ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Iniciação Científica
Autores
Tarciso, D. (UFAM) ; Marques, T. (UFAM) ; Abreu, A. (UNIFESPA) ; Souza, M. (UFAM)
Resumo
As plantas medicinais são usadas desde a antiguidade para tratar diversas doenças e tem subsidiado a pesquisa farmacêutica na descoberta de novos agentes biologicamente ativos. Neste contexto, foi realizado a prospecção fitoquimica, avaliação da atividade citotóxica e antioxidante do extrato etanólico bruto obtido das folhas da espécie Scleronema micranthum conhecida popularmente como cedrinho. Os resultados obtidos na prospecção fitoquímica sugerem a presença dos componentes metabólicos leucoantocianidinas, flavonoides, saponinas e fenóis. A avaliação da atividade citotóxica e antioxidante para o EESM indica a que o conjunto de metabolitos secundários possuem moderada ação frente aos ensaios realizados. Os resultados alcançados com esse estudo reforçam a necessidade de mais testes.
Palavras chaves
fitoquimica; plantas; citotóxica
Introdução
O principal objetivo deste trabalho foi realizar a análise fitoquímica e avaliação da atividade biológica do extrato etanólico obtido a partir da extração das folhas da espécie Scleronema micranthum da família Bombacaceae. Específicos Análise fitoquímicas para caracterização da presença de grupos fenólicos específicos da espécie em estudo; Avaliar a atividade citotóxica da espécie frente ao microcrustáceo Artemia salina Leach;
Material e métodos
A prospecção fitoquímica foi realizada conforme descrito na literatura (MATOS, 2001). O extrato seco foi analisado utilizando-se os reagentes convencionais para detecção de grupos fenólicos específicos, tais como: reação de Shinoda (ácido clorídrico e magnésio), solução de solução de cloreto férrico. O ensaio de toxicidade frente ao microcrustáceo Artemia Salina Leach foi realizado conforme a metodologia descrita por Meyer (1982), O extrato foi testado em diferentes concentrações (0, 20, 40, 50, 60, 80, 100, 250, 500, 750 e 1000 μg/mL), cada teste foi acompanhado de controle negativo (água salina e Tween 80 a 5%) e positivo com Dicromato de Potássio (60 e 120 μg.mL-1). Para obtenção dos valores da dose letal (LD50) foi utilizada a análise PROBIT, através do software BIOSTAT® 2009. Para comparação dos valores de LD50 entre as espécies, foi utilizado o intervalo de confiança obtido pela análise PROBIT, 95% de confiança.
Resultado e discussão
O estudo fitoquímico preliminar da espécie SMD (Bombacaceae) sugeriu a
presença de diferentes classes de metabólitos secundários.
A realização do estudo fitoquímico preliminar faz-se necessário em função de
se conhecer as possíveis classes de metabólicos de interesse farmacológico
e/ou bioativos que podem ou não estar presente no extrato, e assim auxiliar
qual o melhor método para sua extração e avaliação da atividade biológica.
Neste estudo, os constituintes do extrato etanólico bruto da espécie S.
micranthum Ducke, foram identificados qualitativamente, indicando
metabólicos secundários, tais como, fenois, leucoantocianidinas,
flavonóides, flavona e saponinas.
Considerando o valor do intervalo de concentração para a toxicidade de um
extrato, pode-se afirmar que o EESM é moderadamente tóxico, pois o valor da
DL50 corresponde a 117,667 µg/mL, sugerindo que a espécie S. micranthum
Ducke apresenta potencial biológico podendo tornar-se uma fonte de matéria-
prima promissora para as indústrias farmacológicas. Quanto menor for o valor
da LD50 frente a um organismo teste, maior é sua atividade citotóxica,
sugerindo potencial atividade antitumoral. Dados experimentais corroboram
que existe uma importante correlação entre a CL50 e a dose efetiva media
DE50 obtida para linhagens tumorais (McLaughlin et al.1998).
Conclusões
O ensaio de determinação do perfil fitoquimico mostra que a espécie possui alguns metabólicos secundários tais como: fenois, leucoantocianidinas, flavonóides, flavona e saponinas. Através dos testes realizados com a espécie S. micranthum foi possível observar que a mesma apresenta atividade citotóxica moderada frente a Artemia Salina Leach capacitando-a para testes futuros e possivelmente para uso em desenvolvimento de antitumorais.
Agradecimentos
A Universidade Federal do Amazonas – UFAM, Instituto de Ciências Exatas - ICET. Laboratório de Preparo de Amostras e Analises – LPAA – ICET Precious Woods Amazon/Ita
Referências
MCLAUGHLIN JL. The Use of Biological Assays to Evaluate Botanicals, Drug Information Journal 32: 513-524. 1998
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VANDERLÚCIA, F.P.; MARILUZI, P. C. CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Bombacopsis glabra (BOMBACACEAE). Rev. Quim. Nova, MG, vol. No. 2, 213-215, 2006.