ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Iniciação Científica
Autores
Araujo, W. (IFRN- IPANGUAÇU) ; Inocêncio, R. (IFRN- IPANGUAÇU) ; Bezerra, D. (IFRN- IPANGUAÇU)
Resumo
Água mineral é um recurso natural que não deve sofrer nenhum tipo de intervenção por parte da empresa. A mesma está sujeita a variações de sua composição em função de condições climáticas e estações do ano. As indústrias de água mineral, são as que mais crescem no país, pelo fato das pessoas estarem optando por produtos naturais. Com esse contexto, foi desenvolvido este estudo com o objetivo de analisar, através de estudos físico-químicos, o teor de íons cloretos em águas minerais e águas adicionadas de sais comercializadas na Região do Vale do Açu. Foram analisadas a condutividade, pH e temperatura. Através das análises concluiu- se que o teor de cloretos e das demais análises nas amostras se encontraram dentre os padrões estabelecidos pela portaria Nº 518/2004 do ministério da saúde.
Palavras chaves
ÁGUA MINERAL; CLORETOS; ANÁLISES
Introdução
O cloro, em sua forma iônica (Cl -), é um dos principais aníons inorgânicos encontrados em agua mineral. Em água potável, o sabor produzido pelo íon Cl- varia em função da sua concentração, como também da composição química da água (MORAIS et al., 2014). Seu uso inadequado pode trazer diversos riscos à saúde humana, inclusive distúrbios gastrintestinais. Segundo o Ministério da Saúde, o valor máximo permitido de cloreto em água potável é de 250mg/L (BRASIL, 1999). O consumo de água com valor superior a determinação estabelecida, se torna possível identificar, um sabor salino, se nesse caso o cátion que propicia o equilíbrio iônico da solução for o Sódio (Na+). Para cátions do Magnésio e cálcio, a característica de gosto salino pode ser reconhecida se sua concentração for acima de 1000 ppm (BACCAN, 2001). Nos rótulos das embalagens a quantidade de cloretos é bem inferior as quantidades reais realizadas através dos estudos físico-químicos, por isso teve-se a necessidade de uma análise detalhada, onde pudesse determinar a real quantidade de Cl - presente na água.
Material e métodos
A pesquisa foi realizada no Laboratório de Química I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Ipanguaçu. Foram utilizadas três diferentes marcas de água mineral/água adicionada de sais, comercializadas na região do Vale do Açu, identificadas como A, B, C. Primeiramente foram colocados 100 mL das amostras em três béqueres e logo após foi medido sua condutividade com um medidor potenciométrico, após isso, foram adicionadas três gotas de NaOH (Hidróxido de sódio) e foi medido seu pH com pHmetro de bancada. Para a determinação de íons cloreto, seguiu-se metodologia adaptada de American Public Health Association (APHA, 2012), partiu-se de uma solução de nitrato de prata na concentração de 0,014 mol/L, foi adicionado 1 mL de solução indicadora de dicromato de potássio 5 % v/v e deu início a titulação até a mudança de cloração, de amarelo para vermelho atijolado. As análises foram realizadas em triplicata.
Resultado e discussão
O método argentimétrico é aplicável a titulação do cloreto, brometo e
cianeto usando cromato de potássio (K2CrO4) como indicador químico (MATOS,
2011) e se adequou as amostras analisadas. O ponto final da titulação é
determinado pela formação do precipitado vermelho tijolo de cromato de prata
(Ag2CrO4) na região do ponto de equivalência. De acordo com os dados
expostos na tabela 1, pode-se determinar a quantidade de cloretos expostos
em cada amostra de água.
Os valores de cloreto apresentaram-se todos abaixo do limite máximo
permitido na legislação (250mg/L), atingindo 139,4 mg/L na amostra C. Os
valores de pH ficaram próximos de 5 para todas as amostras. Os valores de
condutividade e temperatura ficaram com valor médio de 553 µS/cm e 27,7°C.
Propriedades físico-químicas analisadas para as 3 amostras de água mineral.
Conclusões
De acordo com os parâmetros analisados, pode-se concluir que as três diferentes águas obtiveram a quantidade de cloretos dentro do seu limite, e não são consideradas prejudiciais à saúde, pois encontram-se dentro dos padrões determinados pela portaria 518/2004, porém podem transmitir algum sabor salino em uso.
Agradecimentos
A Deus, ao IFRN- campus Ipanguaçu, ao meus colegas de laboratório e ao professor Diogo.
Referências
APHA. American Public Health Association; American Water Work Association (AWWA); Water Environment Federation (WEF). Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. Rodger B. BAIRD, Andrew D. CLESCERI; Amer Public Health Assn: Washington, 22 eds. 2012.
MORAIS, K.A. et al. Determinação em Cloreto em Água Mineral Comercializada na Região de Teresina-PI. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA, 54., 2014, Natal. Resumos... Natal: Química e Sociedade: Motores da Sustentabilidade, 2014. P. 1-1. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual técnico de análise de água para o consumo humano. Brasília: Funasa, 1999. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água. 2ª ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006 BACCAN, N. e outros. Química Analítica Quantitativa Elementar. São Paulo: Edgar Blucher Ltda., 2001. 167P. MATOS, Volumetria de precipitação. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/48764/referencias-bibliograficas-tiradasna-internet-como-colocar-no-trabalho. Acesso em 15, julho, 2016.