ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Sousa, M.G. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; da Conceicao Lima, A.M. (IFMA-CAMPUS CODÓ) ; Gonçalves, J. (IFMA-CODÓ)
Resumo
Este trabalho teve como objetivo verificar a eficácia do uso do bingo didático como um recurso metodológico no ensino-aprendizagem de funções orgânicas em duas turmas de terceiro ano da escola Estadual Centro de Ensino Colares Moreira em Codó- MA. A atividade apresentou o resultado satisfatório, promovendo um ambiente de ensino-aprendizagem prazeroso. Foi possível também identificar as principais dificuldades dos alunos na nomenclatura de compostos orgânicos, além de apresentar-se como um bom recurso metodológico.
Palavras chaves
Bingo didático; ensino-aprendizagem; funções orgânicas
Introdução
É notório o desinteresse de grande parte dos alunos nas disciplinas de Química. Muitos são os desafios dos professores destas áreas, pois os alunos têm certa dificuldade na compreensão dos assuntos abordados, o que para eles as tornam chatas e pouco atrativas (CONCEIÇÃO; BONFÁ, 2012). Várias são as metodologias usadas para incentivar o aprendizado dos alunos uma delas são os jogos lúdicos que tem como objetivo propiciar meio para o que o aluno induza o seu raciocínio. Segundo Soares (2008), a atividade lúdica é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir prazer quando de sua execução, ou seja, aprender através do divertimento. Se existir regras, essa atividade lúdica pode ser considerada um jogo. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo utilizar o bingo didático como um recurso metodológico no ensino-aprendizagem de funções orgânicas.
Material e métodos
A atividade foi desenvolvida na escola Estadual Centro Educacional Colares Moreira, no turno matutino no município de Codó- MA, envolvendo oitenta (80) alunos de duas turmas de terceiro ano do Ensino Médio, onde inicialmente foi feita uma revisão das funções orgânicas oxigenadas (álcool, aldeído, cetona, acido carboxílico, éter e éster) já estudadas. Foram confeccionadas cinco cartelas contendo três linhas e três colunas, onde cada célula da cartela contém uma fórmula estrutural plana ou bond line. Algumas continham mesma função mas com nomenclatura das cadeias distintas. Em um saco de tecido foi colocadas o nome dos compostos e retirados aleatoriamente pelo professor, com um intervalo de cinco minutos para a chamada seguinte, para marcar as cartelas os alunos utilizaram grãos de milho.
Resultado e discussão
Durante a execução do bingo didático, foi percebido que os alunos tiveram um
desenvolvimento satisfatório, haja vista que a atividade permitiu promover
aos alunos um meio lúdico e prazeroso de ensino-aprendizagem. Conseguiram
identificar as estruturas, porém foi percebido que eles apresentaram algumas
dificuldades na nomenclatura dos compostos orgânicos utilizados. Ficaram
evidentes algumas dificuldades como a popular confusão entre ácido
carboxílico e aldeído; éster e éter, sendo estes últimos confundidos pela
semelhança dos nomes. Outra dificuldade observada foi que os alunos tiveram
problemas em aplicar as regras de nomenclatura em compostos insaturados de
cadeia ramificada, devido à dificuldade de numerar a cadeia pela extremidade
mais próxima da instauração ou ramificação. Quanto ao professor da
disciplina, considerou o bingo didático muito proveitoso, pois permitiu a
interação dos alunos considerados de menor rendimento e que normalmente não
demonstravam interesse durantes as aulas tradicionais. Alguns alunos
admitiram ser uma atividade prazerosa, pois lhes permitiu interagir de forma
mais efetiva com os colegas e tirar dúvidas que não foram sanadas durante a
aula expositiva, e que o formato utilizado na aula tornou o conteúdo mais
atrativo e menos enfadonho, proporcionando um pouco mais de identidade com a
disciplina.
Conclusões
Foi possível verificar que a aplicação do bingo proporcionou um desempenho satisfatório, uma vez que promoveu aos alunos um maior envolvimento devido às interações com colegas na resolução de problemas envolvendo nomenclatura das funções orgânicas. Estimulou a capacidade de resolução de problemas envolvendo nomenclatura de funções orgânicas, bem como o trabalho em equipe. Ainda, apresentou-se uma ferramenta eficiente como auxilio para o professor, podendo ser facilmente reproduzido e aplicado como um recurso pedagógico na apresentação de um conteúdo.
Agradecimentos
Primeira a Deus, pois sem ele nada somos, a escola concedente C. E. Colares Moreira e a CAPES pelo incentivo.
Referências
CONCEIÇÃO, E. B. O.; BONFÁ, M. B. Dificuldades no ensino-aprendizagem de química 1º ano do ensino médio: um estado de caso na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cora Coralina em Cacoal – RO. 2012.
SOARES, M.H.F.B. Jogos e atividades lúdicas no ensino de química: teoria, métodos e aplicações. IN:Anais, XIV Encontro Nacional de Ensino de Química. Departamento de química da UFPR .2008.