ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Iniciação Científica
Autores
Macedo, E. (UFPA) ; Ribeiro, A.F. (UFFPA) ; Ribeiro, F.P. (UFPA) ; Silva, J.K.R. (UFPA) ; Maia, J.G. (UFPA) ; Andrade, H. (UFPA) ; Gomes, M.V.S. (UFPA)
Resumo
Os óleos vegetais, sejam fixos ou voláteis, são indicados no tratamento da saúde e prevenção, nos processos de inflamação e defensivos agrícolas. Por essa razão é extensamente usada no campo da medicina, da cosmetologia e na indústria de alimentos, bebidas e suplementos nutricionais. Entre as muitas propriedades biológicas relatadas para os óleos estão as atividades antimicrobiana, anti-inflamatória, antioxidante, dentre outras (VENTURIERI et al.,2003). As reações de um antioxidante ou de uma espécie radicalar com o DPPH, promovem sua redução. O desenvolvimento da reação, bem como sua eficiência antioxidante, pode ser monitorada pelo decréscimo da absorbância por espectrometria UV-Visível (YAMAGUCHI et al, 1998; SILVA et al, 2010).
Palavras chaves
oleaginosas ; atividade antioxidante; DPPH
Introdução
Os óleos vegetais, sejam fixos ou voláteis, são indicados no tratamento da saúde e prevenção, nos processos de inflamação e defensivos agrícolas. Por essa razão é extensamente usada no campo da medicina, da cosmetologia e na indústria de alimentos, bebidas e suplementos nutricionais. Entre as muitas propriedades biológicas relatadas para os óleos estão as atividades antimicrobiana, anti-inflamatória, antioxidante, dentre outras (VENTURIERI et al.,2003). As reações de um antioxidante ou de uma espécie radicalar com o DPPH, promovem sua redução. O desenvolvimento da reação, bem como sua eficiência antioxidante, pode ser monitorada pelo decréscimo da absorbância por espectrometria UV-Visível (YAMAGUCHI et al, 1998; SILVA et al, 2010). A flora aromática da Amazônia se apresenta como uma fonte renovável apropriada à produção de essências aromáticas/oleaginosas e como alternativa econômica para o desenvolvimento sustentável, com reais perspectivas de geração de riqueza para a região. Para a produção de novos insumos, tendo por base a flora aromática da região, é necessário estender o conhecimento cientifico das espécies com potencial econômico, visando subsidiar o setor privado na produção de novos insumos regionais, com vistas à agroindústria regional. Na Amazônia são muitas as oleaginosas que apresentam um potencial industrial promissor. Portanto, a busca por novas fontes oleaginosas para este fim deve ser intensificada. Neste contexto, o presente trabalho visou avaliar preliminarmente a atividade antioxidante de três espécies nativas da Amazônia: Lippia origanoides, Plukenetia poliadenia e Carapa guianensis. Lippia ogiganoides (Verbenaceae), conhecida popularmente também na Amazônia como salva-do-marajó, possui cinco quimiotipos diferentes nos seus óleos essenciais em funç
Material e métodos
Alíquotas das três amostras de óleos foram obtidas do Banco de Amostras de Óleos do Laboratório de Engenharia de Produtos Naturais (LEPRON-UFPA). A composição química dos óleos de Lippia origanoides indicou ser esta pertencente ao quimiotipo nerolidol. A avaliação da atividade antioxidante foi realizada pelo método DPPH. A atividade é determinada através da sua capacidade de sequestrar o radical DPPH. O método é baseado na variação da absorbância obtida da cor da solução do radical na presença de substâncias antioxidantes presentes nas amostras (MORAIS, 2009). Foi utilizado Etanol (C2H6O) como solvente. Utilizando o espectrofotômetro UV/visível, disponibilizado pelo LEPRON, foi verificado primeiramente com a linha de base (uma amostra com2μL de solvente apenas), para a calibragem do espectrofotômetro, no comprimento de onda de 517 nm. Ademais, foram realizados testes antioxidantes com a solução controle (método DPPH). Para a solução controle, utilizou-se: 900 μLde solução-tampão Tris-HCL, 50 μL de solução Tween 20, utilizado como emulsificante, 50 μL de Solvente e 1 μL de DPPH. A absorbância para este teste deve estar na faixa entre 0,625 e 0,650nm. Após preparação da solução controle, foi realizado ensaio antioxidante com a amostra de um óleo essencial das três espécies. Procedeu-se a avaliação da atividade antioxidante com as amostras dos óleos fixos dePlukenetiapolyademia e Capara Guianensis. Para isso foi utilizado 900 μL de solução-tampão Tris-HCL, 55μL de solução Tween 20, 50 μL de Solvente e 1 μL de DPPH, com 5 μL das amostras dos óleos. Todas as amostras foram colocadas em cubetas de poliestireno e em seguida foram colocadas para serem lidas no espectrofotômetro. Os testes foram realizados em triplicatas.
Resultado e discussão
A solução com a amostra do óleo essencial de Lippia origanoides, aprsentou uma absorbância de 0,194 nm. O óleo essencial de Lippia teve uma reação imediata pelo método adotado, concluindo assim que este óleo possui uma alta e rápida reação para a atividade antioxidante. Absorbância da solução controle foi de 0,624 nm enquanto na amostra de Lippia origanoides de 0,194 nm. Esta informação corrobora com os dados obtidos por Ribeiro (2013).
Os testes das demais espécies posteriores demonstraram atividade antioxidante similar quando comparada com os de Lippia (Tabela 1).
Tabela 1: Análise da absorbância no espectrofotômetro com comprimentos de onda de 517 nm das espécies Plukentia polyadenia e Carapa guianensis.
Tempo (min) Absorbância P. polyadenia (nm) Absorbância da C. guianenis (nm)
30 0,133 0,165
60 0,145 0,185
90 0,131 0,154
Media 0,136 0,168
A Tabela 2 relaciona o percentual das atividades das três espécies estudadas. A Atividade antioxidante de Lippia origanoides, com atividade em 69%, corrobora com os dados de Ribeiro (2013).
Tabela 2: Inibição (%) do radical DPPH nos óleos das três espécies estudadas.
Espécie Inibição (%)
Plukenetia polyadenia 78,4
Lippia origanoides 69,1
Carapa guianensis 73,3
Os testes de atividade antioxidantes para Plukenetia polyadenia é a primeira vez que foi relatado. A atividade é superior ao da andiroba. Pode-se inferir este resultado à diferença da composição química dos óleos.
Conclusões
Apesar dos resultados dos testes serem preliminares, pode-se inferir que os óleos graxos de Plukethia polyadenia e Carapa guianensis possuem boa atividade antioxidante quando comparados aos óleos essenciais de Lippia origanoides. Plukenetia polyadenia apresentou maior atividade antioxidante, superior a 78%.
Agradecimentos
agradeço primeiramente à Deus. Aos meus familiares e amigos. Agradeço a UFPA pela bolsa de pesquisa. E ao Profº.Dr. Alcy Ribeiro, por sua orientação, e a todos que cont
Referências
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