PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E INCLUSÃO: As experiências dos professores da sala de ensino regular da Escola Estadual Professora Nanci Nina Costa com alunos com deficiência intelectual

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

Nascimento de Matos Chermont, J. (UEAP) ; Santos Sales, K.A. (UVA) ; Nascimento Guedes, J. (UEAP) ; Nascimento de Matos, J. (UEAP) ; Silva Bitencourt, L. (UEAP)

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar os métodos e estratégias de ensino utilizados no cotidiano escolar para o desenvolvimento global do aluno com deficiência intelectual bem como os desafios enfrentados nas práxis dos professores de química do ensino regular que atuam com esse grupo de alunos na Escola Estadual Nanci Nina Costa. O interesse pelo tema surgiu da necessidade de verificar na prática a atuação dos professores junto a esses alunos. Através das informações coletadas constatou-se que a política de inclusão não foram realizadas ações pedagógicas que vise integrar e dinamizar as práxis pedagógicas entre professores do ensino regular e AEE.

Palavras chaves

Prática Pedagógica; Inclusão; AEE

Introdução

A presente investigação tem por objetivo analisar as práticas pedagógicas dos professores que atuam na sala de aula regular que atendam alunos com deficiência intelectual no ensino médio na Escola Estadual Professora Nanci Nina Costa. Visto que os alunos recebem Atendimento de Ensino Especializado (AEE) no contra turno escolar. Nesse contexto, surgiram alguns questionamentos: quais os métodos e estratégias de ensino favoráveis à aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual na sala regular? Quais as dificuldades que os professores da sala regular enfrentam no atendimento aos alunos com deficiência intelectual? Se há uma interação entre os professores da sala regular e os professores do AEE? Se os ambientes escolares são favoráveis ou desfavoráveis à aprendizagem? As perguntas problematizam uma investigação que se justifica o desejo de selecionar, organizar e problematizar os conteúdos que facilitem o desenvolvimento cognitivo dos estudantes com deficiência intelectual foi o que levou-nos a pesquisar sobre as dificuldades enfrentadas por professores da sala de aula regular no atendimento a esse público. Nesse sentido, Neves-Ferreira (1993, p.85) mostra que ensinar as crianças com deficiência intelectual é, em síntese, uma união de esforços entre educador e educando com o intuito de oferecer condições favoráveis para estimular o ensino aprendizagem.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Professora Nanci Nina Costa, localizada Macapá-AP. Atende a uma clientela de 1.800 alunos, distribuídos nos segmentos de Ensino Fundamental II e Médio, nas modalidades Regular, Educação de Jovens e Adultos e Ensino Especial (Projeto Político Pedagógico da Escola). A pesquisa foi realizada Segundo Brito (2013),através de um estudo de caso com alunos com deficiência intelectual, física, auditiva, visão e múltipla deficiência. A natureza da pesquisa foi no campo qualitativo com características, por meio de observação em sala de aula e aplicação de um questionário. com cinco professores de química observação e aplicação dos questionários foram realizados num período de três dias e foi dividida em dois momentos No primeiro momento os pesquisadores foram à escola, a fim de conhecer: o histórico da instituição; o tempo de funcionamento; a estrutura oferecida aos educandos; a sala do AEE. No segundo momento foi aplicado um questionário para saber como o professor desenvolve sua práxis pedagógica para os alunos com deficiência intelectual.

Resultado e discussão

Quando perguntado aos professores o que eles achariam se o professor do AEE fizesse o acompanhamento dos alunos com deficiência intelectual na sala regular, as respostas foram quase unanimes: Mesmo os professores não tendo um detalhamento mais específico do AEE para os alunos com deficiência intelectual, gostariam de ter o acompanhamento do professor especifico, pois apresentam muitas dificuldades em suas práxis para atendê-los, quando dizem: “Não conseguem acompanhar os conteúdos como os demais”. (P1). “A dificuldade desse aluno em compreender textos, ou seja, decodificar a informação”. (P2). “Na disciplina que leciono é a falta de material didático para o professor na aprendizagem”. (P3). Outro professor ainda respondeu: “todas, falta suporte” (P4), se referindo as dificuldades encontradas para ensinar o aluno com deficiência. Apenas um professor alegou não encontrar dificuldades “Com os alunos que convivo não tenho dificuldade” (P5). Como vimos, na maioria, tais relatos acabam revelando as angustias dos professores juntamente ao aluno com deficiência, dessa forma, verifica-se que, conforme o parecer do Conselho Nacional de Educação (2001), o serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado, complementa o atendimento educacional realizados em classes comuns da rede regular de ensino. Para Silva (2008, p.45), “[...] a existência do professor especializado devia ser vista como parte integrante de um processo mais vasto de aperfeiçoamento da escola e de todos os professores indistintamente”.

Conclusões

Com base nos estudos realizados percebemos que as políticas de inclusão voltadas para os alunos com necessidades especiais na Escola Estadual Professora Nanci Nina Costa, ainda não foram, na prática, realizadas ações pedagógicas que vise integrar e dinamizar as práxis pedagógicas entre professores do ensino regular e do AEE. Ações que façam com o aluno com deficiência intelectual se sinta realmente como parte integrante do processo de ensino aprendizagem. Também constatamos que a escola não tem iniciativas próprias para promover a formação continuada para os professores do ensino médio.

Agradecimentos

Referências

BRITO, A.C.U. Práticas de mediação de uma professora de educação infantil. São Paulo: s.n, 2013.

NEVES-FERREIRA, I. Caminhos do aprender- uma alternativa educacional para a criança portadora de deficiência mental. Brasília, Corde, 1993.

_______. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Ensino Básico. Parecer nº 17 sobre o documento diretrizes curriculares para a educação especial. Brasília, 2001.

SILVA, Angela Carrancho da... [et al.]; Surdez e Bilingüismo. (Org.) Eulália Fernandes. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2008.

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