essencial que se tenha professores capacitados para lidarem com a horta, de forma que não venha agredir os vegetais e nem a terra. (Coelho, Denise Eugenia Pereira et al, 2016).

INICIO DA HORTA ESCOLAR, NA ESCOLA MUNICIPAL SIRIRNO RODRIGUES


FIM DA HORTA ESCOLAR, NA ESCOLA MUNICIPAL SIRIRNO RODRIGUES

Conclusões

Durante a construção da horta os alunos puderam interagir diretamente com o ambiente, compartilhando e construindo conhecimentos através de uma visão diferenciada. Percebeu-se nesse instante que os alunos sentiram-se mais a vontade para esclarecer suas ideias, levantar questionamentos, compartilhar conhecimentos populares e teóricos com os demais alunos e solucionar alguns problemas que surgiam nesse momento, atentando se para a sua saúde, levando-se em conta que o uso de agrotóxica prejudica não só a terra como também colabora no desenvolvimento de doenças.

Agradecimentos

Referências

Associação de agricultura orgânica. Disponível em:<http://aao.org.br/aao/agriculturaorganica. Php>. Acesso em: 02/jan/2017

COELHO, Denise Eugenia Pereira et al, 2016. Vivências de plantar e comer: a horta escolar como prática educativa, sob a perspectiva dos educadores.

CRIBB, Sandra Lucia de Souza Pinto, 2010. CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E HORTA ESCOLAR NA PROMOÇÃO DE MELHORIAS AO ENSINO, À SAÚDE E AO AMBIENTE.

CYPRIANO, Raphael Jonas, et al, 2013. HORTA ESCOLAR: UM LABORATÓRIO VIVO. Disponível em:<http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1400>. Acesso em: 01/jul/2017.

LIBÂNEO, J. C. A escola com que sonhamos é aquela que assegura a todos a formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã. In: COSTA, M. V. (Org.). A escola tem futuro? 2. Ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.p. 11-22.

MARX e ENGELS. A Ideologia Alemã. Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. São Paulo, Editora HUCITEC, 1996 pg. 27.