A Química dos protetores solares: uma proposta de integração entre escola e instituição formadora - PIBID

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

da Silva Ribeiro, M.H. (IFMA - INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO.) ; de Castro Mendes, M.N. (IFMA - INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO.) ; Carvalho Costa, A. (C.E. GONÇALVES DIAS, REDE ESTADUAL DE ENSINO.) ; Brandão Cavalcante, K.S. (IFMA - INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO.)

Resumo

Durante todas as estações do ano é necessária a utilização de protetores solares na pele, já que há um crescente aumento de doenças advindas da agressão dos raios ultravioletas. A atuação e a relevância dos protetores solares foram abordados pelos alunos do Ensino Médio do C.E. Gonçalves Dias e bolsistas do PIBID-IFMA-Química de forma contextualizada durante a V Semana de Química do IFMA, campus São Luís/Monte Castelo, visto que muitos jovens e adolescentes não se preocupam com a utilização desses produtos. Numa oportunidade para integralizar a educação básica com a educação superior, os resultados elencados demostraram êxito em expor como os bloqueadores solares atuam na pele. Os alunos puderam compreender e explicar de forma clara como os protetores solares atuam na pele.

Palavras chaves

Protetores solares; integração escolar; PIBID

Introdução

Os protetores solares são produtos de uso externo que contêm substâncias químicas e/ou físicas que atuam como barreiras protetoras da pele contra as radiações solares (ANVISA, 2007). Podem ser físicos (refletem os raios e são compostos por minerais, como dióxido de titânio ou zinco) ou químicos (reagem com os raios por possuírem moléculas que absorvem a radiação ultravioleta) (Gabbi, 2014). O aumento de doenças causadas na pele é preocupante, por isso cuidados simples devem ser adotados pela população, como uso de roupas adequadas, exposição ao sol em horários que as radiações têm efeito cumulativo, ou seja, nos horários, mas cedo do dia, frequente uso do protetor ao longo do dia, hábitos simples como estes podem gerar benefícios futuros sem precedentes. O estudo da Química dos protetores solares permite uma abordagem com enfoque na Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) para proporcionar a contextualização do conhecimento científico e consequentemente buscar a mudança de atitudes dos alunos frente ao uso dos filtros solares. E quando esta experimentação ocorre durante uma Feira de Ciências é, portanto, a culminação de um processo de estudo, investigação e produção que tem por objetivo a educação científica dos estudantes. A comunicação das produções científicas para o público visitante, por sua vez, contribui para a divulgação da ciência e para que os alunos demostrem sua criatividade, seu raciocínio lógico, sua capacidade de pesquisa e seus conhecimentos científicos (MORAES, 1986). Nessa perspectiva, alunos do C.E. Gonçalves Dias e bolsistas do PIBID-IFMA- Química exploraram experimentalmente a química dos protetores solares, de modo integrado em um nível educacional construtivo e beneficente, proporcionado o aprimoramento da aprendizagem científica.

Material e métodos

Realizou-se o trabalho em quatro etapas: pesquisa bibliográfica, uma pesquisa em campo com entrevistas em farmácias locais, confecção dos materiais e apresentação prática do experimento na feira de química do IFMA. Na etapa da pesquisa bibliográfica, foi realizada coleta de materiais que abordavam os efeitos dos protetores solares na pele, através do levantamento de dados em livros e internet, classificando os assuntos mais relevantes, bem como os que serviriam como fonte de estudo. Na segunda etapa, buscou-se levantar questionamentos que poderiam gerar dúvidas durante a apresentação, nesse sentido optou-se por entrevistar farmacêuticos a fim de esclarecer dúvidas geradas a cerca dos protetores. Entre as perguntas feitas pelos alunos aos farmacêuticos destacaram-se: “Por que é tão importante aplicar protetor solar todos os dias?”, e também: “Como atuam os protetores solares?” e ainda: “Filtro solar manipulado é igual ao industrializado?”. Na terceira etapa confeccionaram-se os materiais necessários para apresentação, como uma caixa revestida de E.V.A preto, com intuito de facilitar a visualização do experimento e o teste experimental, utilizando um braço de manequim e tintas neon nas cores laranja e verde fluorescente, em seguida com aplicação do protetor solar no braço de manequim e a incidência da luz negra, demostra-se como ocorre o bloqueio dos protetores solares. A última etapa consistiu na apresentação na V Semana de Química com a demonstração do experimento, através da exposição visual da atuação dos raios ultravioletas na pele e como os protetores funcionam na forma de prevenir patologias causadas pela incidência dos raios através da filtração e de sua função bloqueadora, assim os alunos puderam se socializar e compartilhar conhecimento em um nível integrador.

Resultado e discussão

Os testes realizados previamente com os braços de manequim, demostraram com êxito a função dos bloqueadores solares na pele. As pesquisas e entrevistas ajudaram os alunos a compreender de forma clara como os raios atingem a pele protegida com protetor solar e não permite a passagem dos raios UVA e UVB. Em decorrência da participação dos alunos do C.E. Gonçalves Dias na Feira de Ciências do IFMA pode-se notar a importância da integração escolar, a partir da oportunidade oferecida pelo departamento de química do instituto. A apresentação foi marcada pela motivação e empenho dos expositores, e boa receptividade dos ouvintes contribuindo para o desempenho dos alunos do ensino médio. A busca pela integração entre educação superior e básica tem impactado positivamente, contribuindo para a integração entre teoria e prática, fator relevante para o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa. Nesse sentido, além de gerar benefícios aos bolsistas que desenvolvem as atividades, o projeto possibilitou o desempenho e o desenvolvimento dos mesmos, bem como a capacidade de interação com outros discentes em um ambiente de aprendizagem cientifica. A realização da amostra experimental permitiu que os alunos e o público presente na V Semana de Química compreendessem que a química está a serviço da vida, já que os alunos ouvintes tiveram a chance de conhecer um pouco mais da relação da química e sua interação com a pele, por meio de uma apresentação contextualizada, pois o evento trazia como referência o tema da 68ª Reunião Anual da SBPC: “sustentabilidade, tecnologias e integração social: a química a serviço da vida”. Eles puderam visualizar e compreender que a química está intimamente ligada com a nossa pele através dos protetores e para isso devemos continuamente protege-la.

Figura 1

Etapas de elaboração da apresentação: entrevista com farmacêuticos, confecção dos materiais, teste experimental e apresentação na V semana de Química.

Conclusões

A amostra experimental baseada na contextualização de assuntos relacionados à química, trazendo como temática os protetores solares permitiu o esclarecimento de dúvidas e demonstração da química presente em nosso cotidiano. A atividade se mostrou motivadora, ao gerar um ambiente propicio para integração dos alunos verificada pelo interesse e excelente receptividade demonstrada pelos discentes. Os bolsistas do PIBID e os alunos do C.E. Gonçalves Dias foram beneficiados a partir da oportunidade de aliar o conhecimento cientifico com a integração escolar, fortalecendo o aprendizado científico.

Agradecimentos

Agradeço a Deus, a CAPES Pela bolsa concedida do PIBID, ao IFMA, a supervisora Anailde C. Carvalho e ao C.E. Gonçalves Dias onde as atividades são desenvolvidas e a m

Referências

Anvisa pan 2007 – Proteção solar. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/prot_solar/index3.htm>. Acesso dia: 03/07/2016.

Gabbi, Dra.Tatiana. Protetores solares químicos e físicos funcionam de formas diferentes. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/beleza/materias/17393-protetores-solares-quimicos-e-fisicos-funcionam-de-formas-diferentes>. Acesso dia: 07/07/2016.

MORAES, Roque. Debatendo o ensino de ciências e as feiras de ciências. Boletim Técnico do Procirs. Porto Alegre, v. 2, n. 5, p. 18-20, 1986.

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