ISBN 978-85-85905-19-4
Área
Química Orgânica
Autores
Melo Brasil, T. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Eleúterio, C.M.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Jacaúna Machado, A. (SEDUC) ; Souza Matos, E. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Azevedo da Silva, C.V. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Leite Alves, T. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Ribeiro de Freitas, R. (ESCOLA ESTADUAL BRANDÃO DE AMORIM) ; S. Damasceno, C.A. (ESCOLA ESTADUAL BRANDÃO DE AMORIM) ; Batista da Silva, R. (ESCOLA ESTADUAL BRANDÃO DE AMORIM) ; Azevedo Viana, C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)
Resumo
Este trabalho teve como objetivo a confecção de moléculas Orgânicas da semente de mucajá, (ARECACEAE - Acrocomia aculeata) como material pedagógico no Ensino de Química Orgânica no 3º ano do Ensino Médio,foi realizado na Escola Estadual Brandão de Amorim Parintins/AM no turno vespertino, visando a utilização de materiais reutilizáveis, onde verificou-se sua contribuição de forma positiva na aprendizagem, pois as aulas analisadas com o uso deste material proporcionou, o estimulo e a interação, culminando no empenho e na participação ativa do aluno com o conteúdo nesta nova metodologia.
Palavras chaves
Ensino; Química; Pedagógico
Introdução
O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Brandão de Amorim com bolsistas do Programa Institucional de Iniciação a Docência (PIBID) com o intuito de estimular os alunos do 3º ano do Ensino Médio nos conteúdos que envolvem as moléculas orgânicas. Os materiais pedagógicos são importantes instrumentos, pois, auxiliam em sala de aula, relacionando a teoria com a prática fortalecendo o ensino-aprendizagem. Partindo dessa perspectiva e com um olhar voltado para a sustentabilidade confeccionou-se moléculas orgânicas com materiais reutilizáveis com sementes do fruto do mucajá (ARECACEAE - Acrocomia aculeata). A escolha desse fruto deu-se em função do desperdiço, pois os mesmos quando maduros caíam das árvores e não tinham utilidades. Participaram deste trabalho cinco bolsistas, uma turma do 3º ano do Ensino Médio e dois professores coordenadores do PIBID Química do Centro de Estudos Superiores de Parintins-AM. Após a confecção foi testado nas aulas de química e posteriormente socializado com a comunidade escolar. O resultado do trabalho mostrou a necessidade de se buscar metodologias inovadoras que despertem o interesses dos alunos, visto que a disciplina Química e tida como complexa, daí a importância da criação deste material pedagógico como suporte no ensino desta ciência. Pode-se observar que durante o desenvolvimento desse trabalho houve o envolvimento de todos, e na aplicação do conteúdo nas aulas praticas constatou-se a compreensão do conhecimento de forma facilitada. Quando os mesmos respondiam aos questionamentos a eles solicitados.
Material e métodos
Para a confecção das moléculas orgânicas com sementes do fruto do mucajá (ARECACEAE - Acrocomia aculeata) utilizou-se os seguintes procedimentos metodológicos: Coleta e seleção das sementes do mucajá (ARECACEAE - Acrocomia aculeata); limpeza, polimento e perfuração do mucajá (ARECACEAE - Acrocomia aculeata); Preparação das estruturas das moléculas; Pintura das moléculas orgânicas; Apresentação e utilização das moléculas orgânicas nas aulas práticas.
Resultado e discussão
Os compostos ou moléculas orgânicas são as substâncias químicas que contêm
na sua estrutura Carbono e Hidrogênio e muitas vezes com oxigênio,
nitrogênio, enxofre, fósforo, boro, halogênios e outros. As moléculas
orgânicas podem ser: Moléculas orgânicas naturais: São as sintetizadas pelos
seres vivos, denominadas biomoléculas, que são estudadas pela bioquímica.
Moléculas orgânicas artificiais: São substâncias que não existem na natureza
e têm sido fabricadas pelo homem, como os plásticos. A maioria dos compostos
orgânicos puros são produzidos artificialmente. Partindo da necessidade de
se trabalhar a sustentabilidade confeccionou-se moléculas orgânicas com o
propósito de reutilizar os produtos industrializados descartados e as
sementes nativas sem finalidades. Este procedimento possibilitou a
utilização de componentes da floresta amazônica para produzir materiais
didáticos diferenciados de baixo custo e eficientemente compatíveis com os
materiais já utilizados como aval na educação. Para isso, os bolsistas
produziram várias oficinas com o intuito de despertar o interesse e a
participação dos alunos nas aulas de Química. Segundo Paulo Freire (1999)
Ensinar inexiste sem aprender, e vice-versa, e foi aprendendo socialmente
que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar.
Foi assim, socialmente aprendendo, que ao longo dos tempos mulheres e homens
perceberam que era possível- depois, preciso-trabalhar maneiras, caminhos,
métodos de ensinar. Aprender precedeu em ensinar ou, em outras palavras,
ensinar se diluía na experiência realmente fundante de aprender. Essa
experiência mostrou a importância de um instrumento de mediação educacional,
visto que os resultados apontaram mudanças no aprendizado dos alunos, quando
os mesmo conseguiram montar as moléculas corretamente sem o uso da versão
tradicional.
Conclusões
Se desejarmos construir uma sociedade sustentável, as responsabilidades devem ser compartilhadas amplamente até que o poder seja diluído entre muitas pessoas, habilitando-as a tomar decisões, ao longo de um processo lento e paciente, que pode ser chamado simplesmente de “educação”. O presente trabalho serviu como auxilio alternativo quando usou-se o material pedagógico em sala de aula e observou-se a concentração, o envolvimento, a motivação, o interesse, o empenho e o melhoramento no nível de aprendizagem dos alunos no Ensino da Química.
Agradecimentos
Primeiramente a Deus, aos alunos e professores da Escola Estadual Brandão de Amorim e ao Programa Institucional de Iniciação a Docência (PIBID).
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a pratica educativa. São Paulo: paz e terra, 1999.