BARALHO DAS VIDRARIAS COMO PROPOSTA ALTERNATIVA PARA O ENSINO DE VIDRARIAS DE LABORATÓRIO

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ensino de Química

Autores

da Silva Pinheiro, D. (UFPA) ; Martins Silva, D. (UFPA) ; Silva e Souza, S.H. (SEDUC - PA) ; da Costa Barbosa, I.C. (UFRA) ; Carvalho de Souza, E. (UFRA) ; dos Santos Silva, A. (UFPA)

Resumo

Este trabalho propõe uma alternativa de busca do conhecimento, tornando mais expressiva a aquisição do aprendizado e assim aproximar o aluno da química, de maneira prazerosa e também educativa. Portanto, neste encontra-se uma proposta de jogo didático, facilmente compreendido, construído e aplicado em classe, com o uso de materiais de baixo custo, para trabalhar o assunto vidrarias de laboratórios (nomes e usos) de uma forma lúdica, despertando a curiosidade e envolvendo mais os alunos, em classes de 9º ano do ensino fundamental ou no 1º ano do ensino médio.

Palavras chaves

lúdico; ensino de química; ensino médio

Introdução

O ensino de química mostra-se como um grande desafio, tanto para professores quanto para alunos. De um lado, há a insatisfação dos professores por não conseguirem atingir os objetivos educacionais propostos e de outro os estudantes mostram-se desmotivados, pois veem a aprendizagem da química como uma barreira difícil de ser vencida (NARDIN, 2008). A disciplina em si é algo abstrato, pouco compreensível e exige grande memorização. Nesta perspectiva, Campos et al. (2003) consideram a utilização dos jogos didáticos uma alternativa viável e interessante para preencher as lacunas deixadas pelo processo de transmissão-recepção de conhecimentos, tornando-se uma ferramenta para melhorar o desempenho dos estudantes em alguns conteúdos e torna-los mais interessantes aos olhos do aluno. E Fialho (2011) acrescenta ainda que a intensidade do poder do jogo é tão grande que a fascinação que ele exerce sobre as pessoas é imensurável. Assim, neste trabalho se propõe a construção de um jogo de cartas, que pode ser confeccionado pelos próprios alunos ou pelo professor, intitulado “Baralho das Vidrarias”, como instrumento de ensino para a temática vidrarias de laboratório (nomes e usos).

Material e métodos

O jogo Baralho das Vidrarias, aqui sugerido como atividade lúdica destinada ao ensino de vidrarias de laboratório, se trata sobre o reconhecimento de nomes e de uso das vidrarias mais utilizadas em laboratório de Química, e pode ser empregado tanto em escolas de ensino fundamental (9º ano) como em escolas de ensino médio. O jogo é composto por 60 cartas de tamanho 5 cm x 10 cm, que trazem em uma de suas faces um desenho ou fotografia de uma vidraria de laboratório e seu respectivo nome, como ilustrado na Figura 1. Para cada uma das quinze vidrarias abordadas (béquer, erlenmeyer, pipeta graduada e pipeta volumétrica, funil de vidro, bureta, bastão de vidro, balão volumétrico, proveta, balão de fundo redondo, placa de petri, vidro de relógio, termômetro, destilador e picnômetro) foram confeccionadas quatro cartas idênticas em folhas de papel A4 coladas em papel cartão. Esse jogo pode contar com a participação de dois a cinco participantes, os quais recebem inicialmente nove cartas previamente embaralhadas. O excedente de cartas é posto em um monte para compras. Então, o primeiro jogador, escolhido via sorteio entre os participantes, organiza suas cartas e faz a compra de uma carta do monte. Se a carta lhe servir, fica com essa e descarta uma que já tinha, ou descarta a comprada, passando a vez para o segundo jogador. Cada jogador deverá montar três trios de cartas, que podem ser de cartas de mesma vidraria (exemplo: béquer, béquer e béquer), ou de vidrarias de mesmo uso (exemplo: proveta, pipeta graduada e bureta – medida de líquidos). Ganha o jogo quem formar primeiro seus três trios, porém ao por suas cartas na mesa, o jogador deve dizer o porque da formação do trio.

Resultado e discussão

O “Baralho das Vidrarias” é um jogo didático que propõe um ensino de Química de forma mais descontraída e próxima aos alunos, graças ao fato de que um jogo pode aliar duas funções distintas: a função lúdica e a função educativa ou pedagógica, conforme o que dizem Kishimoto (1996) e Soares (2008). O jogo trabalha com os nomes, formas e usos das 15 principais vidrarias utilizadas em laboratório de Química, através de 60 cartas com as imagens destas vidrarias. Porém, além das imagens, resgata os seus usos, pois, para formar os trios ou trincas de cartas, ou são agrupadas cartas contendo imagens iguais, ou de vidrarias com a mesma função, como por exemplo a trinca proveta, pipeta volumétrica e pipeta graduada, reunidas por serem vidrarias que podem ser usadas para a medição de volumes de líquidos. Através da aplicação desse jogo em classe pode ser considerado um bom momento de revisão dessa temática, pois, conforme diz Fialho (2011), ao explorar o aspecto lúdico, se pode ter uma boa técnica facilitadora no reforço de conteúdos já previamente trabalhados e na socialização dos alunos.

Figura 1. Exemplos de peças do jogo “Baralho das Vidrarias”



Conclusões

É imprescindível, assim, afirmar que a partir dos resultados que serão obtidos, poderá ser confirmado que a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos, emocionalmente, na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem.

Agradecimentos

A UFRA e a UFPA.

Referências

CAMPOS, L. M. L.; FELICIO, A. K. C.; BORTOLOTO, T. M. A produção de jogos didáticos para o ensino de Ciências e Biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Cadernos dos Núcleos de Ensino. São Paulo, p. 35-48, 2003.
FIALHO, N. N. Jogos no Ensino de Química e Biologia. 2ª edição. Curitiba: IBPEX, 2011.

KISHIMOTO, T. M. O jogo e a Educação Infantil. IN: Jogo, Brinquedo, Brincadeira e Educação. KISHIMOTO, T. M. (org). São Paulo, Cortez Editora, 4ª Edição, 1996.

NARDIN, I. C. B.; Brincado Aprende-se Química. Artigo publicado no portal da SEE- PR. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/688-4.pdf. Acesso em 25 de abril de 2012.
SOARES, M. H. F. B. Jogos e Atividades Lúdicas no Ensino de Química: Teoria, Métodos e Aplicações In: Anais do XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIVENEQ), Curitiba - Paraná, 2008.

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