ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Iniciação Científica
Autores
Alves da Silva, P. (IFRN) ; Inocêncio Nunes, R. (IFRN) ; Patrícia, B. (IFRN) ; Felipe dos Santos, P.R. (IFRN) ; Mard Bento da Silva, Y.Y. (IFRN) ; Bezerra Pereira, D. (IFRN)
Resumo
As análises de qualidade de corpos hídricos são bastante realizadas e requer sua constante atenção devido sua importância para a saúde humana. Com base nesse contexto, foi realizado um estudo para analisar a qualidade das águas da barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves localizada no município de Itajá-RN por parâmetros físico-químicos (pH, condutividade, turbidez, alcalinidade e cloreto). Os resultados obtidos revelaram sua adequação para águas da classe 2.
Palavras chaves
ÁGUA; ANÁLISE; PARÂMETRO FÍSICO-QUÍMICO
Introdução
A barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves é de extrema importância para microrregião do Vale do Assú no Rio Grande do Norte. Segundo Nunes (2015) esta barragem é considerado o maior reservatório construído pelo DNOCS até o momento, com capacidade de armazenamento de 2,4 milhões de m3 d'água e bacia hidráulica com área de 195 km2. A qualidade de sua água deve ser bastante estudada, pois atende grande demanda da região para as diversas modalidade: consumo humano, irrigação, laser, entre outros. Arcova e Cicco (1999) ditam que a qualidade da água pode ser resultado de influencias climáticas, geológicas, “fisiográficas”, como também do solo e da vegetação. Portanto, águas de bacias hidrográficas superficiais possuem seus parâmetros de qualidades diretamente relacionados com os fatores supracitados. O presente estudo teve como intuito analisar os parâmetros físico-químicos das águas da barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (A.R.G), localizada na cidade de Itajá-RN através de alguns parâmetros físico- químicos.
Material e métodos
Os pontos de coleta foram determinados de forma aleatória ao longo da extensão da barragem A.R.G. Em sequência foram realizadas as coletas das amostras de água, utilizando-se coletores estéreis de polietileno, com capacidade de armazenamento de 500 mL, onde se coletou o mesmo volume a 20 cm da superfície do corpo hídrico. Foram devidamente acondicionados em uma caixa térmica e transportados para o laboratório. Para a determinação de cloreto usou-se o método de titulação de Mohr (APHA, 2012) através de com uma solução de AgNO3. O pH foi ajustado com solução tampão e medido com o aparelho pHmetro PH-2100. A turbidez da água foi determinada através do turbidimetro de bancada INSTRUTERM TD-200. A condutividade foi medida através do condutivímetro LUTRON CD-4303.
Resultado e discussão
De acordo com as amostras analisadas o pH apresenta valores entre 7,7 e 7,9
representado águas com composição básica. A turbidez apresentou valores entre
35,5 e 25,9 NTU, indicando pouca matéria em suspensão. A condutividade da água
está em níveis médios próximo a 300 (µS/cm3), revelando poucos sais
dissolvidos. Segundo Mestrinho (2006), uma maior condutividade nas águas está
associada aos calcários e basaltos do que naquelas mais resistentes como
granitos e quartzitos. Os níveis de cloreto estão em concentrações aceitáveis
para o consumo humano (CONAMA, 2005). As concentrações elevadas podem ser
indicadores de contaminação por água do mar e/ou por aterros sanitários
(PEDROSA e CAETANO, 2002; ZIMBRES, 2005).
A Figura mostra os parâmetros físico-químicos da água que foram analisados por meio de 4 amostras diferentes e os padrões aceitáveis pela CONAMA.
Conclusões
Foram realizadas análises para determinação dos parâmetros físico-químicos em quatro pontos distintos da barragem. Os parâmetros de pH, turbidez, cloreto, alcalinidade e condutividade encontram-se, em condições normais de acordo com a resolução da CONAMA nº 357/2005 (BRASIL, 2005) para águas da classe 2.
Agradecimentos
Agradeço ao professor Diogo Bezerra pela oportunidade de fazer parte da sua equipe no projeto de extensão " Águas Potiguares". Agradeço a coordenadora do la
Referências
APHA. American Public Health Association; American Water Work Association (AWWA); Water Environment Federation (WEF). Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. Rodger B. BAIRD, Andrew D. CLESCERI; Amer Public Health Assn: Washington, 22 ed. 2012.
ARCOVA, F. C. S.; CiCCO, V. Qualidade da água de microbacias com diferentes usos do solo na região de Cunha, Estado de São Paulo. ScientiaForestalis (IPEF), PIRACICABA 56, 125-134, 1999.
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PEDROZA, C. A. e CAETANO, F. A. Águas subterrâneas. Brasilia: Agencia Nacional de Águas. 2002.
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