ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Santos, T.S.M. (UEMA) ; Silva, R.S. (UEMA) ; Leal, A.K.L. (UEMA) ; Silva, E.N. (UEMA) ; Santos, A.K.S. (UEMA) ; Soares, T.N.S. (UEMA) ; Silva, J.G.L.L. (UEMA) ; Dias, V.R. (UEMA) ; Vasconcelos, A.F.F. (UEMA) ; Silva, I.P. (UEMA)
Resumo
As Tecnologias de Informações e Comunicações (TIC’s) estão cada dia mais presentes na vida das pessoas. Nessa perspectiva, cabe ao professor saber como proceder usando vídeos que demonstrem experimentos como recurso. Assim, o presente trabalho com apoio do PIBID, utilizou vídeos com fenômenos microscópicos através de uma abordagem demonstrativa-investigativa afim de constatar se a utilização dos mesmos melhora a aprendizagem dos alunos no conteúdo de Dissolução na disciplina de Química. Diante disso foi possível avaliar a melhora dos alunos através de um teste diagnostico qualitativo. A integração dessa ferramenta em sala de aula, serviu para os alunos desenvolverem a competência de leitura sobre fenômenos microscópicos. Assim, o uso de vídeos contribuiu na aprendizagem do conteúdo.
Palavras chaves
PIBID; fenômenos microscópicos; vídeos
Introdução
As Tecnologias de Informações e Comunicações (TIC’s) estão cada dia mais presentes na vida das pessoas. Desta forma, por meio de um olhar simples e superficial é notável perceber que essas tecnologias estão fazendo parte da sociedade em quase todos os setores, inclusive na educação. Assim, as técnicas se torna eficaz quando desempenha uma função informativa exclusiva, na qual se almeja transmitir informações que precisam ser ouvidas ou visualizadas e que encontram no audiovisual o melhor meio de veiculação (ARROIO E GIORDAN, 2006). No entanto, quando se trabalha o assunto de Dissolução no ensino Médio muitas vezes são incompreensíveis para os alunos. Deste modo, é necessário utilizar-se experimentos unindo-se a teoria à prática, para assim, desmistificar o conteúdo. Porém, Alves (2013), relata que as aulas de experimentação devem ocorrem em todos os macros e micro ambientes à nossa volta. Assim sendo, os meios tecnológicos tais como os vídeos, podem ser uma alternativa nos experimentos que sejam de difícil visualização das particularidades. Nessa perspectiva, cabe ao professor saber como proceder usando vídeos experimentais como recurso. Assim, para Oliveira (2010) a forma de como vai ser trabalhada depende do tipo de abordagem: verificativas, investigativa e/ou demonstrativa. Partindo dessas referências a presente pesquisa foi trabalhada em uma turma do 2º ano do Ensino Médio, para alunos da Escola Centro de Ensino Médio Cidade Operaria II, turno vespertino, localizada na Cidade Operaria, em São Luís do Maranhão. Assim, o objetivo pretendido por este trabalho, é comprovar que a Utilização de vídeos que demostrem os fenômenos microscopicamente melhora a compreensão dos alunos no assunto de Dissolução.
Material e métodos
Com base na Literatura já apresentada, este trabalho acata a metodologia utilizada no subprojeto PIBID/QUÍMICA/UEMA, onde verificou-se as seguintes etapas: 1º - A pesquisa e seleção dos vídeos foram realizados pelo autor deste trabalho (bolsista -PIBID) e pelo professor de Química da escola CEM II (supervisor – PIBID): Nessa etapa realizou-se o levantamento bibliográfico de artigos relacionados ao uso das TIC’s – vídeos - no ensino de Química. Os vídeos selecionados (Figura 1) foram aqueles que abordavam o conteúdo de “Dissolução”. Efetuou-se a busca desses vídeos pela internet e depois de encontrados foram realizados os downloads; 2º - Dias após a aula teórica ministrada pelo professor da escola, referente ao tema “Dissolução”, aplicou-se um pre-teste qualitativo, com duas perguntas: (1) Por que o sal se dissolve na água? (2) Por que o açúcar se dissolve na água? ; 3º - Em seguida foi realizada a intervenção didática utilizando-se uma abordagem demonstrativa investigativa, através dos vídeos com animação microscópica em 3D, sendo discutidos conceitos teóricos previamente trabalhados pelo professor em sala de aula. Uma semana após as demonstrações, reaplicado o questionário. Esse foi utilizado como eixo norteador para analise na evolução conceitual dos estudantes.
Resultado e discussão
No início foi explicado para os alunos dando como exemplo o sal (NaCl) em
água, em que as moléculas de água (H2O) interagem com os íons do sal (Na+ e
Cl-) por meio de seus dois polos. Em seguida foi apresentado os vídeos 01 e
02 sobre dissociação do sal em água e posteriormente foi exibido o vídeo 03
que abordava a dissolução do açúcar. Esses vídeos mostravam detalhadamente
de maneira microscópica como ocorria os fenômenos. Usou-se a função “pausar”
do vídeo para explicar os detalhadamente para os alunos. A modalidade de
vídeo em que o professor pausa o vídeo (sem áudio) e explica detalhadamente
para os alunos o que está acontecendo é chamada de vídeo-apoio segundo
Arroio e Giordan (2006), ou seja, funciona como um conjunto de imagens (em
movimento) do discurso do professor. Quanto as questões: No pré-teste
(tabela x) é possível perceber que 9 de um total de 10 alunos enquadram-se
na categoria Q1I. Pois as respostas foram classificadas como incongruentes.
Pode-se destacar: “Porque a água é incompatível ao sal”. Assim, levando-se
em conta que o conceito do tema dissolução em termos de interação entre as
partículas de soluto/solvente, exigi que o aluno reorganize suas concepções
de um nível de abstração menos complexo a níveis mais complexos de sua
cognição. Dessa forma o conteúdo dessa questão foi trabalhado nos vídeo
(Dissolução) e o resultado do pós-teste foi 6 alunos na categoria Q1B. Esse
processo deu subsidio para que o aluno fosse além dos fatos perceptíveis,
contribuindo para uma visão microscópica. Também é perceptível uma evolução
na Q2A de 1 no pré-teste para 8 alunos no pós-teste, ficando evidente que
teve entendimento dos alunos no conceito de dissolução.
Q1A* - Questão 1A Q1I** - Questão 1 Incorreta
Figura 01: A e B vídeos 1 e 2 dissolução do sal (NaHO) em água; C vídeo 3 dissolução do açúcar (C12H22O11) em água
Conclusões
De acordo com a pesquisa realizada através de uma abordagem demonstrativa- investigativa e diante dos resultados obtidos e discutido, conclui-se que: A integração de recursos como as TIC’s na sala de aula, além de servir para organizar as atividades de ensino, serve também para o aluno desenvolver a competência de leitura sobre fenômenos microscópicos propostos pelos vídeos, comprovando os conceitos de Arroio e Giordan (2006), a respeito do audiovisual; Além disso, o uso de vídeos melhorou e contribuiu na aprendizagem dos alunos no conteúdo de dissolução; Assim, o uso de vídeos contribuiu.
Agradecimentos
Ao PIBID/CAPES, pela concessão da bolsa.
Referências
ALVES, C. B. Análise, planejamento e utilização de vídeos-experimentos no ensino de química. Brasília, 2013. Disponível em: <http://bdm.unb.br/handle/10483/6795>. Acessado em 02/12/2015.
ARROIO, A.; GIORDAN, M. O vídeo educativo: aspectos da organização do ensino. Disponível em: < http://www.lapeq.fe.usp.br/meqvt/disciplina/biblioteca/artigos/arroio_giordan.pdf >. Acessado em 13/04/2016.
ATKINS, P; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5 ed. – Porto Alegre: Bookman, 2012
CAETANO, S. V. N.; FALKEMBACH, G. A. M. You tube: uma opção para uso do vídeo na EAD. CINTED-UFRGS – novas tecnólogas na educação. V. 5 Nº 1, Julho de 2007. Disponível em: <http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/artigos/3aSaulo.pdf>. Acessado em: 03/06/2016.