ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Ensino de Química
Autores
Patricio, T.S. (IF SERTÃO-PE CAMPUS OURICURI) ; Delmondes, A.S. (IF SERTÃO-PE CAMPUS OURICURI) ; Marinho, C.M. (IF SERTÃO-PE CAMPUS SANTA MARIA DA BOA VISTA) ; da Silva, A (IF SERTÃO-PE CAMPUS OURICURI)
Resumo
O presente artigo relata uma experiência de utilização de jogo educativo como metodologia aplicada ao ensino de química na perspectiva da aprendizagem significativa com o foco de facilitar o aprendizado dos conteúdos. Tal experiência foi vivenciada na Escola de Referência em Ensino Médio São Sebastião, localizada no município de Ouricuri-PE, junto a duas turmas de ensino médio. Como resultado observou-se um maior interesse e envolvimento dos alunos frente à atividade proposta, onde puderam vivenciar experiências significativas de ensino e exercitar as competências sociais e coletivas contribuindo para consolidar os vínculos e as relações afetivas entre os alunos.
Palavras chaves
Jogo educativo ; Ensino de química ; Estratégia de ensino
Introdução
O presente artigo relata uma experiência sobre a utilização do jogo educativo como metodologia aplicada ao ensino de química na perspectiva da aprendizagem significativa. Objetivou-se, desenvolver e aplicar jogos no ensino de ciências que permitiram à superação da postura passiva dos discentes frente ao seu processo de ensino, aproximando os conteúdos científicos a realidade concreta dos estudantes. Kishimoto (2011) aponta uma diferenciação entre jogos educativos e jogos lúdicos e as funções que podem assumir no contexto da educação, na função lúdica o brinquedo/jogos educativos propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente. Na função educativa, o brinquedo/jogos educativos ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. Além disso, o jogo pode conferir aos alunos autonomia em seu processo de aprendizagem e é um facilitador da aprendizagem significativa, ocorrendo quando novas ideias e informações potencialmente relevantes interagem junto a conceitos presentes na estrutura cognitiva dos sujeitos, “[...] como um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto importante da estrutura de conhecimento do indivíduo (AUSUBEL, apud MORREIRA 1982, p. 7)”. Assim, Quanto mais conexões existam na estrutura de conhecimento do sujeito, mais há possibilidades da aprendizagem ser significativa. Assim, o jogo educativo, “permite ao aluno agir com o mundo e retirar destas relações novas informações, as quais possibilitam a interpretação deste, gerando novas experiência” (SILVA, L.M et al, p. 8).
Material e métodos
O jogo intitulado CAMINHO DA QUÍMICA foi desenvolvido na Escola Estadual São Sebastião na cidade de Ouricuri-PE em duas (2) turmas de 1º ano do ensino médio, contemplando os conteúdos descritos nas OTMs (Orientações Teórico- Metodológicas), dentre os quais determinam para a I unidade: Estudo, Propriedades Gerais, Especificas e Funcionais da matéria; Substâncias e misturas e seus processos de separação, no qual os participantes seguiram uma trilha enumerada de 1 a 30. Para cada casa havia um envelope correspondente com um cartão que poderia ter uma pergunta que correspondesse a uma: atividade prática, curiosidade, charada ou prenda relacionada ao conteúdo específico abordado em sala. Para o desenvolvimento do jogo, a turma foi dividida em quatro (4) grupos, sendo estes representados por um dos integrantes. As regras que governaram o jogo foram: 1) Todos os integrantes devem lançar o dado. 2) Aquele que tirar o maior número começa o jogo. 3) Os estudantes representantes dos grupos se movimentaram pela trilha conforme a dinâmica do jogo. 4) Os jogadores lançam o dado na sua vez, e conforme o número sorteado vão para a casa, pegam o envelope relacionado à casa que estão. Caso o estudante faça o que lhe foi solicitado, pode permanecer na casa, podendo ainda pagar a prenda para permanecer nesta. Caso não, ele deve retornar a casa anterior. 5) O tempo que o participante vai ter para responder a pergunta, fazer tarefa determinada ou pagar a prenda vai ser indicado no cartão. A equipe cujo jogador primeiro chegar à casa de número 30 vencerá. A prenda só seria aceita nos termos definidos no cartão e na ocasião os participantes teriam que dançar e/ou convencer pessoas a dançarem de forma individual ou em dupla, conforme apresentadas em vídeos.
Resultado e discussão
Durante o desenvolvimento do jogo CAMINHO DA QUÍMICA percebeu-se o envolvimento dos alunos frente à atividade proposta, tanto na resolução das questões teóricas relacionadas aos conteúdos trabalhados de forma contextualizada com situações práticas de seu cotidiano, como também na resolução de problemas práticos, no qual eles tinham que propor métodos para separação de misturas, em face das propriedades das substâncias em evidência.
Disposição das cartas para a realização do jogo.
Materiais utilizado.
Conclusões
O papel que coube ao professor nesse trabalho foi o de posicionar-se como mediador entre o aluno e os objetos de conhecimento, favorecendo a criatividade e a autonomia intelectual destes. Observou-se um maior interesse e envolvimento dos alunos frente à atividade proposta, onde a maioria pôde exercitar as competências sociais e coletivas, contribuindo para consolidar os vínculos e as relações afetivas entre alunos. Nessa perspectiva, o jogo educativo tem a capacidade de estimular a curiosidade e incentivar a iniciativa e participação dos sujeitos em situações práticas da vida.
Agradecimentos
Ao IF SERTÃO-PE Campus Ouricuri; a Escola de Referência em Ensino Médio São Sebastião; a Professora Cristiane Moraes Marinho pelo incentivo financeiro ; e ao professor Jú
Referências
MORREIRA, M. e MASINI, E.A.F.S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo, Editora Moraes. 1982.
SILVA, L.M e MOURA, R.W.S. subprojeto: ciências naturais, UFPB.
SOARES, M.H.F.B. Jogos e atividades lúdicas no ensino de química: teoria, métodos e aplicações. In: Encontro Nacional De Ensino De Química, 14, 2008. Curitiba: UFPR, 2008b.
KISHIMOTO, T. M. Jogo,brinquedo, bricadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2011.
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