ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Iniciação Científica
Autores
Alves, A.C.C. (IFRN) ; Borges, M.S. (IFRN) ; Maciel, O.S. (IFRN) ; Silva, P.A. (IFRN)
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo avaliar parâmetros físico-químicos para determinar a quantidade de nitrato presente na água mineral, de marcas que são consumidas no bairro Cohab no município de Assú-RN. Pretende-se constatar se a quantidade de nitrato está de acordo com os limites estabelecidos pela resolução da (CONAMA)357/2005 de 17 de maio de 2005 e também usou-se os padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - que regulamenta as águas minerais e a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde, que estabelece a potabilidade para o abastecimento público.
Palavras chaves
Água mineral; Espectrofotometria; Nitrato
Introdução
O Brasil sempre teve grande cuidado com a qualidade de suas águas minerais, que estão entre as melhores do mundo. Pelo Código Brasileiro de Águas Minerais, de 1.945, "Águas Minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas, que possuem composição físico-química, definidas e constantes com propriedades distintas das águas comuns, com características que lhe confiram uma ação medicamentosa. Segundo Hirata: “O crescimento no consumo de águas minerais está relacionado principalmente à poluição dos rios que abastecem as grandes cidades e aos efeitos medicinais benéficos para a saúde que os consumidores acreditam que as águas minerais possam ter. Assim, o conhecimento das características físico-químicas das águas minerais é muito importante para a garantia da saúde da população” (HIRATA, 1995).
Material e métodos
Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi coletado 3 amostras de água, sendo que duas amostras foram de águas minerais comercializadas na cidade de Assú- RN e a terceira amostra foi de água residual. As amostras foram coletadas em frasco âmbar de 250mL e levadas para o laboratório de Química do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. As análises foram feitas com a utilização de um espectrofotômetro UV da marca Thermo Scientific. Para a medição do nitrato, adicionou-se 50mL de água da amostra em um béquer e em seguida pipetou-se 1mL de mistura ácida (HCl). Esse procedimento foi feito com todas as 3 amostras a analisar. Leu-se a absorbância da solução a 220nm em células de quartzo. Calculou-se o teor de nitrato a partir da reta de calibração, tendo em conta o ensaio em branco. Foi catalogado as 3 amostras da seguinte forma: Amostra C, amostra M, amostra N que no caso seria a natural retirada da torneira.
Resultado e discussão
Observou-se que nessa pesquisa quantitativa, obtiveram-se os seguintes
resultados: na amostra C a quantidade de nitrato está de acordo com o limite
que rege a resolução CONAMA. Que diz que a quantidade de nitrato permitido
na água é de 10,0 mg/L. Foi determinado na amostra M que os valores de
nitrato estão baixos, sendo um ponto positivo pra saúde humana. Já na
amostra N, que significa natural, a que foi retirada da torneira, foi a que
apresentou menor teor de nitrato.
Tabela 1- Absorbância e concentração de Nitrato nas amostras de água:
A contaminação por nitrato, na água de consumo, pode ocasionar sérios
problemas à saúde. Seu uso diário, por meio das águas de abastecimento, está
associado a dois efeitos adversos à saúde: a indução à metahemoglobinemia,
especialmente em crianças (impedindo o transporte de oxigênio no sangue), e
a formação potencial de nitrosaminas carcinogênicas (BOUCHARD) et al.,
1992).
Absorbância e concentração de Nitrato nas amostras de água.
Conclusões
Considera-se que a partir dessas análises, as três amostras de água estão aptas ao consumo humano, por está de acordo com o padrão permitido na resolução CONAMA 357/2005. Leva-se em consideração a repetição constante dessas análises para a prevenção da saúde humana.
Agradecimentos
Agradecemos ao IFRN-Campus Ipanguaçu e a Coordenadora do Laboratório de Química Ozanira Soares Maciel.
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA (Brasil). RDC n. 274, de 22 de setembro de 2005. Brasília, 2005. 7 p. Acesso: 05-Agosto de 2016. Disponível em: <http://www.apublica.org/wp-content/uploads/2014/03/anvisa-aguamineral_resolu%C3%A7ao-74_2005.pdf>
HIRATA. R. Qualidade das águas subterrâneas e das águas minerais. In: Simpósio de águas subterrâneas, São Paulo, 1995.
SANTIAGO, Delmo Vaitsman. Água Mineral. Editora Interciência. São Paulo-SP, 2005.
BOUCHARD, 1992. apud, BIGUELINI,P.C. GUMMY,P.M. Saúde ambiental: índices de nitrato em águas subterrâneas de poços profundos na região sudoeste do Paraná. Revista Faz Ciência, Volume 14 – Número 20– Jul/Dez 2012.