ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Santos, F.F. (UEMA) ; Leal, A.K.L. (UEMA) ; Brandão, C.L. (UEMA) ; Santos, A.K.S. (UEMA) ; Pacheco Meneses, K.F. (UEMA) ; Pereira Silva, A.L. (UEMA)
Resumo
No ano de 2008, tem-se a publicação do livro Jogos para o ensino de química: teoria, métodos e aplicações (SOARES, 2008), que tem sido uma boa referência para aqueles que desejam pensar no lúdico para sala de aula, bem como um referencial importante para formação de professores nos cursos de Graduação, Licenciatura ou formação continuada. Com a crescente falta de interesses dos alunos do ensino médio na disciplina química, Nós queremos mostrar que podemos estudar e aprender esta matéria de diferentes formas até mesmo jogando, mas lembrando de que tem um objetivo principal no jogo que é fazer com que os alunos se familiarizem com os conceitos químicos.
Palavras chaves
JOGOS; LÚDICO; ENSINO
Introdução
Jogos têm sido utilizados em diversas situações para auxiliar na construção de conhecimento, de maneira que possa tirar da sala de aula uma monótona rotina. Os jogos lúdicos e tecnológicos possibilitam aulas mais interativas, agradáveis e significativas tanto para os professores como para os alunos, além de facilitar no desenvolvimento da matéria proporcionando uma melhor interação do aluno com o conteúdo e incentivando-o com uma aprendizagem participativa. De maneira geral, os jogos são um importante recurso para as aulas de química, no sentido de servir como um reabilitador da aprendizagem mediante a experiência e a atividade dos estudantes. Além disso, permitem experi¬ências importantes não só no campo do conhecimento, mas desenvolvem diferentes habilidades especialmente também no campo afetivo e social do estudante (CUNHA, 2004). Lembrando que todos os alunos são o foco, quando se busca uma aula de qualidade e de excelência. A utilização de um jogo didático de química com a finalidade de proporcionar o conhecimento amplo das representações utilizadas em química parece ser bem promissora, especialmente quando se deseja desenvolver no estudante a capacidade de entender os conceitos químicos e aplicá-los em contextos específicos.
Material e métodos
O projeto foi realizado com competições em sala de aula com os alunos da 3ª série do Ensino Médio, onde foram testados seus conhecimentos através de jogo educacional em química, o conteúdo abordado foi Química Orgânica (Hidrocarboneto). A turma foi dividida em cinco equipes que foram designadas com nomes referentes à tabela periódica, onde cada equipe teve um líder. As perguntas foram sorteadas e os pontos correspondentes a cada pergunta ficaram em um dado caracterizado com a massa atômica dos elementos da tabela periódica seguintes: H (M.A.=1), Be (M.A.=9), C (M.A.=12), N (M.A.=14), O (M.A.=16) e F (M.A.=19), todavia no dado não foram apresentadas as massas dos elementos, apenas no final somou-se as massas dos elementos conquistados por cada equipe. Entre as perguntas houve enigmas com pontos extras e pegadinhas. Foram expostas questões de números 1 a 25, sabendo que dentre as questões havia sete pegadinhas: três “Que pena” (perde um metano), dois de “Sorte” (jogue o dado e ganhe o elemento sorteado) e dois “Narigudo” (ganha um gás oxigênio). As equipes foram dispostas por uma ordem, uma equipe poderia escolher um número para que todas as equipes respondam a questão proposta (se o número escolhido for uma pegadinha, então a equipe que escolher será contemplada com a mesma), as equipes que responderam corretamente jogaram o dado e foram pontuadas de acordo com o elemento sorteado. Placas com as alternativas estavam em posse de cada grupo, que utilizaram para responder as perguntas. Antes de responder o líder poderia discutir com o grupo em um tempo máximo de 1 minuto, assim tiveram necessidade de socializar uns com os outros, e após esse tempo foi mostrado às alternativas que poderiam escolher. Ganhou a equipe com maior número de massa atômica.
Resultado e discussão
No início, dividiu-se os alunos em 5 equipes. A turma continha no total de
32 alunos, com isso, ficou 2 equipes de sete e 3 de seis alunos. Em seguida
foi elaborado por cada equipe o nome do seu grupo relacionado com a Química.
Os nomes elaborados por cada grupo foram: 1º equipe: Heptano; 2º equipe: Os
Fósforos; 3º equipe: Os Alcalinos; 4º equipe: Metil; 5º equipe:
Tetrametilpentano. Depois foram projetadas no quadro as perguntas enumeradas
de 1 a 25. Iniciou-se com a equipe do Heptano escolhendo o primeiro número
correspondendo a uma pergunta, depois Os Fósforos e assim sucessivamente o
jogo seguiu nessa sequência de equipes até o termino das perguntas. O
resultado de cada pontuação referente a cada equipe foram às seguintes:
1º Heptano: O2; H; “Desidratou”; “Narigudo”.
2º Os Fósforos:N; Be; O; “Sorte” (H); “Desidratou”.
3º Os Alcalinos:H; F; O; C; “Desidratou”.
4º Metil: F2; N; “Sorte” (N); “Narigudo”.
5º Tetrametilpentano: H2; Be; F; N.
A equipe Heptano pontuou um hidrogênios e dois oxigênio. Ela escolheu um
número que estava contendo um bônus onde eles ganharam dois oxigênios, mas
acabaram escolhendo outro contendo bônus aonde acabaram desidratando, ou
seja, perdendo dois hidrogênios e um oxigênio. Logo restaram apenas para
essa equipe dois oxigênios, somando suas massas 16 + 32 = 48 pontos. O mesmo
foi feito com as outras equipes. Assim as outras equipes obtiveram as
seguintes pontuações: Os Fósforos: 14 + 9 = 23 pontos; Os Alcalinos: 19 + 12
= 31 pontos; Metil: 32 + 38 + 28 = 98 pontos; Tetrametilpentano: 2+ 9 + 19 +
14 = 44 pontos. Dessa forma, a equipe vencedora do jogo Quízmica foi a
equipe Metil com 98 pontos.
Conclusões
Notamos a importância da utilização dos jogos nos processos educacionais, como instrumento facilitador e motivador no aprendizado. Conclui-se que houve um baixo conhecimento dos alunos em relação o assunto. Os mesmo tiveram muita dificuldade em respondendo as perguntas, tendo que respondê-las com o auxílio da professora. A justificativa dada pela discente foi que os alunos estavam atrasados, ou seja, ela ainda não tinha encerrado o assunto de hidrocarbonetos, ou melhor, ela apenas tinha dado conceitos do assunto.
Agradecimentos
Referências
CUNHA, M.B. Jogos de química: desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 12, 2004. Resumos ENEQ – 028. Goiânia, 2004.
SOARES, M.H.F.B. Jogos para o ensino de química: teoria, métodos e aplicações. Guarapari: Ex Libris, 2008.