ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Santos, R.P. (IFRN-MACAU) ; Paiva, J.G. (IFRN-MACAU)
Resumo
O uso do Role Playing Game tem sido muito comum entre os meios de ensino, desta forma este trabalho em si vem abordando aulas de História da química, que foram propostas em um jogo de RPG. Tendo em vista sua fácil adequação aos assuntos, podemos moldar conforme a necessidade do professor. Então os alunos viveram em terras medievais aprendendo sobre alquimia e seus misticismos através do RPG, conhecendo de forma lúdica.
Palavras chaves
HISTÓRIA; QUIMICA; RPG
Introdução
O jogo foi proposto na disciplina de História da Química no IFRN-Ipanguaçu na turma do 7° período de Licenciatura em Química com 15 alunos, no ano de 2013, os alunos tinham idades entre 20 e 37 anos. Por apresentar um publico diferente, com mais idade, o tempo foi maior. A proposta foi substituir seminários que grupos iriam apresentar, por um jogo. O tempo de jogo foi de 10 horas aulas distribuídas em dois meses. Os temas dos seminários foram apresentados em forma de jogo o professor acompanhou todo o jogo. Foi observado um bom desempenho dos discentes na abordagem do RPG. Eles se deparam com as aplicações da Química em um universo onde a proposta cientifica foi desenvolvida para a sobrevivência dos jogadores.
Material e métodos
Suas primeiras emoções foram por antigos vilarejos onde a busca pelo conhecimento era a maior arma. Depois veio o primeiro desafio, onde se encontraram em um antigo laboratório de um alquimista que para sair foi necessário resolver um quebra cabeças envolvendo a filosofia Aristotélica, e assim os jogadores foram conhecendo os ambientes históricos e místicos da Química antiga. Após atividade entrevistas com alunos foram feitas com intenção de descobrir a opinião sobre o jogo. Os jogadores tiveram que usar das soluções e misturas que os cenários dispunham para superar situações como desafios e como auxilio para derrotar algum inimigo. Marcatto (1996, p.16), salienta que o RPG é um exercício de diálogo, de decisão em grupo, de consenso, pois só através da interação de todos os jogadores é possível a construção da narrativa ficcional.
Resultado e discussão
Os jogadores puderam conhecer etapas da História da química que foram além
de textos e apresentações de slides, observaram e ouviram de personagens a
descrição do ambiente, travaram discursões com sábios conhecedores da
alquimia. Durante toda atividade o professor da disciplina participou
indireta e diretamente do jogo como personagem conselheiro dos jogadores
analisando o desempenho dos mesmos dentro do tema. Após as aulas foi feita
uma entrevista com os alunos sobre a opinião da aplicação do jogo envolvendo
química. Onde os mesmos relataram satisfação ao participar de uma atividade
diferenciada que além de aprender com um novo instrumento divertiram-se
também.Muitos se depararam com nomes estranhos de personagens sábios como
Bombastus que é mais conhecido por Paracelso. Os jogadores tiveram
preocupações em ter um livro de Química por perto para sempre prepararem
ações conjuntas e assim enfrentarem e superarem os desafios propostos.
Houveuma boa interação de conhecimento entre os jogadores, pois pausavam o
jogo e discutiam a melhor hipótese para a sessão. Sessão durou 2 horas aulas
por semana e os conteúdos abordados são os da própria ementa do curso em
situações como desafios e como auxilio para derrotar algum inimigo. Dentro
da história vivida foram imaginando os cenários descritos e interagindo com
os séculos passados podendo ajudar um camponês em uma forja, colher ervas
medicinais, criar poções entre outros pontos que tornaram a disciplina
diferenciada. "[...] o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida
dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras
livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em
si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma
consciência de ser diferente da vida cotidiana. (HUINZIGA, 2001, p.72)”.
Pesquisa feita com os alunos após o jogo
Conclusões
Houve uma boa interação de conhecimento entre os jogadores, pois pausavam o jogo e discutiam a melhor hipótese para avançarem. Dentro da história vivida foram imaginando os cenários descritos e interagindo com os séculos passados podendo ajudar um camponês em uma forja, colher ervas medicinais, criar poções entre outros pontos que tornaram a disciplina diferenciada. E assim o conhecimento histórico foi absorvido de uma maneira diferenciada e atrativa.
Agradecimentos
Agradecemos o apoio financeiro disponibilizado pela coordenação de pesquisa e extensão do IFRN que possibilitou nossa estadia e aos professores e a coordenadora do cur
Referências
COLLINS, A.; Cordel, B. R. e Reid, T. Dungeous & Dragon, Livro
do Mestre. São Paulo, BRA: Editora Abril, 2003.
HUIZINGA, J. Homo Ludens – A Study of the Play Element in
culture. Boston, USA: Beacon Press, 1980.
MARCATTO, Alfeu. Saindo do Quadro. São Paulo: A. Marcatto, 1996.