Análises físico-químicas de méis de Apis mellífera do estado Rio Grande do Sul.

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Produtos Naturais

Autores

Albuquerque, V.R.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Liberato, M.C.T. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Melo, R.R.F. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Junior, E.Q. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Paula, B.J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Areal, M.V.R. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)

Resumo

O mel é um liquido viscoso, açucarado no qual é produzido por abelhas a partir da coleta do néctar das flores. E um alimento bastante nutritivo possuindo água, glicose, frutose, sacarose e maltose, sais minerais, vitaminas, enzimas, hormônio, proteínas, ácidos e etc. Para o mel manter suas propriedades é necessário que passe por análises físico-químicas. Foram analisadas duas amostras de méis do estado do Rio Grande do Sul, foram feitos testes de Lund e Lugol, que pode mostrar se o mel é puro de boa qualidade ou se houve adulteração.

Palavras chaves

Mel; Api mellífera; florada

Introdução

INTRODUÇÃO O mel possui diferentes propriedades físicas e químicas por ser produzido a partir do néctar das plantas e por isso a sua produção depende da abundância e da qualidade das flores existentes no raio de ação das abelhas. Conforme a flor de que o néctar foi obtido pelas abelhas, bem como de sua localização geográfica, o mel resultante terá características diferentes, principalmente quanto à cor, sabor e perfume. Por isso, a caracterização regional e o estabelecimento de padrões são de grande importância, considerando a diversidade botânica e a variação climática de cada região. Conforme descrição do Codex Standard For Honey(2001), o mel é constituído de diferentes açúcares, predominando os monossacarídeos glicose e frutose. Apresenta também teores de proteínas, vitaminas, aminoácidos, enzimas, ácidos orgânicos, substâncias minerais, água, pólen, sacarose, maltose, malesitose e outros oligossacarídeos, além de pequenas concentrações de fungos, algas, leveduras e outras partículas sólidas resultantes do processo de obtenção do mel. O mel de laranjeira (Citrus sinensis) possui propriedades sedativas, auxiliando no combate a insônia. Também contribui para um bom funcionamento do intestino, assim como previne câimbras. O mel silvestre (de flor do campo) auxilia o sistema imunológico na defesa do organismo, possui propriedades sedativas e desintoxicantes. O controle da qualidade da produção do mel é primordial, tornando-se fundamental o atendimento das boas práticas de higiene por parte dos produtores, bem como a utilização de um local adequado para o manuseio e extração do mel.

Material e métodos

MATERIAL E MÉTODOS MATERIAL As amostras dos méis de diferentes florada, e mesma região e espécie de abelha. A amostra A foi obtida no estado do Rio Grande do Sul, sendo produzida pela espécie Apis mellífera, florada de flores de laranjeira(Citrus sinensis). A amostra B difere na florada no qual é silvestre(flores do campo). MÉTODOS TESTE DE LUND Esta reação baseia-se na precipitação de proteínas naturais do mel pelo ácido tânico. A leitura é feita após 24 horas, observando-se o precipitado no fundo da proveta. A reação é considerada positiva, indicando a presença de mel puro quando o precipitado variar de 0,6 a 3,0 mL no funda da proveta (IAL, 1985). Em um béquer de 50 mL foi pesado 2g da amostra A, dissolvido com água destilada, em seguida transferido para uma proveta e adicionado mais água destilada até o menisco ficar na marca de 40 mL, depois foi colocado 5mL da solução de ácido tânico á 0,5%, agitou-se e o sistema foi colocado em repouso durante 24 h. O mesmo procedimento foi feito com a amostra B. TESTE DE LUGOL O iodo e o iodeto de potássio reagem na presença de de glicose, resultando uma solução de coloração, de vermelho-violeta a azul. Intensidade da cor depende da quantidade das dextrinas presentes na glicose. Considera-se a reação positiva quando a coloração é violeta ou azul (IAL, 1985). Em um béquer de 50 mL foi pesado 10g da amostra A, em seguida adicionados 20mL de água destilada e agitou-se a solução até ficar sem nenhum precipitado. Foi preparado o banho maria na temperatura de 60°c e colocado a solução durante 1 hora, logo após foi retirada para resfriar em temperatura ambiente. Após resfriar, adicionou-se 5 a 10 gotas da solução de lugol na solução inicial. O mesmo procedimento foi feito com a amostra B.

Resultado e discussão

RESULTADOS e DISCUSSÃO Teste de Lund Na reação de lund houve precipitação nas duas amostras, maior que 0,6mL menor que 2,0mL indicando que não houve adulteração em nenhuma das amostras. A reação é considerada positiva, indicando a presença de mel puro quando o precipitado variar de 0,6 a 3,0 mL no funda da proveta (IAL, 1985). Teste de Lugol O teste de Lugol é uma reação colorimétrica, qualitativa sendo realizada conforme metodologia indicada pelo Instituto Adolfo Lutz (2005). Quando amido ou dextrinas são adicionados ao mel com fins fraudulentos, a reação de Lugol identifica a fraude apresentando um composto de coloração que pode variar do vermelho violeta ao azul (CORINGA et al, 2009). Mas amostras analisadas não houve grande mudança de cor apresentando resultado negativo para a reação de Lugol, indicando que o produto não foi adulterado com amido.

Tabela de Resultados



Conclusões

CONCLUSÃO Ficou evidente que todas as amostras analisadas estão de acordo com os padrões de acordo com os padrões requeridos pelo Ministério da Agricultura para amostras de méis puros.

Agradecimentos

Referências

CORINGA, Elaine de A. Oliveira et al. Qualidade físico-química de amostras de méis produzidos no Estado do Mato Grosso – APL Apicultura. Cuiabá, 2009

EMBRAPA. Produção de mel: Mel. 2013. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/mel.htm>. Acesso em: 11 jul. 2015.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do instituto Adolfo Lutz. 3.ed.

MINISTERIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução - CNNPA nº 12, de 1978. P.49-50. <http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/12_78_mel.htm>. Acesso em: 11 jul. 2015.

Sociedade Brasileira de Farmacognosia. Análise de mel. Disponível em: <http://www.sbfgnosia.org.br/Ensino/analise_mel.html> Acesso em: 11 jul. 2015

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