DETERMINAÇÃO DE UMIDADE, CINZAS E PROTEÍNAS EM AMOSTRAS DE UMBU-CAJÁ E CUPUAÇU

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Química Analítica

Autores

Castro, H.G.C. (UFRN) ; Carvalho, G.C. (UFRN) ; Silva, D.C.V.F. (UFRN) ; Moura, M.F.V. (UFRN)

Resumo

Este trabalho teve como objetivo determinar os teores de umidade, cinzas e proteínas em amostras de umbu-cajá (Spondias tuberosa X S. mombin) e cupuaçu. As amostras de umbu- cajá e cupuaçu foram coletas no município de Arez/RN, situado no litoral oriental do Estado do Rio Grande do Norte, com uma área de 117 Km2 e a 58 km de Natal, capital do estado, os pontos de coletas foram realizados nas seguintes coordenadas: Elevação 221 ft; S 06° 11’36,00”; W 035° 11’22,8”; Elevação 194 ft; S 06° 11’40,00”; W 035° 11’02,6”; Elevação 200 ft; S 06° 11’52,6”; W 035° 11’02,8”. Os resultados obtidos, observa-se que o umbu-cajá apresentou maior teor de umidade que o cupuaçu, nas analises de proteínas observa-se que o cupuaçu apresentou um teor levemente mais elevado comparado ao umbu-cajá.

Palavras chaves

umbu-cajá; cupuaçu; proteínas

Introdução

A fruticultura de modo particular no Nordeste Brasileiro tem sido crescente, além de constituir em uma atividade econômica bastante rentável, devido aos aromas exóticos de seus frutos e à sua enorme diversificação. É crucial na análise de alimentos ser levado em consideração todas características sejam elas: físicas, físico-químicas, químicas e minerais, nesse caso, as frutas. Pois, mesmo sendo de uma determinada espécie podem variar, devido a diversos fatores externos e internos como o fator genético, o local, os tratos culturais, o período em que foi realizada a colheita, o estado de maturação, entre outros fatores. O umbuzeiro é uma árvore frutífera onde seu desenvolvimento mais propicio se localiza nos estados da região semiárida nordestina, sendo seus frutos consumidos amplamente tanto na forma in natura como em polpas e sucos. Seus produtos vêm sendo processados em quase todo o Brasil, além de estar despertando o interesse das agroindústrias tanto no mercado interno quanto para o internacional elevando o número de exportações. A polpa da fruta apresenta uma matéria-prima rica para as indústrias de conservas de frutas, que podem produzir as polpas no período da safra, em seguida armazená-las e logo depois, reprocessá-las nos períodos mais propícios, ou de acordo com demanda do mercado consumidor. O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) é uma árvore frutífera que atualmente está expandido por toda bacia Amazônica. O cupuaçu apresenta uma polpa branca-amarelada, que se encontra unida às sementes. Esta polpa tem sabor ácido e aroma agradável, podendo ser consumido na forma in natura ou também na fabricação de néctar enlatado, sorvetes, licores, compotas, geleias, iogurtes, entre outros. O fruto de cupuaçu também pode ser chamado de cupu.

Material e métodos

Para as análises foram coletadas as amostras dos frutos de umbu-cajá e cupuaçu no município de Arez/RN. Para a determinação de umidade primeiramente foram separadas as amostras a polpa da casca, na qual, a casca foi descartada e utilizou-se apenas a polpa que foi cortada, e em seguida, utilizando balança analítica da marca TECNAL e modelo: MARK 210A, foram pesadas em triplicata exatamente dez gramas da amostra in natura em capsulas de porcelana. As amostras após pesadas foram levadas a estufa de circulação de ar da QUIMIS a temperatura de 105 ºC para secagem, após secas as amostras foram pulverizadas, tamizadas e armazenadas em frascos de polietileno e devidamente rotuladas. Os procedimentos para determinação dos teores de cinzas se iniciaram com a pesagem de exatamente 10 gramas da amostra pulverizada em triplicata em cadinhos de porcelana, após esse procedimento foram dirigidas ao bico de Bunsen para a queima inicial dentro da capela e com exaustor ligado, em seguida, as amostras foram levadas a mufla da TECNAL no modelo EDG, a uma temperatura de 550 ºC no período de quatro horas, procedimento que foi repetido num período de permanência de uma hora até a estabilização da massa, em seguida, as cinzas foram dissolvidas com ácido clorídrico a 10% e preparadas as soluções, devidamente armazenadas. A determinação de proteínas é realizada em três etapas que são digestão, destilação e titulação. Em todas as análises feitas seguiu-se conforme descrito nas Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz.

Resultado e discussão

Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 1 e nos Gráficos 1, 2 e 3. De acordo com os resultados obtidos, observa-se que o umbu-cajá apresentou maior teor de umidade 89%, enquanto que o cupuaçu apresentou 86%. Quanto aos teores de cinzas o cupuaçu mostrou um percentual de 4,7% que foi um pouco maior que o umbu- cajá, que apresentou 4,4%. Na determinação das proteínas observa-se que o cupuaçu apresentou um teor levemente mais elevado de proteínas, apresentando 1,04% enquanto que no umbu-cajá obteve-se apenas 0,90%. Tabela 1- Teores de umidade, cinzas e proteína para as amostras AMOSTRAS UMIDADE (%) CINZAS (%) PROTEÍNAS (%) CUPUAÇU 86,09 (0,26) 4,72 (0,07) 1,04 (0,03) UMBU-CAJA 89,25 (0,07) 4,45 (0,03) 0,90 (0,02) ( ) = Desvio Padrão. Fonte: O autor

Teor de Umidade



Teor de Cinzas



Teor de Proteínas



Conclusões

Os resultados obtidos apresentam-se em concordâncias com aqueles apresentados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-EMBRAPA, as diferenças obtidas decorrem da influência de fatores como tipo de solo, níveis pluviométricos no período, tipo de cultivo, período de colheita e tempo de maturação, dentre outros. Para os trabalhos futuros serão realizadas análises dos teores de lipídeos, fibras e minerais.

Agradecimentos

Ao Instituto de Química e a PROPESQ-REUNI(Pró-Reitoria de Pesquisa) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN, pelo auxílio financeiro e apoio nas analises

Referências

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