EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DA ERVA-DOCE PELO MÉTODO DE HIDRODESTILAÇÃO

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Química Orgânica

Autores

Rotsen, W.F.C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Aragão, C.G.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Silva, A.C.N.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Silva, E.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Ribeiro, D.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Diniz, V.W.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ)

Resumo

O consumo de plantas para fins terapêuticos é uma herança dos povos indígenas. O modo de preparo assumiu diversas formas ao longo dos anos, assim como o interesse em conhecer a composição química e propriedades biológicas dessas ervas, o que tem ganhado uma significativa atenção mercadológica, uma vez que o óleo essencial extraído possui uma enorme quantidade de ácidos carboxílicos, álcoois, fenóis e aldeídos. O presente trabalho tem como objetivo a extração do óleo essencial da semente da planta Foeniculum vulgare, conhecida popularmente como erva-doce, por meio da hidrodestilação, a fim de, com o auxílio de bibliografias, discutir os benefícios proporcionados pela planta.

Palavras chaves

Óleo essencial; Erva-doce; Hidrodestilação

Introdução

As plantas e sementes trazem diversos benefícios para o ser humano, devido aos compostos que possuem, dentre estes podemos destacar os óleos essenciais, como o de alecrim, por exemplo, que ajuda na hidratação da pele até o desenvolvimento de colágeno (LEITE, 2016). Porém, para obter estas substâncias presentes em sementes, raízes ou folhas deve-se realizar a sua extração, para isso, criou-se diversos métodos de extração, tais como a enfloração, a hidrodestilação, etc (FOGAÇA, 2010). Segundo Trancoso (2013), os óleos essenciais possuem estrutura química como base carbono, hidrogênio e oxigênio, o qual origina uma cadeia complexa, e em sua maioria, aromática. No entanto, o uso desses compostos não está restrito apenas para consumo humano, pois Silva (2010) apresenta o uso de óleos essenciais em rações de suínos, exemplo a erva-doce, como agentes antimicrobianos. A semente da planta Foeniculum vulgare, conhecida como erva-doce, apresenta diversas características e é comumente utilizada em chás para a redução de apetite, antioxidante e regulador intestinal e outros (PETRY, 2012). Mas, quando a semente é consumida em excesso causa alguns problemas, dentre eles, estão presentes a diurese que causa aumento da imersão de urina tendo perda de potássio e diversos nutrientes importantes para o corpo (CANDELORO, 2003). O presente trabalho teve como objetivo a extração do óleo essencial da Foeniculum vulgare, utilizando o método de hidrodestilação, e através de bibliografias discutir alguns dos benefícios proporcionados pelo óleo essencial da erva-doce.

Material e métodos

Em um primeiro momento pesou-se uma massa de pouco mais de 100 g da semente da erva-doce na balança analítica, em seguida a amostra foi transferida para o balão de destilação de 25 mL e adicionou-se água destilada até aferir a marca do recipiente, para efetuar uma dissolução completa. Posteriormente, a amostra foi levada a manta aquecedora para atingir uma temperatura de aproximadamente 150°C, após o preparo de todo o equipamento de destilação, buscou-se manter o controle da temperatura com objetivo do material não levantar fervura para evitar a perda de reagentes. Por fim, com o auxílio de uma pipeta Pasteur, separou-se o óleo essencial, transferindo-o para um vidro de relógio adequado a sua pesagem na balança analítica.

Resultado e discussão

Para a obtenção do óleo essencial de Foeniculum vulgare, inicialmente, determinou-se a massa de sua semente, tendo como resultado 115,488 g. Logo após, com o equipamento montado e manta aquecedora ligada, estabilizou-se a temperatura ao ponto de fervura, afim de evitar perda de reagente. Assim, para finalizar a prática separou-se o óleo essencial que estava misturado a água, tendo como resultado uma massa de 0,157 g. O método de hidrodestilação, empregado neste trabalho, favoreceu a prática, pois segundo Silveira (2012), tratando-se de um material de origem vegetal, o vapor força a abertura das rígidas paredes celulares promovendo a evaporação do óleo presente nas células da planta. Seguindo essa linha de raciocínio, o teor de óleo obtido após a destilação deveria atingir um valor consideravelmente alto devido à massa utilizada, segundo Peregrino (2003, apud SILVA, 2010), pois para conseguir um percentual de óleo elevado seria necessário um valor de massa também elevado. No entanto, após aquecimento na manta, constatou-se uma diminuição drástica na massa inicial para a massa final da amostra. Fato que explica o baixo rendimento percentual do óleo obtido nesse experimento, de 0.136%, apresentado na figura 1. Segundo Azambuja (2016), o rendimento de erva-doce, mantém-se em torno de 2,5 a 3%. É válido ressaltar, que foi possível caracterizar a substância presente como óleo, pois apresentou viscosidade, insolubilidade em água, coloração e odor característico da amostra. Assim como, a quantidade de óleo adquirida está vinculada à natureza dos constituintes, época de coleta, solo, etc. Portanto, o rendimento do experimento está relacionado a fatores como perda de material durante a análise, além do fato da amostra sólida de erva-doce havia era industrializada.

Figura 1

Cálculo do rendimento percentual da amostra.

Conclusões

A partir da prática realizada para extração do óleo essencial da erva-doce, por meio da hidrodestilação, da espécie Foeniculum vulgare que apresenta grandes benefícios para a saúde humana e animal, quando manuseada corretamente, obteve- se uma pequena porção de óleo essencial, devido à perda de massa da amostra, após aquecimento na manta. A composição química dos óleos essenciais é diversificada e está relacionada diretamente com o tipo do vegetal, em sua maioria, compostos por funções orgânicas como os aldeídos e hidrocarbonetos.

Agradecimentos

Referências

AZAMBUJA, Wagner. Óleo Essencial de Erva-doce (funcho). Disponível em : <http://www.oleosessenciais.org/oleo-essencial-de-funcho-doce/>. Data de acesso: <03/09/2017>.

CANDELORO, JM, CAROMANO, F. A., THEMUDO FILHO, M. R. F. Efeitos fisiológicos da imersão e do exercício na água. Fisioterapia Brasil (São Paulo), Brasil, v. 4, p. 60-65, 2003.

FOGAÇA, Jheniffer Rocha Vargas. Extração de óleos essenciais das plantas. Alunos Online. Disponível em <https://alunosonline.uol.com.br>. Data de acesso <14/11/2016>.

LEITE, Patricia. Benefícios do óleo de alecrim.R7.COM. Disponível em
<html://mundoboaforma.com.br> Data de acesso > 13/11/2016>.

PETRY, Daiane. Conheça os benefícios da erva doce (funcho). Harmonie/Aromaterapia. Disponível em <https://harmoniearomaterapia.com.br >. Data de acesso < 14 /11/2015>.

SILVA, Taisa Rocha Gomes. Inclusão de Óleos Essenciais na dieta de suínos.UFPB/Centro de ciências agrarias. Areia-PB, 2010.

SILVEIRA, Jheniffer Cristina. BUSATO, Nathália Viégas, COSTA, Andréa Oliveira Souza da. JUNIOR, Esly Ferreira da Costa. Levantamento e análise de métodos de extração de óleos essenciais. Revista Enciclopédia Biosfera. Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.8, n.15; p. 2038. 2012.

TRANCOSO, Marcelo Delena. Projeto Óleos Essenciais: extração, importância e aplicações no cotidiano. III Simpósio em Ensino de Ciências e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, 2013, Volta Redonda - RJ. Revista PRÁXIS - Edição Especial. Volta Redonda - RJ: Editora FOA, 2013. v. 09. p. 89-96.

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