DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁCIDO ASCÓRBICO EM POLPAS DE GOIABA NATURAIS E INDUSTRIAIS

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Química Analítica

Autores

Souza, C.B.F. (IFMA) ; Farias, B.M.F. (IFMA) ; Reis, J.B. (IFMA)

Resumo

Visando conhecer a real concentração de vitamina C em alguns alimentos, o objetivo deste trabalho é determinar e comparar o teor de vitamina C em sucos de goiaba in natura e industrializados comprados em supermercados e feiras de São Luís, de acordo com o IDR (Ingestão Diária Recomendada) segundo a ANVISA. Utilizando o método iodométrico observamos uma disparidade nos valores encontrados da polpa da goiaba in natura e industrializada, isto pode ocorrer vários fatores relacionados ao tempo de colheita, ao armazenamento e a temperatura.

Palavras chaves

goiaba; polpa; ascórbico

Introdução

As polpas de frutas são produtos obtidos através de frutas in natura, passadas por processos de extração. A qualidade da maioria dos sucos é influenciada basicamente por fatores microbiológicos, enzimáticos, químicos e físicos, que comprometem suas características organolépticas (aroma, sabor, cor, consistência, sólido/líquido) e nutricionais (vitaminas). A ANVISA preconiza que “as características organolépticas e físico-químicas das frutas que dão origem as polpas não deverão ser alteradas pelos procedimentos que envolve o seu processamento e comercialização”. O ácido ascórbico ou L-ascórbico é um composto químico branco cristalino, de fórmula C6H8O6, conhecido também como vitamina C. Uma de suas características é seu comportamento químico fortemente redutor. É um nutriente essencial na dieta dos seres humanos, porque estes são incapazes de produzir essa vitamina no organismo, devido a falta de enzimas que são responsáveis em converter a glicose em ácido ascórbico (TEIXEIRA NETO,2009). É essencial para a formação das fibras colágenas existentes em praticamente todos os tecidos do corpo humano. Assim a importância dessa vitamina para a sustentação de uma vida saudável. Alguns dos alimentos ricos em vitamina C são o tomate, a laranja, a acerola, o limão e a goiaba. Visando conhecer a qualidade do produto que está sendo vendido, este trabalho teve por objetivo determinar e comparar o teor de vitamina C em polpa de goiaba in natura vendidas em feiras e industrializadas comercializadas no supermercado de São Luis, analisando a porcentagem de vitamina C de acordo com o IDR (Ingestão Diária Recomendada) segundo ANVISA.

Material e métodos

A determinação de vitamina C foi realizada a partir da pesagem de 10 g das amostras da polpa in natura comercializada em feira e 10g da amostra da polpa industrializada e diluída em 50 mL de água, ao qual foram adicionados 1,0 mL de solução de Iodeto de Potássio 0,05 mol/L-1 e 1 mL da solução indicadora de amido (1%) adicionando também 1 mL da solução de ácido sulfúrico (98%). A titulação (realizada em triplicata) da quantidade de vitamina C (ácido ascórbico) nas amostras foi feita utilizando o amido como indicador, titulando a solução com Iodato de Potássio, assim efetuando a titulação pelo método de Iodometrico, observou-se a mudança na coloração de avermelhado para castanho assim identificando a presença de vitamina C , por fim anotando o volume gasto.

Resultado e discussão

Os dados obtidos na determinação da Vitamina C em polpa industrializada de goiaba foi equivalente a 21, 6 mg. As amostras foram pesadas em erlenmeyer em triplicata e realizado a titulação obtendo uma média de 2, 96 mL dos volumes gastos, conforme a Tabela 1. Segundo os dados na tabela 1, calculamos a massa do AA(acido ascórbico), obtemos então 26 mg. Na determinação da massa de Vitamina C no suco in natura de goiaba obtivemos os dados conforme Tabela 2. Assim, a massa da Vitamina C no suco in natura (10,0 g) é de 22 mg. Comparando com os dados do Ministério da agricultura, para 100g de polpa in natura de goiaba é necessário obter 40,0 g de teor de vitamina C. Então obtivemos 4 g de vitamina C. Partindo destes dados, observamos que o teor de Vitamina C obtido na amostra em estudo é inferior ao que é requerido na Resolução do Ministério da Agricultura, isto pode ocorrer devido vários fatores relacionados ao tempo de colheita, ao armazenamento e a temperatura da polpa in natura de goiaba. O problema que envolve a utilização de alimentos com vitamina C é sua instabilidade. Portanto, analisando os dados obtidos do teor de Vitamina C do suco in natura e do suco industrializado podemos observar que lha uma grande diferença entre ambos, isto devido alguns fatores como foi mencionado no paragrafo anterior.

Tabela 1

Dados amostra polpa industrializada

Tabela 2

Dados amostra polpa in natura.

Conclusões

O teor de acido ascórbico da polpa comercializada na feira está abaixo dos padrões, distante do valor indicado da faixa de consumo apropriada ditada pela ANVISA que é de 50,92%. Os diferentes valores de vitamina C nas diferentes amostras de polpas de goiaba, pode-se atribuir diversos fatores para isto, tais como: qualidade da polpa no que diz respeito as modo de preparo, conservação e tempo de comercialização. Sabe-se que a vitamina C por se tratar de uma vitamina hidrossolúvel e muito instável, sendo volatilizada e degradada num curto período de tempo.

Agradecimentos

Referências

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SKOOG, Douglas A. Fundamentos de química analítica. São Paulo: Thomson, 2007.


__________Consulta Pública nº 80, de 13 de dezembro de 2004. Disponivel em http://www.anvisa.gov.br. Acessado em 08 de julho de 2016.

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