QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA UTILIZADA EM UM FRIGORIFICO DO DISTRITO INDUSTRIAL DE PARAÍSO DO TOCANTINS - TO

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Ambiental

Autores

Soares, G.B. (IFTO) ; Almeida, J.N. (IFTO) ; Fernandes, M.A. (CEUPULBRA) ; Costa, F.A. (IFTO) ; Viroli, S.L.M. (IFTO)

Resumo

A pesquisa foi desenvolvida em um frigorífico bovino localizado no Distrito Agroindustrial de Paraíso do Tocantins – TO. Os parâmetros físicos–químicos analisados temperatura, potencial hidrogeniônico (pH), turbidez, alcalinidade total, cloretos, condutividade e demanda bioquímica de oxigênio (BDO), seguiram os procedimentos do APHA. De acordo com a Portaria nº 2.914/2011 a água utilizada no frigorífico está em conformidade com a legislação, contudo, sugere-se que algumas medidas preventivas sejam adotadas tais como: implementação do tratamento simplificado da água utilizada no processo produtivo, estabelecimento de cronograma de limpeza periódica dos reservatórios de armazenamento para evitar o surgimento de contaminações futuras da água utilizada pelo frigorífico.

Palavras chaves

Qualidade da água; água subterrânea; frigorífico.

Introdução

Uma boa parte da água doce do planeta encontrada encontra-se no subterrâneo, e a utilização de poços artesianos tem sido uma boa alternativa para dois bilhões de pessoas consumirem água das reservas subterrâneas (STRUCKMEIER et al; 2005; HELBEL et al; 2008). O monitoramento das reservas ajuda a detectar problema de poluição e contaminação da água auxiliando o tratamento é minimizando a utilização de substâncias químicas para sua purificação (STRUCKMEIER et al; 2005). Para obtenção de água de qualidade a são utilizadas análises que estejam dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, para detectar se a água está dentro dos padrões aceitáveis para ser consumida (PORTARIA n° 2.914/2011). A água com aparência cristalina e sem odor pode não estar isenta de microrganismos nocivos (FARIA, 2006). Doenças relacionadas com a poluição da água causam epidemias e morte em todas as partes do mundo. Essas doenças podem ser evitadas com um tratamento adequado da água (RICHTER e NETTO, 1991). Os parâmetros físicos para detectar as características da água são: cor, turbidez, pH e temperatura e são de grande importância sanitária além de serem fácil determinação (MACÊDO, 2005). O consumo humano da água, conforme padrões de potabilidade adequados é definido pela PORTARIA Nº 2.914 12 dezembro 2011 do Ministério da Saúde (MS) preconiza os valores máximos permissíveis para as características bacteriológicas, organolépticas, físicas e químicas da água potável (BRASIL, 2004). O objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade da água de origem subterrânea utilizada no processo industrial de abate, bem como avaliar o atendimento das legislações em vigor, quanto à qualidade da água de consumo em um abatedouro bovino localizado no Município de Paraíso do Tocantins – TO.

Material e métodos

A pesquisa foi desenvolvida em um frigorífico bovino localizado no Distrito agroindustrial de Paraíso do Tocantins – TO. Foram realizadas oito (8) coletas mensais entre os meses de setembro de 2015 a abril de 2016. A água utilizada no frigorífico foi coletada em um poço com profundidade de 60 metros, entre as 07:00 e 08:00 horas, acondicionadas em frascos de vidro com capacidade de 100 mL, transportadas em caixas térmicas e caminhadas para o Laboratório de Saneamento do Instituto Federal do Tocantins – IFTO, Campus Paraíso do Tocantins. Os parâmetros físicos – químicos analisados foram; temperatura, potencial hidrogeniônico (pH), turbidez, alcalinidade total, cloretos, condutividade, demanda bioquímica de oxigênio (BDO), seguiram os procedimentos do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2005). Os resultados das análises foram comparados aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde – MS.

Resultado e discussão

O Gráfico 01 e a Tabela 01 apresentam os resultados dos parâmetros analisados conforme estabelecidos pela Portaria MS nº 2.914/2011.O pH médio foi 7,57 com variação de 0,28 indicando uma água levemente alcalina, Silva (2009), analisado o pH de água de poço encontrou resultados em torno de 7,6. A turbidez média apresentou valor de 0,7 com variação de 0,4 UNT. O cloreto médio analisado obteve um valor de 15,44 mg/L com variação de 5,74 mg/mL apresentando–se dentro dos limites estabelecidos pela Legislação. O nitrato pesquisado apresentou valor médio de 3,41 mg/L com variação de 0,83 mg/L Alaburda & Nishihara (1998) consideram indicativos de contaminação por atividades antropogênicas das águas com concentrações superiores a 3 mg/L. A temperatura média da água foi de 7,57 °C apresentando uma variação de 0,20 ºC durante o monitoramento pois, de acordo com Franca et al. (2006), conforme a profundidade do aquífero, a temperatura é um pouco inferior à da superfície. A média para alcalinidade total foi de 67,75 com variação de 12,47 mg/L. A alcalinidade das águas subterrâneas geralmente situa-se entre 100 e 300 mg/L e somente em casos excepcionais pode atingir 1000 mg/L (FRANCA et al. 2006). Pesquisando águas de poços destinadas ao consumo humano, Bezerra et al. (2012) encontraram variação de 30,68 a 97,58 mg/L. O nitrogênio amoniacal pesquisado apresentou valor médio igual a 0,15 mg/L com variação de 0,03 mg/L Cabral (2007), que detectou a presença de teores elevados de nitrogênio amoniacal, variando de 0,01 a 10,6 mg/L, ao analisarem a potabilidade das águas do aquífero. Os parâmetros analisados encontram – se em conformidade com Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde – MS.

Conclusões

Com relação à Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde, a água utilizada no frigorífico está em conformidade com a legislação é pode ser considerada satisfatória, contudo, sugere-se que algumas medidas preventivas sejam adotadas tais como: implementação do tratamento simplificado da água utilizada no processo produtivo, estabelecimento de cronograma de limpeza periódica dos reservatórios de armazenamento para evitar o surgimento de contaminações futuras da água utilizada pelo frigorífico.

Agradecimentos

A DEUS.

Referências

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MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 2.914 12 dezembro 2011

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