EDUCAÇÃO AMBIENTAL e DESTINAÇÃO DOS PLÁSTICOS POLIESTIRENO PÓS-CONSUMO

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Iniciação Científica

Autores

Vasconcelos, N.S.L.S. (IFMA) ; Vasconcelos, J.S. (IFMA) ; Brandão, C.M. (IFMA) ; Gonçalves, S. (IFMA) ; Louseiro, E. (IFMA) ; Abreu, A.C. (IFMA)

Resumo

A mobilização da sociedade para as questões ambientais, especificamente a dos resíduos sólidos, tem sido intensificada. Especificamente sobre o poliestireno expandido (EPS), um dos 7 tipos de plásticos recicláveis, observa-se a necessidade de se repensar as condições de uso e destinação dos produtos pós-consumo deste material. Desta forma, realizou-se a sensibilização ambiental no que concerne ao consumo responsável e descarte destes produtos. Constatou-se que diariamente são descartados no lixo comum entre 800 e 1000 copos plásticos e entre 5 e 10 pratos de isopor, no Campus Monte Castelo - IFMA. A partir destes dados apresentou-se para a comunidade os danos causados por este tipo de plástico no meio ambiente e as possibilidades de redução, reaproveitamento e reciclagem dos mesmos.

Palavras chaves

Plásticos; Resíduos Sólidos; Sensibilização Ambiental

Introdução

Apesar dos diversos benefícios que o plástico pode trazer para a sociedade, os seus resíduos pós-consumo são prejudiciais. (BRANDT RIBEIRO, 2012). O poliestireno expandido (Isopor) é um polímero amplamente utilizado em diversos setores da indústria. Entretanto, é responsável por um alarmante impacto ambiental, ao mesmo tempo em que sua reciclagem é pouco explorada. (COLTRO,2008). Devido a sua baixa densidade, pode ser utilizado na fabricação de concretos de baixa densidade para aplicação na construção civil. (STRECKER, SILVA, PANZERA. 2009). Além disso, também são usados para a geração de energia através da queima, a sua reutilização para artesanato e uma alternativa de aplicação na produção de uma tinta para a construção civil. (BARCELLOS, SCHWADE, SILVA. 2013). No Brasil, os plásticos correspondem a cerca de 6% dos resíduos urbanos (80 milhões de toneladas, anuais). Assim, os plásticos têm se tornado um dos focos de pesquisas que envolvem a sua redução, reutilização e reciclagem (3R´s). As formas de reciclagem são: a primária ou de reextrusão, a secundária ou mecânica, a terciária ou química e a quaternária ou energética (ZANNIN, 2004; OLIVEIRA, 2012). O desenvolvimento da consciência ambiental na comunidade consumidora torna- se importante neste processo de redução e destinação adequada dos resíduos plásticos. SATO, 2003; REIGOTA, 2006; COSTA, 2000). Os objetivos de uma prática de educação ambiental são definidos por diversos autores como: (SMYTH, 1995 apud SATO, 2003; REIGOTA, 2006) a) Sensibilização como processo de alerta; b) Compreensão dos componentes e dos mecanismos do sistema natural; c) Responsabilidade e comportamento do ser humano; d) Competência para aquisição de capacidade técnica; e) cidadania ou participação dos indivíduos e grupos (REIGOTA, 2006).

Material e métodos

Foi realizada a pesquisa bibliográfica necessária para a compreensão da problemática sobre os resíduos sólidos e os plásticos, o principio dos 3R´s, coleta seletiva e tecnologias para reciclagem de plásticos . A sensibilização ambiental foi realizada a partir da investigação sobre a produção de copos descartáveis e pratos de poliestireno expandido (isopor). Com os dados obtidos foram realizadas palestras e oficinas para sensibilização contra o uso excessivo, impactos ambientais e possíveis soluções para estes resíduos.

Resultado e discussão

A partir do levantamento bibliográfico inicial verificou-se o grande avanço nas pesquisas com o plástico, tendo como destino a aplicação na construção civil, indústria de tintas, artesanato e arquitetura em produtos como: blocos de concreto, tintas, artesanato decorativo, placas divisórias de gesso e isopor. Por meio de uma pesquisa preliminar, feita através de questionários com os alunos do campus Monte Castelo do IFMA percebeu-se que a maioria não tem conhecimento acerca do tema resíduos sólidos, mas se interessam pelo assunto e por contribuir em campanhas de educação ambiental. Além disso, constatou- se que diariamente são descartados no lixo comum entre 800 e 1000 copos descartáveis, devido ao quantitativo de refeições diárias entre alunos dos cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. Também se constatou que são descartados entre 5 e 10 pratos de isopor, os quais são comumente utilizados para acondicionamento e comercialização de frios, carnes, legumes e frutas. Para iniciar uma campanha se sensibilização quanto aos plásticos (copos) produzidos na Escola, foi elaborado um banner, Figura 1 disponibilizado próximo ao restaurante. Além disso, foram ministradas palestras e oficinas de reaproveitamento de plásticos. Além disso, foram realizadas palestras para servidores da empresa terceirizada de serviços gerais, os quais atuam na Instituição. Após as palestras, foram realizadas oficinas de capacitação e orientação para coleta seletiva e reutilização de copos descartáveis, como apresentado na Figura 2.

Figura 1

Banner para campanha para redução do consumo de copos descartáveis.

Figura2

Reutilização de copos descartáveis.

Conclusões

A partir dos questionários e entrevistas realizadas constatou-se que a produção de resíduos de plásticos, especificamente copos descartáveis, produzidos na Instituição é de cerca de 4000 copos descartáveis por semana, em média, os quais são descartados em lixo comum. Com a campanha para a redução dos copos descartáveis, envolvendo banner, palestras e oficinas, observa-se um maior envolvimento da comunidade nas ações, que incluem os 3R´s, reduzir, reutilizar e promover coleta seletiva para reciclagem.

Agradecimentos

Ao IFMA e ao Cnpq pelo financiamento da pesquisa, possibilitando sua realização.

Referências

BARCELLOS G. S.; SCHWADE P. V.; S SILVA S. A. Tinta à base de poliestireno expandido. 2012. 8 F. Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha (FETLSVC), Novo Hamburgo. Rio Grande do Sul. 2013
CANGEMI, J. M.; SANTOS, A. M.; NETO, S. C. Biodegradação: Uma alternativa para minimizar os impactos decorrentes dos resíduos plásticos. 2005. Química Nova na Escola. 17p. São Paulo, 2005.
COLTRO, L.; GASPARINO, B. F.; QUEIROZ, G. C. Reciclagem de Materiais Plásticos: A Importância da Identificação Correta. Vol. 18. Campinas: CETEA, 2007. 7p.
IRACEMA. O plástico nosso de todo dia: reciclagem para iniciantes. Disponível em: http://cidadanizese.com.br/blog/?p=260 Data de acesso: 22 de fevereiro 2016.
OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de Resíduos Plásticos Pós - Consumo: Perspectivas para a Reciclagem no Brasil. 2012. 104 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Planejamento Energético, Rio de Janeiro, 2012.
PARENTE, R. P. Elementos Estruturais do Plástico Reciclado. 2006. 153 f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade Federal de São Paulo. São Carlos, 2006.
PIATTI T. M.; RODRIGUES R. A. F. Plásticos: características, usos, produção e impactos ambientais. Maceio: edUFAL. 2005. 51p.
STRECKER K.; SILVA C. A.; PANZERA T. H. Fabricação e caracterização de compósitos a base de cimento com incorporação de poliestireno expandido (isopor). 2009. 6 f. Departamento de Engenharia Mecânica - DEMEC, Universidade Federal de S. João Del-Rei – UFSJ. Minas Gerais, 2009.
ZANIN, M; MANCINI, S.D. Resíduos Plásticos e Reciclagem: Aspectos gerais e tecnologia. São Carlos: EdUFSCar, 2004. 143p.

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