ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Oliveira Guerra, L. (UEPA) ; de Freitas Pereira, C. (UEPA) ; Bitencourt Pinto, V. (UEPA) ; de Assis Branquinho, J.R. (UEPA) ; Farias de Almeida Junior, C. (UEPA) ; Pinheiro Gonçalves, J. (UEPA) ; Wanzeler Moia, L.H. (UEPA) ; Nazareno Albuquerque Durães, M.R. (SEDUC/PA)
Resumo
O trabalho realizado na E. E. E. M. Abrão Simão Jatene, através do projeto PIBID, teve como principal objetivo utilizar práticas experimentais com materiais alternativos e baixo custo a fim de melhorar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, com relação à disciplina química. Realizaram-se no ano de 2015 doze experimentos, a maioria com materiais de fácil acesso e fácil aquisição. No início via-se muita dificuldade dos alunos, porém no decorrer das atividades notou-se uma melhora considerável no nível de acertos aos questionamentos propostos com relação ao assunto abordado. Os experimentos em Química tornam-se um novo subsidio ofertado para uma nova perspectiva de ensino-aprendizagem. Assim, alunos, monitores e professorem tiveram um grande aproveitamento.
Palavras chaves
Experimentação; Materiais Alternativos; Ensino-Aprendizagem
Introdução
O presente trabalho que tem por tema “A experimentação como ferramenta de auxílio às aulas de química na Escola de Ensino Médio Abrãao Simão Jatene” descreve as atividades do subprojeto do PIBID, este que buscou incentivar o ensino de química através do uso de práticas experimentais com matérias alternativos e de baixo custo, tendo como principais objetivos despertar o interesse dos alunos pela disciplina Química, examinar o desenvolvimento dos alunos antes, durante e após o projeto PIBID e desmistifica-la através da experimentação. Com esta ação até mesmo escolas desprovidas de laboratórios poderão utilizar das práticas, para assim evitar o enfoque tradicional comumente utilizado. A experimentação é essencial no processo de ensino-aprendizagem em química, uma vez que os alunos assimilam melhor aquilo que praticam, pois irá demonstrar aos alunos a real importância dessa ciência e sua aplicabilidade, visando não apenas repassar conceitos, mas mostrar de forma concreta como ela está inserida diretamente em nossas vidas. Para Bizzo (2002, p. 14) “O ensino de Ciências deve proporcionar a todos os estudantes a oportunidade que eles despertem a inquietação diante do desconhecido, buscando explicações lógicas e razoáveis amparadas em elementos tangíveis”. Pode-se dizer que a experimentação não garante o aprendizado do aluno, no entanto é um fator relevante para que o estudante se envolva no processo de aprendizagem, em outras palavras é o que move o aluno a estudar, fator este determinante para o processo.
Material e métodos
Para a elaboração deste trabalho foi utilizado dois tipos de pesquisas; a pesquisa bibliográfica que será para construção do referencial teórico e a pesquisa de campo, O lócus da pesquisa foi à Escola de Ensino Médio Abraão Simão Jatene, a qual funciona na região urbana do município de Cametá/PA. A população da pesquisa foram os alunos do 1º ano do ensino médio, com uma amostra de 30 alunos, os quais foram selecionados para participar do programa PIBID. Inicialmente o trabalho consistiu na aplicação de um questionário diagnostico para os discentes em relação à experimentação no ensino de química e logo após a aplicação desse questionário ocorreu acompanhamento de uma vez semanal das aulas experimentais na disciplina de Química totalizando 12 experimentos, e para finalizar aplicou-se um questionário somativo para saber se a experimentação auxiliou os discentes na compreensão dos conteúdos repassados.
Resultado e discussão
Analisando o questionário diagnostico constatou-se que 75% dos discentes têm
grande dificuldade em assimilar os conteúdos de química repassados pelo
professor, consideram essa disciplina “difícil” como se ela não tivesse
utilidade na sua vida. Os outros 25% afirmam que a disciplina em questão é de
fácil compreensão.
As principais dificuldades dos alunos em relacionar a Química com seu dia a dia
se deve em maior parte dos professores por trabalharem os conteúdos de forma
descontextualizada, tornando-se distantes da realidade e difíceis de
compreender, não despertando o interesse e a motivação dos alunos. Além disso,
muitos docentes priorizam a reprodução do conhecimento, a cópia e a memorização
de fórmulas, esquecendo muitas vezes, de associar a teoria com a prática que
muitas vezes pode parecer muito difícil de ser absorvida. Por isso, o professor
precisa tentar desmistificar as fórmulas e equações. (TORRICELI, 2007)
No decorrer das experiências vivenciadas notou-se que os estudantes
apresentaram uma maior motivação em aprender Química, isso pode ser comprovado
através da análise do questionário avaliativo, onde se pôde verificar que 95%
dos alunos relatam que através da experimentação a Química se torna menos
complicada, pois os estudantes começam a ver sentido no que estudam, associando
com seu cotidiano. Apenas 5% dos discentes não conseguiram enxergar a
experimentação como auxílio para as aulas de Química.
A experimentação pode ter um caráter dedutivo quando os alunos têm a
oportunidade de testar o que é dito na teoria, dessa forma a utilização dessas
atividades bem planejadas facilita muito a compreensão da produção do
conhecimento em química.(GIORDAN, 1999).
Conclusões
A inexistência de laboratório não deve implicar na inexecução de atividades experimentais de Química. O trabalho realizado na Escola E.E.E.M Simão Jatene, mostra que é possível apresentar aos alunos, experimentos de Química usando materiais de baixo custo a fim de tornar as aulas de Químicas mais atrativas, facilitar a assimilação dos conteúdos e também mudar a ideia de que a Química é uma disciplina complicada e distante da realidade dos alunos.
Agradecimentos
A gestão da E.E.E.M Simão Jatene que proporcionou o desenvolvimento do projeto PIBID. A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pelas bols
Referências
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química nova na escola. Experimentação e Ensino de Ciências N° 10. p. 43-49, Novembro 1999. Disponível em:<qnesc.sbq.org.br/online/qnesc10/pesquisa.pdf>. Acesso em Abril 2016.
TORRICELI, Enéas. Dificuldades de aprendizagem no Ensino de Química. (Tese de livre docência), Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Educação, 2007.