CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE FRUTOS DE CAJÁ (Spondias mombin L.)

ISBN 978-85-85905-19-4

Área

Alimentos

Autores

Rodrigues, M.R.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Souza, S.L.C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Santos Filho, W.L.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Machado, J.L.F. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Lima, J.M.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Oliveira, G.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)) ; Lima, E.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA))

Resumo

O presente trabalho teve por objetivo a caracterização físico-química dos frutos de cajá oriundos do município de Redenção – Pará. A polpa dos frutos foi obtida manualmente e caracterizada quanto aos parâmetros físico-químicos de pH, acidez (% ácido cítrico), umidade (%); sólidos totais (%); sólidos solúveis totais (ºBrix) e índice de maturação. Foram obtidos dados de 2,64; 2,48%; 82,06%; 17,94%; 10,00 ºBrix e 4,03 nas análises de pH, acidez (% ácido cítrico), umidade (%); sólidos totais (%); sólidos solúveis e índice de maturação. Conclui-se, que os frutos de cajá oriundos do município de Redenção – Pará, foram classificados como frutos de altos teores de acidez e umidade. Para os demais parâmetros físico-químicos avaliados, estavam em conformidades com a literatura científica pesquisada.

Palavras chaves

Características; Frutos; Cajá

Introdução

A cajazeira é uma frutífera perene, dispersa nas regiões tropicais da América, da África e da Ásia. No Brasil, a cajazeira é encontrada principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde seus frutos, conhecidos como taperebá, cajá mirim, cajá e cajá verdadeiro, são utilizados na confecção de polpas, sucos, picolés, sorvetes, néctares e geleias de excelente qualidade e valores nutritivo e comercial (SACRAMENTO e SOUZA, 2000). O cajá caracteriza-se como drupa (fruto carnoso, com apenas uma semente) de 3 a 4 cm de comprimento, ovoide ou oblongo, achatado na base, de cor variando do amarelo ao alaranjado. A casca é fina e lisa e a polpa pouco espessa e suculenta (também variando do amarelo ao alaranjado) apresenta sabor ácido-adocicado e muito agradável. O endocarpo ou caroço é grande, de cor branca, súbero-lignificado e enrugado, que pode conter de zero a cinco sementes/endocarpo (MOURA; PINTO e FIGUEIREDO, 2011). Vale ressaltar, que a caracterização de frutos in natura, sejam estes exóticos ou não, vem despertando o interesse da comunidade cientifica, pelo simples fato de se conhecer toda a potencialidade nutricional que os mesmos podem oferecer, as regiões Norte e Nordeste do país abrigam o berço maior dessa biodiversidade, o que permite acesso a inúmeras espécies frutíferas (ANDRADE et al., 2015). Dessa forma, as análises de alimentos são realizadas com a finalidade de fornecer informações sobre a composição química, físico-química do alimento (OLIVEIRA et al., 2014). Partindo desse contexto, o presente trabalho teve por objetivo a caracterização físico-química dos frutos de cajá oriundos do município de Redenção – Pará.

Material e métodos

O presente trabalho foi desenvolvido no laboratório de alimentos da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus, XV, Redenção - Pará. Os frutos de cajá foram coletados no município de Redenção – Pará. Em seguida, transportados para o referido laboratório, realizada seleção manual dos frutos e lavados em água corrente para remoção das sujidades visíveis, sendo em seguida, sanitizados em solução de hipoclorito de sódio à 100 ppm/15 minutos. Logo após, enxaguados em água corrente para remoção dos resíduos do sanitizante. A polpa dos frutos foi obtida manualmente e caracterizada quanto aos parâmetros físico-químicos de pH, acidez (% ácido cítrico), umidade (%); sólidos totais (%); sólidos solúveis totais (ºBrix) e índice de maturação pela relação de sólidos solúveis e acidez (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008).

Resultado e discussão

Quanto às características físico-químicas (tabela 1), verifica – se que foram classificados em frutos de alta acidez, de acordo com Gava; Silva e Frias (2008) alimentos com pH < 4,5. Apresentando assim, pH (2,64), valor esse superior ao dado encontrado por Mattietto; Neto e Menezes (2010) os quais obtiveram valor (2,53). Esses mesmos autores obtiveram resultados de (10,09) para os sólidos solúveis totais (ºBrix), valores semelhantes aos encontrados na presente pesquisa (10,00). Em estudos semelhantes, Carvalho et al. (2011) obtiveram valores de acidez intercalando entre 1,20 a 1,93% valores esses inferiores aos encontrados no presente trabalho (2,48%). De acordo com Severo Júnior et al. (2007); Sacramento e Souza (2009) a composição aproximada do cajá é de 82,7% de umidade, resultados esses superiores em relação aos valores obtidos no presente trabalho que foi de 82,06%. Em relação aos sólidos totais da polpa de cajá, podemos verificar que os teores de sólidos totais obtidos no presente trabalho (17,94 %) estão em concordâncias com os teores mínimos estabelecidos pela Instrução Normativa nº 1, de 7 de janeiro de 2000 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) a qual estabelece os padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta de cajá, sendo que para a polpa de da referida fruta estabelece (9,5%) para os teores de sólidos totais (BRASIL, 2000). Quanto ao índice de maturação (4,03) resultado esse que se encontra dos intervalos de valores encontrados por Carvalho et al. (2008) os quais obtiveram valores variando entre 3,7 a 10,6. Assim, segundo Chitarra e Chitarra (2005) a relação SST/AT é uma das melhores formas de avaliação do sabor dos frutos, à qual ocorre, em grande parte, devido ao balanço de ácidos e açúcares.

Resultados das características físico-químicas dos frutos de cajá oriundos do município de Redenção – Pará.

Conclusões

Conclui-se, que os frutos de cajá oriundos do município de Redenção – Pará, foram classificados como frutos de altos teores de acidez e umidade. Para os demais parâmetros físico-químicos avaliados, estavam em conformidades com a literatura científica pesquisada.

Agradecimentos

À UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)

Referências

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