Prospecção fitoquímica das folhas de Unxia kubitzkii H.ROB em extrato aquoso

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Iniciação Científica

Autores

Almeida, A. (IFRJ) ; Leal, D. (IFRJ) ; Alencar, G. (IFRJ) ; Venancio, L. (IFRJ)

Resumo

A prospecção fitoquímica das folhas de Unxia kubitzkii em extrato aquoso permite a identificação dos metabólitos secundários hidrossolúveis nela presente, como por exemplo, saponinas, taninos e heterosídeos. Essas substâncias são responsáveis pela defesa da planta e possuem também um potencial efeito medicinal para os seres humanos. O fato de existirem poucos estudos e pesquisas contendo informações farmacognósticas sobre unxia kubitzkii tornam seus usos e efeitos desconhecidos cientificamente, fazendo o estudo presente de grande relevância.

Palavras chaves

Unxia kubitzkii; Prospecção fitoquímica; extrato aquoso

Introdução

As plantas medicinais, que já eram muitas vezes utilizadas preferencialmente pela população, estão se tornando o alvo de muitas pesquisas científicas, ampliando-se assim a área de conhecimento sobre produtos naturais. Uma grande variedade de diferentes produtos naturais tem sido usada como matéria-prima na síntese de diversas substâncias bioativas. A Unxia kubitzkii, conhecida popularmente como botão-de-outo, pertence à família Astareaceae, é uma florífera perene, herbácea prostrada, ramificada, que possui cerca de 30 a 50 centímetros. Possui folhas simples, com margem serreadas, um pouco ásperas e de coloração verde amarelada. As inflorescências são do tipo capítulo, solitárias, pequenas, axilares, com corola e centro de coloração amarelo-ouro. De acordo com Furlam (1998) uma planta é classificada como medicinal por possuir substâncias que têm ação farmacológica, essas substâncias são também conhecidas como metabólitos secundários. A presença desses metabólitos secundários na folha de Unxia kubitzkii pode atribuir a esta um caráter medicinal.

Material e métodos

Foram utilizadas 200g de folha fresca de Unxia kubitzkii e 200 ml de água para o preparo do extrato, em seguida foram feitas 9 análises para a identificação das seguintes substâncias: heterosídeos cianogênicos, heterosídeos antociânicos, saponinas, gomas, mucilagens, taninos, catequinas, taninos pirocatéquicos, taninos pirogálicos e ácidos voláteis. Foi utilizada a metodologia adaptada de COSTA (2001) para a realização das análises supracitadas.

Resultado e discussão

De acordo com Simões (2007) existem alguns fatores que influenciam diretamente na extração, entre eles, a característica do material vegetal, grau de divisão, o solvente e a metodologia. A escolha de um solvente adequado é fundamental em uma preparação de extrato, pois ele garante uma seletividade de substâncias a serem encontradas. Por ser acessível e econômica, a água destilada muitas vezes é utilizada como solvente. Devido ao fato de serem solubilizados em água, os taninos, as saponinas e os heterosídios são princípios ativos comumente encontrados em extratos aquosos.

Resultado da marcha de análise

Resultado da análise fitoquímica do extrato aquoso das folhas de Unxia kubitzkii.

Conclusões

A prospecção fitoquímica do extrato aquoso das folhas de Unxia kubitzkii permitiu a identificação de metabólitos secundários presentes na planta, porém não se podem afirmar quais destes estão em sua forma ativa e em quais porcentagens eles se encontram. Sendo assim, a fim de atribuir um caráter medicinal à planta estudada é necessária a elaboração de um estudo fitoquímico mais específico.

Agradecimentos

Agradece-se ao IFRJ pela disponibilização de local para a realização da pesquisa e a CNPq por disponibilizar apoio financeiro.

Referências

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COSTA, A.F. Farmacognosia. V.III, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
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LORENZI, H.Plantas Ornamentais do Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova Odessa: Plantarum, 2001.1088p.
PEREIRA, A. C.; CASTRO, D. L. Prospecção Fitoquímica e Potencial Citotóxico de Unxia kubitzkii H.Rob. (Asteraceae-Heliantheae). Revista Brasileira de Biociências. Porto Alegre, v. 5, supl. 2, Jul.2007. p. 231- 233. Disponível em: < http//www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/viewFile/224/218> Acesso em: 18 de julho de 2016.
PLANTAMED. Plantas e ervas medicinais e fitoterápicos. Disponível em <http//www.plantamed.com.br> Acessado em: 18 de julho de 2016.
SIMÕES,C. et al.; Farmacognosia da Planta ao medicamento. Florianópolis, UFSC, UFRGS, 2007.


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