ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Almeida Pacheco, R. (UEPA) ; Farias Franca, F. (UEPA) ; da Silva Guerra, L. (UEPA) ; Caldas Amorim, V. (UEPA) ; Raylanna de Assis Branquinho, J. (UEPA) ; Moraes Duarte, S. (UEPA) ; Rodrigo Nazareno Albuquerque Duraes, M. (IFPA) ; Maria Farias Leitao, L. (UEPA)
Resumo
O presente trabalho objetiva investigar de que forma uma abordagem sobre a química nos alimentos regionais poderá influenciar no processo de aprendizagem dos alunos do 3º ano da E.E.E.M Abraão Simão Jatene, localizada no município de Cametá; esclarecer a importância da Química na alimentação e estimular a aprendizagem dos conceitos científicos, enfatizando metodologias didáticas diversas, a saber: interdisciplinaridade, ludicidade, contextualização e experimentação. A abordagem metodológica foi qualitativa e quantitativa através de questionários, aplicação de aulas teórico/experimental e debates. Com isso, foi possível verificar que metodologias que minimizem a distância entre o aprendido e o vivido se configuram com eficaz no processo de ensino-aprendizagem.
Palavras chaves
PIBID; SABORES DA QUÍMICA; SABERES DA QUÍMICA
Introdução
“Sabe-se que um dos problemas gerador na aprendizagem de química é a desvinculação entre os conceitos químicos e a vivência dos alunos” (ELY et al, 2009, p.12). Para tanto, faz-se necessário à utilização de metodologias alternativas como ferramenta de auxílio no processo de ensino aprendizagem, a saber: interdisciplinaridade, contextualização, experimentação e aulas práticas por parte de muitos professores que ainda utilizam o método tradicional de ensino para repassar os conteúdos para os alunos, e com isto, acabam acarretando sérios problemas de aprendizagem e de fixação de conhecimento. Outro fator que merece ser ressaltado no que tange à química na alimentação é falta da abordagem por parte da comunidade escolar para com os alunos. Sabe-se que alimentação é fator de qualidade de vida e conhecer seus constituintes químicos é importante, pois, permitirá ao educando relacionar o que ele aprende na escola com aquilo que ele vive no seu dia-a-dia. Portanto, este trabalho objetivou levar para o ambiente escolar a temática da química relacionada à alimentação, por meio do PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - dando ênfase a especificidade alimentícia regional e, sobretudo, conscientizá-los da importância dos alimentos seja para o bem ou para o mal enfatizando os constituintes químicos que neles se fazem presentes.
Material e métodos
O presente trabalho desenvolvido inseriu-se numa abordagem de cunho qualitativo e quantitativo, tendo como lócus a Escola Estadual de Ensino Médio Abraão Simão Jatene, localizada no município de Cametá/PA por meio do projeto de extensão PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – com uma carga horária mensal de 10 horas durante o ano letivo de 2016, a população selecionada foi a turma de 3º ano do ensino médio da referida escola, e a amostra contou com a participação de 25 alunos regularmente matriculados. A investigação se caracterizou pela pesquisa de campo, a fim de possibilitar a vivência na escola objeto deste trabalho, sendo assim, a mesma foi dividida em 03 (três) etapas: na primeira ocorreu a realização de uma avaliação prognóstica por meio de observação, aplicação do questionário inicial e diálogo com os alunos sobre a temática do projeto. Na segunda etapa houve a realização das propostas metodológicas que foram as gincanas sobre química e alimentação e aulas expositivas evidenciando a presença da química no cotidiano. E a terceira etapa ocorreu à avaliação somativa das propostas e a aplicação do questionário final.
Resultado e discussão
Com aplicação do questionário inicial verificou-se que 65% dos alunos não sabiam o qual a relação da Química com a alimentação, isso permite inferir que os alunos estão muito distantes de relacionar o aprendizado com a vivência e neste caso, é preciso ressaltar Ely et al (2009) que levanta o questionamento em relação a esse distanciamento do aprendizado com a vivência, ressaltando que um dos problemas de aprendizagem é justamente essa desvinculação, que não permite ao educando aprofundar seus conhecimentos que na maioria das vezes se constituem rasos, sem capacidade de coerência e sobretudo de mudança de posicionamento para uma melhor tomada de decisão.
A mesma pergunta, feita no questionário final, depois de todas as aulas ministradas, sendo estas, enfatizadas por meio de metodologias didáticas diversas já citadas, mostraram que 70% dos alunos tiveram amadurecimento e desenvolvimento intelectual, no que concerne em dar respostas adequadas e coerentes a respeito dos sabores e saberes da Química.
A tabela abaixo traz todas as aulas que foram ministradas, enfatizando seu tema e o processo de socialização junto aos discentes.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS AULAS COM OS TEMAS E SEUS PROCESSOS DE SOCIALIZAÇÃO.
Conclusões
A pesquisa seguida de intervenção demonstrou que 65% dos alunos não conseguiram formular um pensamento coerente ou algum esboço de relação entre química e alimentação e que depois de todas as aulas ministradas, com a utilização das ferramentas de ensino eficazes no processo do aprender 70% deles conseguiram responder de forma coesa, conseguindo dar respostas de acordo com alguma problemática envolvendo os sabores e saberes da Química. É importante ressaltar que o PIBID é um projeto que está vinculado à Universidade do Estado do Pará (UEPA) e o presente trabalho nasceu dele.
Agradecimentos
A DEUS, FONTE DE TODO ENTENDIMENTO E SABEDORIA.
Referências
ELY, C. R; EL, AMARAL, L. C. BOM, M. H. H. E LETTRES, R. A. DIVERSIFICANDO EM QUÍMICA: proposta de enriquecimento curricular. Ed. Mediação. Porto Alegre 2009.