ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Mota Neto, M.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARA) ; de Lima, D.R. (UFC) ; Sousa Neto, V.O. (UECE) ; Lima, M.C.L. (UECE) ; de Paiva, C.F. (UFC) ; Mota, J.G.S.M. (UECE) ; Rodriguês, J.T. (EEP MONSENHOR ODORICO) ; da Silva, J.E. (UECE) ; Franca, M.G.A. (UFC) ; Silva Junior, J.B.A. (UECE) ; Santiago, L.F. (UECE)
Resumo
A Química tem papel extremamente relevante para o desenvolvimento da sociedade. E nesse contexto, se faz necessários que métodos pedagógicos que proporcionem aos estudantes uma participação mais ativa, através das aulas práticas. Com isso, eles aprendam fazendo conexões com suas vidas cotidiana, facilitando a compreensão dos conteúdos ensinados. O presente trabalho busca verificar a opinião de alunos do terceiro ano de uma escola pública de Ensino Médio do Município de Tauá – CE sobre as aulas práticas no laboratório de química, e sua influenciam na aprendizagem.
Palavras chaves
Química; Aprendizagem; Laboratório
Introdução
A experimentação é uma ferramenta fundamental de ensino-aprendizagem, por isso, a bastante tempo vem discutido em inúmeros trabalhos na área de ensino de ciências (SILVA et al, 2009 apud SANTANA, SANTOS, CARVALHO, 2011). O ensino de ciências nas escolas de nível fundamental e médio, tem como desafio estabelecer uma conexão entre o conhecimento ensinado e o cotidiano dos alunos, provocando apatia e distanciamento entre os estudantes, ate mesmo nos professores. Aumentando a busca por novas alternativas de ensino de Química mais atraente que resulte em uma maior motivação e envolvimento dos alunos durante as aulas (ROSA; ROSSI, 2008 apud BORGES; SILVA, 2011). A experimentação praticada por muitas escolas, através de um cronograma a ser seguido, não favorece o aumento do aprendizado. “Não assegurando, por si só, a promoção de aprendizagens significativas e o estabelecimento entre teoria e prática” (SILVA E ZANON, 2000, apud SANTANA, SANTOS, CARVALHO, 2011). A aprendizagem é mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento dos estudantes e adquire significado para eles a partir da relação com seu conhecimento prévio (AUSUBEL, 1963 apud BORGES, SILVA, 2011). As aulas prática são uma maneira mais eficiente de ensinar, favorecendo o entendimento dos conteúdos de química, facilitando a aprendizagem, e contribuindo para despertar o interesse dos estudantes pelas ciências (MACÊDO et al, 2010).
Material e métodos
O referido trabalho foi realizado a partir de pesquisas quantitativa, com o objetivo de conhecer os pensamentos dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio do turno da manhã nas turmas “A” e “B” da Escola de Ensino Médio Liceu de Tauá sobre as aulas de laboratório de Química na referida escola. A escolha dessa turma foi motivada porque esses estudantes apresentarem um tempo maior de convivência com a estrutura da escola, e suas metodologias de ensino. Para compreender melhor o ponto de vista dos alunos sobre a importância das aulas da disciplina de Química, foi a aplicado um questionário contendo questões objetivas. A partir desses dados buscou-se identificar que fatores influenciam o interesse dos estudantes pelas aulas. Existem em media 185 alunos matriculados no terceiro ano da escola. A população da amostra de estudantes utilizada para pesquisa foi de 32% dos estudantes totais. Todos foram informados dos objetivos do trabalho e da privacidade de suas identidades.
Resultado e discussão
Os resultados obtidos foram que 61,02% dos alunos disseram gostar das aulas da disciplina, 38,98% afirmaram não gostarem de química, conforme figura 1a.
Os motivos que levam os alunos a gostarem ou não das aulas de Química, são mostrados nos figura 1b e 1c. Os resultados obtidos foram que 44,4% dos estudantes demonstraram interesse nas aulas por conhecer novas substâncias, fenômenos da natureza e relacioná-los com o cotidiano; 16,7% correlacionaram às boas aulas dos professores; 25% identificaram como fator motivador os assuntos estudados e as aulas práticas; cerca de 13,9% atestaram que os conhecimentos químicos são importantes e úteis na vida e na profissão.
A falta de interesse pelo o estudo se deve a: 43,5% por apresentar muitos assuntos com temas abstratos, sendo ensinados de forma confusa e substancial; A dificuldade de aprender a assimilar os conceitos químicos, 34,8% dos discentes a descreveram, e 17,4% afirmaram não gostar da disciplina por estar interligadas com conceitos de física e matemática e 4,3% relataram não necessitar da química na futura profissão.
Um dado bastante interessante é que 98,3% dos estudantes que participaram da pesquisa dizem gostar das aulas práticas no laboratório de química, contra 1,7% não apreciam figura 2a. No gráfico 2b, Como justificativa 75,9% afirmaram que as aulas são dinâmicas e interessantes, pois, desperta a curiosidade deles alunos, 22,4% acharam que as aulas de química no laboratório incentiva a pesquisar e a descoberta, 1,7% responderam que o ambiente confortável, e 5% outros motivos. A justificativa de não gostarem das aulas experimentais, 100% dos estudantes descreveram a falta de estrutura do laboratório, como mostra a figura 2c.
Conclusões
Atualmente as escolas dispõem de laboratórios específicos para cada disciplinas, nesse contexto, o Ensino de Química foi privilegiado com o uso de materiais alternativos e diversos recursos para desenvolver aulas práticas, não se limitando a conteúdos teóricos, e relacionar esses conhecimentos com o cotidiano dos alunos, fazendo com que a química fique mais próxima a deles, o que facilita a aprendizagem. De acordo com os resultados apresentados, as aulas práticas no laboratório de química influenciam muito a aprendizagem dos alunos, incentivando e despertando a criatividade dos estudantes.
Agradecimentos
A Univerdidades Estadual do Ceara-UECE, GPBio e ABQ pelo evento
Referências
BORGES, A. A; SILVA, C. M. A docência em química: um estudo das concepções dos professores da rede pública de Formiga – MG. 2011. Disponível em:<http://periodicos.uniformg.edu.br:21011/periodicos/index.php/testeconexaociencia/article/view/92>. Acessado em: 12 jul 2016.
MACÊDO, G. M. E; OLIVEIRA, M. P; SILVA, A. L; LIMA, R. M. A utilização do laboratório no ensino de química: facilitador do ensino – aprendizagem na escola estadual professor Edgar Tito em Teresina, Piauí. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, Praça da Liberdade, 1597, Centro. Teresina, p. 2 – 3, 2010.
SANTANA, J. C; SANTOS, C; CARVALHO, L. C. A experimentação no ensino de química e física: concepções de professores e alunos do ensino médio. V Colóquio internacional “educação e contemporaneidade”, p. 2 – 5, 2011.