ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Carvalho da Costa, L. (IFAP) ; Tomazi, R. (IFAP)
Resumo
A pesquisa teve como objetivo utilizar um simulador no ensino de química orgânica como ferramenta de auxílio no conteúdo de funções orgânicas. A pesquisa foi realizada no IFAP Campus Macapá com alunos do 3º Ano do Curso de Redes Integrados. Primeiramente, apresentou-se a proposta de intervenção para os alunos, em seguida houve a aplicação de questionários, antes e depois da intervenção do software com questões referentes ao assunto funções orgânicas, e após a intervenção do simulador foi aplicado outro questionário para analisar a aceitação da metodologia utilizada. Os resultados foram bastante satisfatórios e significativos, através deles pode perceber que o simulador contribuiu no auxílio da aprendizagem dos alunos. O que potencializou o processo de problema proposto
Palavras chaves
Química; Simulador; Ensino-Aprendizagem
Introdução
O desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação e informação oportunizou a expansão de possibilidades no ensino e aprendizagem, o que possibilitou a combinação das tecnologias com atividades humanas. De acordo com Leite (2015) “Sabemos que a prática pedagógica do professor necessita de constantes atualizações, e para isso a tecnologia poderá ser um aliado no processo de ensino aprendizagem.” Sabe-se que o professor faz parte do processo de construção do estudante, sendo um guia da aprendizagem. Diante desse contexto, vale ressaltar a importância que com a inserção das TICs nas escolas o professor percebe como a educação está mudando e como a metodologia de ensino precisa mudar.Visto que, com o uso de novas ferramentas é inerente a qualquer disciplina, principalmente em química, uma ciência de difícil entendimento, que passa a necessitar de recursos que proporcione o retorno pedagógico do qual o professor e os alunos poderão usufruir. Portanto, partindo desse pressuposto observou-se a possibilidade de utilizar um simulador (software educativo) como auxílio na química orgânica,utilizando-o como ferramenta de auxílio no conteúdo de funções orgânicas, onde o aluno possa fazer a ligação teoria-prática, de modo que o ensino venha provocar interesse e mostrar a importância para o aprendizado da disciplina de química tanto para vida escolar como para o cotidiano.
Material e métodos
Foi proposto ao professor a aplicação de um simulador a escolher, com as turmas participantes, onde o comportamento dos mesmos foi observado. Após o término do uso do simulador foram aplicadas pequenas avaliações, para que se possa estimar a eficácia dessa ferramenta. 1º Etapa: Apresentação da proposta de intervenção, aplicação do questionário com questões referentes ao assunto funções orgânicas, questionário este que foi aplicado antes e depois da intervenção do software. 2º Etapa: Após a intervenção do simulador foi aplicado outro questionário aos estudantes para analisarmos a aceitação da metodologia utilizada. A aplicação destes questionários antes e depois da utilização do simulador, objetiva analisar a eficiência do aprendizado pelo simulador, ou seja, se este recurso didático é um método eficiente de ensino. O software educativo foi escolhido após várias pesquisas, sendo um simulador de química, tendo como base química orgânica, que apresenta os compostos orgânicos utilizados no cotidiano. O simulador intitulado Comprando Compostos Orgânicos no Mercado está disponível na rede gratuitamente, o qual foi desenvolvido pelo prof. Dr. André Arigony Souto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O software é fácil de manusear, podendo ser aplicado em sala de aula e no laboratório de informática ou em casa. O simulador auxilia na compreensão das funções orgânicas proporcionando a integração teoria e prática, mostrando que a química e o cotidiano estão interligados. O software ajuda identificar o nome do composto citado referente ao produto do supermercado e também na identificação da função orgânica em alguns produtos através do grupo que a caracteriza.
Resultado e discussão
Antes da utilização do simulador, foi aplicado o questionário que continha
perguntas relacionadas às funções orgânicas, com intuito de verificar o
nível de conhecimento dos alunos sobre os compostos orgânicos.
Pode-se perceber que os alunos erraram 38% das perguntas feitas no
questionário, com questões referentes a funções orgânicas, o que condiz uma
dificuldade em relação ao assunto proposto.Entretanto após a utilização do
simulador, o erro foi de apenas 12%, isto é, obteve-se um resultado mais do
que satisfatório.Estes resultados demonstram que o uso de tecnologias como
auxiliares no processo educativo são eficientes em sala de aula para
assistir o professor.
No segundo questionário composto por 5 perguntas para levantamento da
aceitabilidade do software, interatividade, conteúdo do simulador, a
estética, bem como a utilização de softwares educacionais nas aulas de
Química desses alunos, a aceitação por parte dos alunos foi ótima,com
algumas ressalvas.
Como você avalia a parte estética do simulador (gráficos, animações, cores)?
82% dos alunos acharam satisfatórias a estética do programa e 55% acharam
ótimo.
Como você avalia a interatividade do simulador?
3% acharam ruim e não justificaram, 82% responderam ótimo e 15% responderam
bom.
Como você avalia o conteúdo do simulador (fundamentações
teóricas,instruções)?
Muitos alunos disseram que é ótimo para aprender, pois é o que se estuda em
sala de aula, aborda o conceito básico de Química de modo criativo.
Você acha possível utilizar simulações nas aulas de Química com frequência?
91% disseram que sim e apenas 9% disseram não.
Você acha que o simulador o auxiliou na compreensão dos conteúdos nas aulas
de Química?
6% responderam mais ou menos, 15% responderam não e 79% afirmaram que
auxiliou na aula.
Conclusões
Os objetivos foram alcançados, visto que visavam a utilização do software como recurso didático no auxílio ao professor nas aulas de Química na mediação do processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, os professores devem buscar possibilidades de interação com alunos na aprendizagem de química, pois pode proporcionar um ensino melhor e com qualidade. Com isso, as TICs são mais que recurso didático para o professor, são parte integrante da vida dos alunos. Elas devem ser exploradas de diversas maneiras, gerando inúmeras possibilidades na prática educativa.
Agradecimentos
Referências
LEITE, Bruno da Silva. Tecnologias no Ensino de Química: teoria e prática na formação docente. Curitiba: Appris, 2015.