ISBN 978-85-85905-19-4
Área
FEPROQUIM - Feira de Projetos de Química
Autores
Santos, A.S. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)
Resumo
As lagoas de estabilização são sistemas de tratamento que apresenta custos baixos para operação e implementação, simples construção e manutenção. Os líquidos resultantes,são tratados em uma ou mais lagoas de estabilização em série, resultando em efluente final tratado a ser liberado para o corpo receptor. Os resíduos industriais independentes da sua composição, devem atender às normas estabelecidas pela legislação. Para efluentes líquidos devem ser seguidas as normas prescritas pela resolução CONAMA Nº430, de 13/05/2011. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o sistema de tratamento dos efluentes líquidos gerados por um frigorífico que descartada seu efluente em um sistema composto por lagoas de anaeróbica e de polimento.
Palavras chaves
Efluente; Indústria frigorífica; carne
Introdução
O processamento de carne geram líquidos com elevado teor de matéria orgânica que se descartado inadequadamente podem ocasionado sérios problemas ambientais. Esses efluentes líquidos devem ser tratados, conforme preconiza a legislação ambienta (PARDI et al., 2006; VALVERDE 2008). As lagoas de estabilização são sistemas de tratamento que apresenta custos baixos para operação e implementação, simples construção e manutenção. Os líquidos resultantes,são tratados em uma ou mais lagoas de estabilização em série, resultando em efluente final tratado a ser liberado para o corpo receptor.(SPERLING, 2002; JORDÃO e PESSOA, 2005)Os resíduos industriais independentes da sua composição, devem atender às normas estabelecidas pela legislação. Para efluentes líquidos devem ser seguidas as normas prescritas pela resolução CONAMA Nº430, de 13/05/2011. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o sistema de tratamento dos efluentes líquidos gerados por um frigorífico que descartada seu efluente em um sistema composto por lagoas de anaeróbica e de polimento.
Material e métodos
O efluente líquido pós tratamento foi coletado em um frigorifico localizado na região do vale do Médio Araguaia. O efluente tratado foi coletado, mensalmente entre os meses de fevereiro a junho a setembro de 2015, no período matutino entre 09h e 10h através da técnica de amostragem simples, armazenado em recipientes de polietileno com capacidade volumétrica de 5 L, encaminhadas para o Laboratório de Saneamento do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins IFTO Campus Paraíso do Tocantins sob refrigeração em caixas térmicas. Para caracterização do efluente e realização da pesquisa foi definido como ponto de coleta a saída do tratamento de efuentes por ser o ponto que melhor caracteriza o efluente . As amostras coletadas foram analisadas em triplicata no Laboratório de Saneamento do IFTO. Foram analisadas Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5), Turbidez (uT), Demanda Química de Oxigênio (DQO), seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater da AWWA (America Water Works Association) (APHA, 2005) e as de coliformes totais e termotolerantes por meio da técnica de Tubos Múltiplos, conforme procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2006) e comparados com as Resoluções CONAMA Nº430, de 13/2011 e Nº410/2009 (CONAMA, 2015).
Resultado e discussão
A DBO apresentou valor minimo de 315 mg/L e valor máximo de 440 mg/L e médio
igual 391,14 mg/L. Esses valoes são superiores as valores determinados pela
legislação vigente para classificação dos corpos hidricos. OD apresentou valores
mínimo de 2,92 mg/L e máximo de 5,4 mg/l e médio de 4,10 mg/L, estando de acordo
com o preconizado pela legislação vigente. A coloração marrom claro na saída do
tratamento evidencia uma boa remoção dos sólidos presentes na amostra. Essa
característica também foi observada por Ratti et al. (2007). A Turbidez (uT)
obtive valores mínimo de 21 mg/L, máximo de 221 mg/L e médio de 54,51 mg/L
estando de acordo com o preconizado pela legislação. Os coliformes totais
presentaram valor mímino de 100 N.M.P/100 mL, máximo de 170 N.M.P/100 mL e média
de 120 N.M.P/100mL estando dentro do padrão exigido pela legislação. Os
coliformes termotolerantes apresentaram valores mínimo de 20 N.M.P/ 100 mL ,
máximo 190 N.M.P/ 100 mL e médio de 75,71 N.M.P/100 mL estando também de acordo
com a legislação. Diante dos resultados o efluente pós tratamento pode ser
classificado como classe 2.
Conclusões
Com base na resolução CONAMA Nº430, de 13/05/2011 o sistema de tratamento de efluentes do frigorífico não apresenta eficiência satisfatória em termos de DBO, pois apresentou valor de saída do sistema de tratamento de efluente acima de 10 mg/L
Agradecimentos
A DEUS
Referências
CONAMA- CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução Nº 430, DE 13 DE MAIO DE 2011. em: <www.mma.gov.br/port/conama.
JORDÃO, E. P.; PESSOA, C. A. Tratamento de Esgotos Domésticos. 4ª Ed.,Rio de Janeiro, 2005
PACHECO, J. W. Guia técnico ambiental de frigoríficos - industrializaçãode carnes (bovina e suína). São Paulo : CETESB (Série P + L), 2008.
PARDI, M. C.; SANTOS, I. F.; SOUZA, E. R.; PARDI, H. S. Ciência, higiene e tecnologia da carne. Goiânia, ed: 2 UFG; v.1 p. 624, 2006.
VON SPERLING, M. Lagoas de Estabilização. 2 ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 2002. 196p.
VALVERDE, S.R., Elementos de Gestão ambiental empresarial, Viçosa, 1° reimpressão, 2008.