ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Correa, M.J.C. (UEMA) ; Reis, L.S.A. (UEMA) ; Silva, I.K.L. (UEMA) ; Santos, K.M.S. (UEMA) ; Neta, I.H.G. (UEMA) ; Oliveira, E.C. (UEMA) ; Silva, J.G.L.L. (UEMA) ; Gomes, C.A. (UEMA)
Resumo
Atualmente, a utilização de técnicas de espectroscopia molecular apresenta grande relevância no estudo da química analítica e análise instrumental, tornando possível a especificação de espécies em compostos orgânicos e inorgânicos. O presente trabalho tem como objetivo a utilização da espectrofotometria como método proposto para determinação direta e simultânea de duas substâncias absorventes Cr(II) e Co(III). Os espectros foram obtidos através de Espectrômetro de Absorção Molecular na Região UV/Vis marca BEL, modelo M51. Os resultados colhidos mediante as análises dos espectros apresentaram-se aceitáveis.
Palavras chaves
determinação simultânea; espectrofotometria UV/Vis; lei de Beer
Introdução
Entre as alternativas para determinação de íons metálicos de maneira simples e rápida destacam- se os métodos espectrofotométricos na região UV- Vis, devido à robustez e custo relativamente baixo (TEIXEIRA et al, 2006). Por meio da lei de Beer-Lambert que a intensidade de luz transmitida (I_t) está relacionada exponencialmente em relação à intensidade de luz incidente (I_0) com o aumento da concentração da solução ou meio de absorção (SKOOG, et al 2004). Quando um feixe de radiação monocromática atravessa uma solução contendo dois componentes absorventes Co(II) e Cr(III), admite-se que Co(II) absorve uma quantidade de energia que não é afetada pelo Cr(III), ou vice-versa, e que a absorbância total do sistema , num dado comprimento de onda (λ) , é a soma das absorbâncias dos componentes individuais A_Total= A_Cr+ A_Co.(CIENFUEGOS e VAITSMAN, 2000). Este trabalho tem como objetivo principal determinar simultaneamente a concentração de Co (II) e Cr (III) em uma mistura por espectrofotometria utilizando o princípio de absorbância aditiva e a influência da concentração.
Material e métodos
Para aplicação do método analítico, utilizou-se neste trabalho o espectrofotômetro UV-VIS BEL(modelo M51) na faixa espectral de 380-700 nm, empregando-se cubetas de vidro com 1 cm de caminho ótico. As curvas de calibração foram desenvolvidas no software OriginLab Pro 2016. Todas as soluções foram preparadas utilizando-se reagentes de procedência analítica (VETEC e ISOFAR). As soluções padrões adotadas nas análises foram: cloreto de cromo hexahidratado(CrCl3.6H2O) e cloreto de cobalto hexahidratado(CoCl2.6H2O) de concentração (0,050 mol.L-1; 0,188 mol.L-1) respectivamente.Os espectro de absorção para determinação simultânea de Co(II) e Cr(III) foram obtidos pipetando-se 2 mL de solução padrão de cloreto de cobalto 0,188 mol.L-1 com 2 mL de cloreto de cromo 0,050 mol.L-1 e 1 mL de água destilada em cubeta de vidro. Com finalidade de analisar a interferência da concentração na absorbância, retirou-se alíquotas de 2 mL, 4 mL, 6 mL e 8 mL, respectivamente da solução padrão de cloreto de cobalto e cloreto de cromo, dilui-se em agua destilada, em seguinda transferiu-se para balões volumetricos de 25 mL e aferiu-se.
Resultado e discussão
A Figura 1 mostra os espectros de absorção na
região visível da soluções aquosas de Co(II) e
Cr(III), no qual é possível observar a
sobreposição parcial dos espectros das
substâncias puras, passando a ter uma influência
na região de absorção máxima de ambos.As
concentrações de Co (II) e Cr (III) na mistura
das amostras foram encontradas utilizando da
propriedade aditiva da absorbância: A_Total=
A_Cr+ A_Co; portanto, através de cálculos foi
encontrada as concentrações de 0,1308 mol∙L-
1Co(II) e 0,0270 mol∙L-1Cr(III)
Analisando os gráficos das figuras 2 pode-se
verificar a relação da concentração nas amostras
de Co (II) e Cr (III) e os resultados expressam
que a quantidade alterou o traço espectral da
absorbância de modo significativa.
As curvas analíticas foram preparadas segundo o
procedimento experimental, verificando-se
obediência à lei de Beer na faixa de
concentração como por exemplo do cromo (III) de
0,010 até 0,040 mol.L-1(ver tabela 1). Há
possibilidade de um erro determinado não está
descartada, uma vez que o coeficiente de
regressão da curva analítica do Co (II) R2 =
0,88458 é considerado baixo comparado com as
amostras de Cr (III) que apontou ótimo
coeficiente de correlação linear R2 = 0,98269.
Possíveis fontes de erro associadas ao
experimento realizado são: erros aleatórios
relativos à leitura dos diversos aparelhos
volumétricos (como pipeta, bureta e proveta).
Fatores que justificariam tais comportamentos
estão relacionados às influências de absorção
(positivas ou negativas) evidenciadas nos
gráficos dos coeficientes de regressão na figura
3 e as diferenças na absortividade molar dos
compostos estudados.Assim sendo, o resultados
das amostras demonstram que o método de
Espectrofotometria de Absorção Molecular na
Região UV/VIs proposto é satisfatório.
Espetro na região UV/Vis do Co(II) e Cr(III) da Variabilidade da concentração e tabela 1 para construção das curvas analíticas.
Curvas analíticas
Conclusões
O método proposto apresentou resultados satisfatórios para a determinação direta e simultânea das duas amostras estudadas na região UV-VIS, porém a concentração de Cobalto estava maior em relação a de Cromo, portanto observou maior absorbância no espectro do Co (II). Apresentaram uma boa linearidade com relação ao Cr (III), o mesmo não aconteceu com amostras de Co (II). Desta forma, o método proposto pode ser exercido como alternativa para análise de cobalto e cromo presentes em amostras que exerce interação com a luz.
Agradecimentos
A Deus, dono de toda sabedoria, a Família, Companheiros de Jornada, Aos Professores.
Referências
CIENFUEGOS, F. e VAITSMAN, D. Análise Instrumental. Rio de Janeiro: Interciência, p.1-18, 2000.
SKOOG. A.S.; WEST, D.M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R., Fundamentos de Química Analítica, Thomson, São Paulo, 2004.
TEIXEIRA, L. S. G. et al. Determinação espectrofotométrica simultânea de cobre e ferro em álcool etílico combustível com reagentes derivados da ferroína, Quim. Nova, Vol. 29, No. 4, 741-745, 2006.