AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA UTILIZADA EM IRRIGAÇÃO DE HORTAS PRODUTORAS DE VERDURAS, DE UMA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS - MA

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Química Analítica

Autores

Valverde, G.P. (UEMA) ; Santos, F.F. (UEMA) ; Silva, I.P. (UEMA) ; Silva, I.P. (UEMA)

Resumo

Comunidades metropolitanas de São Luís – MA., sobrevivem exclusivamente da agricultura feita em pequenas propriedades. O consumo de verduras cruas desempenha importante papel na transmissão de várias doenças infecciosas. A resolução CONAMA Nº357 de 17 de março de 2005, no Art. 14 ° estabelece limites e/ou condições para o uso dessa água. Objetiva-se avaliar físico-quimicamente a água utilizada na irrigação de hortas produtoras de verduras, com o intuito de determinar possíveis contaminações do produto final. Usou-se metodologia recomendada pelo Manual Prático da Análise de Água da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Obtiveram-se resultados que mostram condições ótimas físico-químicas da água analisada e, o produto final isento de contaminações.

Palavras chaves

Água; Análises físico-químicas; Horta

Introdução

Na região metropolitana da grande São Luís/MA, existem comunidades que sobrevivem exclusivamente da agricultura feita em pequenas propriedades. Segundo Takayanagui et al. (2000), o consumo de verduras crua desempenha importante papel na transmissão de várias doenças infecciosas pela freqüente prática de irrigação de hortas com água contaminada. A resolução CONAMA Nº357 de 17 de março de 2005, no Art. 4°, classifica as águas em cinco classes, segundo seus usos preponderantes. A classe 1 corresponde às águas destinadas a irrigação de hortaliças consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de partícula. O Art. 14 ° dessa resolução estabelece limites e/ou condições para o uso dessa água, os quais foram aplicados como parâmetros de qualidades da água utilizada na região metropolitana, escolhida para esse trabalho, para irrigação das suas pequenas hortas e que são relacionados a seguir: a) material flutuante espuma inclusive não natural: virtualmente ausente; b) óleos e graxas: virtualmente ausentes; c) substancias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes; d) corantes artificiais: virtualmente ausentes; e) substancias que formem depósitos objetáveis: virtualmente ausentes; f) DBO5 dias a 20°C até 3 mg/L O2; g) OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2; h) Turbidez até 40 unidades nafelométrica de turbidez(UNT); i) cor: nível de cor natural fazer corpo de água em mg Pt/L; j) pH: 6,0 a 9,0. Diante do relatado, objetivou-se perante a execução do trabalho, avaliar físico-químicamente a água utilizada na irrigação de hortas produtoras de verduras de uma região metropolitana da grande São Luís -MA, com o intuito de determinar possíveis contaminações do produto final das hortaliças cultivadas.

Material e métodos

Coletou-se semanalmente, sempre na segunda-feira, durante os meses de abril e maio do corrente ano, uma amostra da água utilizada na irrigação das hortas de uma região metropolitana da grande São Luís – MA., perfazendo um total de nove amostras. Para as análises de Oxigênio Dissolvido e pH, utilizou-se um Medidor Multiparâmetros Wacen Quallty Meter AKSO; para as análises de Turbidez, usou-se um Turbidimetro Digital TU430 AKSO e para as análises de Condutividade empregou- se um Conductivit Meter WIZD. Todas as amostras foram devidamente analisadas em um laboratório de Química Analítica da Universidade Estadual do Maranhão, conforme metodologia recomendada pelo Manual Prático da Análise de Água da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) – Ministério da Saúde. Todas as análises foram feitas em triplicatas.

Resultado e discussão

O quadro 1 a seguir, contém as análises realizadas, os padrões CONANA e os resultados determinados nas análises. Para os parâmetros pH, condutividade, turbidez e oxigênio dissolvido, os resultados apresentados, são a média das análises mensais de cada um. Os resultados apresentados denotam a ausência na água analisada de materiais flutuantes, espumas, óleos, graxas, substâncias que provocam gosto e odor e substâncias que formam depósitos objetáveis, realçando que a mesma não está poluída. A quantidade de oxigênio dissolvido detectado na referida água, prova não haver espaço para o desenvolvimento de espécies anaeróbicas, caracterizando que a mesma não está poluída por materiais orgânicos biodegradáveis. O resultado a análise de turbidez revela a transparência da água, já que quanto menor esse valor, mais límpida é a água. Os valores de condutividade relacionados mostram o quanto a água é rica em nutrientes químicos e o seu baixo teor de sais, não oferecendo risco de salinidade. O pH da água usada em agricultura desempenha um papel crítico na saúde das plantas e influencia a eficácia dos pesticidas e reguladores de crescimento. As plantas crescem melhor com pH levemente ácido (entre 6,0 e 6,5). Os resultados de pH salientados neste trabalho, ostentam uma água ideal para irrigação.

Quadro 1

Análises realizadas, padrões CONAMA e resultados das análises

Conclusões

Diante da discussão dos resultados obtidos nas análises realizadas nas amostras da água utilizada em irrigação de hortas produtoras de verduras, de uma região metropolitana de São Luís – MA., conclui-se que: - a água apresenta-se com boa qualidade físico-química e isenta de poluentes, podendo ser utilizada na irrigação de hortas produtoras de verduras, de acordo com os parâmetros CONAMA; - o produto final das hortaliças cultivadas apresenta-se isenta de contaminações.

Agradecimentos

Agradecemos ao Laboratório de Analítica da Universidade Estadual do Maranhão.

Referências

CONAMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução Nº 357, de 17 de março de 2005.<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459> Acesso em 05 de setembro de 2015
MANUAL PRÁTICO DE ÁGUA. FUNASA. Ministério da Saúde. Fundação Nacional da Saúde. Brasília – DF. 2006.
TAKAYANAQUI, Osvaldo. M. et al. Fiscalização de hortas produtoras de verduras do município de Ribeirão Preto, SP. 2000.

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