CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: O USO DAS PLANTAS MEDICINAIS APLICADAS AO ENSINO DE FUNÇÕES ORGÂNICAS

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

Lima, G.S. (IFPI-PICOS) ; Cardoso, J.R.A. (IFPI-P) ; Santos, M.E. (IFPI-PICOS) ; Fé, M.L.M. (IFPI-PICOS) ; Araújo, J.M.S. (IFPI-PICOS)

Resumo

A introdução das plantas medicinais em nossa cultura teve início durante séculos, sendo utilizada pela população como meio para tratar das doenças, feridas ou aliviar dores. Assim, a contextualização social do uso das plantas medicinais ao conteúdo de funções orgânicas funciona como ferramenta auxiliadora no processo de ensino e aprendizagem. O presente trabalho, tem como objetivo verificar a importância da contextualização no ensino de química orgânica para uma aprendizagem significativa. Para isso, foi elaborado aula de revisão, aplicação de seminário e um questionário com quatro perguntas subjetivas para os alunos do 3º ano do Ensino Médio na Unidade Escolar Landri Sales em Picos-Pi. Assim, observou-se que a metodologia utilizada em sala de aula contribui para o ensino-aprendizagem.

Palavras chaves

Ensino de Química; Contextualização; Plantas Medicinais

Introdução

Segundo Oliveira, 2010, entende-se que a melhoria da qualidade do ensino de Química passa pela definição de uma metodologia de ensino que privilegie a contextualização como uma das formas de aquisição de dados da realidade, oportunizando ao aprendiz uma reflexão crítica do mundo e um desenvolvimento cognitivo, [...]. Desse modo as experiências presentes no cotidiano dos alunos contribuem para a complementação aos conteúdos de química em sala de aula. Assim, a utilização das plantas medicinais no ensino de química orgânica aplicado ao conteúdo de funções orgânicas, funciona como um processo que tende a tornar o ensino motivador, significativo e interessante. Com isso, possibilita a contextualização social no ensino de química orgânica, abordando a composição estrutural das plantas medicinais ao conteúdo de funções orgânicas, levando em consideração aos conhecimentos prévios dos discentes, e a interação com as novas informações de modo que o aluno construa e reconstrua o conhecimento, contribuindo para a aprendizagem dos estudantes e a interdisciplinaridade do conteúdo. Uma prática pedagógica baseada na utilização de fatos do dia a dia para ensinar conteúdos científicos pode caracterizar o cotidiano em um papel secundário, ou seja, este servindo como mera exemplificação ou ilustração para ensinar conhecimentos químicos (WARTHA; SILVA; BEJARANO; 2013).

Material e métodos

Este trabalho foi desenvolvido com os alunos do 3º Ano da Unidade Escolar Landri Sales na Cidade de Picos-PI, composta por 25 alunos. A metodologia utilizada nesta pesquisa é de cunho exploratória e qualitativa. No primeiro momento foi ministrado uma aula de revisão do conteúdo de funções orgânicas com uma abordagem contextualizada. A segunda parte da pesquisa foi desenvolvida através de um seminário, com a proposta das equipes escolherem as plantas medicinais mais conhecidas ou utilizadas por eles, apresentando algumas estruturas químicas identificando os grupos funcionais presentes nessas plantas. Após a apresentação dos grupos foi dirigido aos alunos um questionário contendo quatro perguntas subjetivas.

Resultado e discussão

Através dos dados obtidos pelo questionário com os 25 alunos, verificou-se que a metodologia utilizada em sala de aula englobando o conteúdo de funções orgânicas a temática plantas medicinais foi eficaz para o conhecimento e compreensão dos alunos. Pois, quando questionado 100% responderam que conheciam e que já utilizaram das plantas com fins terapêuticos. Em seguida, apenas 75% dos alunos sabiam que os princípios ativos são componentes químicos que conferem a ação terapêutica das plantas medicinais. Dando continuidade no questionário, 95% responderam que foi possível a identificação dos grupos funcionais presentes nas estruturas químicas das plantas mencionadas em sala de aula como o: fenol e éter no componente do eugenol presente na Lippia alba (Mill.) N.E.Brown (erva-cidreira), éter no constituinte da hipofilantina do chá de Phyllanthus niruri L. (quebra-pedra) e a função álcool do componente mentol da essência da Mentha spicata L. (hortelã). Para a última pergunta 99% mencionaram que através da contextualização do conteúdo de Funções Orgânicas relacionado ao tema Plantas Medicinais, possibilitou um melhor entendimento e compreensão do assunto. A contextualização é apresentada como recurso por meio do qual se busca dar um novo significado ao conhecimento escolar, possibilitando ao aluno uma aprendizagem mais significativa (Brasil, 1999). Segue os resultados no gráfico a seguir:

Figura 1:

Percentual das respostas do questionário aplicado em sala de aula.

Conclusões

A contextualização no ensino de Química, possibilita um melhor resultado no processo de ensino e aprendizado e para a formação do cidadão. A partir dos resultados observados no gráfico, foi visto que a grande maioria dos alunos questionados compreendem sobre o tema plantas medicinais e que através dessa metodologia contribuiu para a compreensão do conteúdo de funções orgânicas.

Agradecimentos

Agradeço a Deus, ao IFPI-Picos, PIBID/CAPES, a Unidade Escolar Landri Sales e ao professor orientador Jorge.

Referências

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília: MEC; SEMTEC, 1999.
OLIVEIRA, Henrique Rolim Soares. A Abordagem da Interdisciplinaridade, Contextualização e Experimentação nos livros didáticos de Química do Ensino Médio. Monografia (Curso de Licenciatura em Química). Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza - CE, 2010.
WARTHA, E.J.; SILVA, E.L. e BEJARANO, N.R.R. Cotidiano e contextualização no ensino de química. Química Nova na Escola, v. 35, n. 2, p. 84-91, maio, 2013.

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