ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
José da Silva, O. (UEPB) ; Natanne da Silva Leal, K. (UEPB) ; de Araujo Rodrigues, R. (UEPB) ; Tavares de Aguiar, C. (UEPB) ; da Silva Torres, C. (UEPB) ; da Silva Almeida, M. (UEPB) ; Taynan Sabino Moura da Silva, M. (UEPB) ; Ferreira Dantas Filho, F. (UEPB) ; Nunes da Silva, G. (UEPB)
Resumo
A química do amor, como tema estruturador, atende às propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) em relação à contextualização e interdisciplinaridade, pois faz parte da vida dos indivíduos. A abordagem do tema é realizada a partir da contextualização e interdisciplinaridade, por meio de seminários e dinâmicas, com o intuito de despertar o interesse pela disciplina de química e facilitar o processo de aprendizagem. O trabalho foi realizado com 40 alunos do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Francisco Ernesto do Rêgo. Como ferramenta de avaliação foi utilizada um questionário e aplicado antes e após a realização do trabalho no intuito de aprimorar a avaliação dos resultados.
Palavras chaves
Ensino de Química; Química do amor; Contextualização
Introdução
Atualmente o papel do professor, suas práticas e principalmente a forma de repassar o conteúdo curricular são um dos assuntos em foco para a melhoria do ensino. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) dizem que a disciplina de Química deve ser lecionada através de uma abordagem contextualizada e interdisciplinar de forma que seja vinculado com o cotidiano do alunado, assim tendo uma compreensão significativa dos conteúdos abordados. Nesta perspectiva o estudo da Química Orgânica no ensino médio pode ser abordado através da química do amor, que envolve entre outros temas, o estudo dos hormônios e suas reações no organismo. Estes podem ser abordados através da contextualização e interdisciplinaridade, fazendo com que os alunos despertem o interesse pela Química. Segundo Retondo (2010), o estudo dos sentidos não se restringe apenas a sentir, mas se expande às percepções que são individuais ao ser humano. Como proposta para facilitar o ensino/aprendizagem da ciência química, este trabalho objetivou motivar os alunos da química orgânica através da utilização da química do amor, por ser um tema presente na vida dos alunos, e que muitos não tem o conhecimento que existe diversas substâncias químicas que são responsáveis pelas reações que sentimos, estas substâncias são hormônios estimulantes, por isso a sensação de estar apaixonado é muito boa. Entre essas substâncias podemos citar: a adrenalina, a noradrenalina, a feniletilamina, a dopamina, a oxiticina, a serotonina e as endorfinas. Foi trabalhado de forma dinâmica essas substâncias e sempre relacionando com o sentimento "amor" e como forma de obter resultados foi aplicado questionários com temas sugestivos.
Material e métodos
O trabalho consta de uma pesquisa exploratória, tendo como público alvo 40 alunos do ensino médio da Escola E. E. F. M. Francisco Ernesto do Rêgo, no município de Queimadas-PB. O tema “química do amor”, por ser amplo, não foi explorado na sua íntegra. Optou-se por aplicar questionários com temas sugestivos que despertou sensações que proporciona bem estar e felicidade, entre outras, vivenciadas em algum momento da vida do aluno. Concomitantemente vinculou-se a sensação do sentimento “amor” aos hormônios liberados e suas possíveis reações no organismo. Nesse sentido, foram estudadas: a classificação de cadeias carbônicas, fórmulas estruturais e nomenclatura usual e IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada), quando estabelecidas, das funções orgânicas presentes nas substâncias hormonais dentre elas: a adrenalina, a noradrenalina, a feniletilamina, a dopamina, a oxiticina, a serotonina e as endorfinas diagnosticadas pelos alunos.
Resultado e discussão
Aqui se destaca as questões propostas no questionário aplicado, que avalia a metodologia, aprendizado, a motivação e o interesse pela disciplina de Química. Assim, numa análise ampla, verificou-se um resultado positivo, que se mostrou eficaz quanto ao interesse pela disciplina, visto que, observou-se um aumento substancial de alunos (82%) que passaram a perceber, questionar e associar as aulas de química a sua vida cotidiana, após a aplicação da metodologia. Enquanto 88% disseram que tiveram dificuldade em associar uma sensação do organismo a uma substância química possivelmente produzida pelo corpo, como é o caso da serotonina (5-hidroxitriptamina) de fórmula molecular C10H12N2O que é uma molécula envolvida na comunicação entre neurônios, ou seja, é um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade à dor, movimentos e as funções intelectuais, liberada nas sensações de prazer e alegria.
Interesse pela disciplina de Química
Nível de dificuldade encontrado pelos alunos
Conclusões
Comprovou-se que utilizando a química do amor como agente contextualizante promove a inter-relação dinâmica entre teoria e prática com uma abordagem contextualizada, desperta, motiva e facilita a aprendizagem. Os desafios que envolvem a mudança do processo ensino-aprendizagem, passa pelo professor, que oportuniza o educando a refletir e ser estimulado ao conhecimento científico e associá-lo a sua própria vida.
Agradecimentos
Primeiramente à Deus, à escola e aos professores orientadores da Universidade Estadual da Paraíba.
Referências
* ABREU, R.G. A concepção de currículo integrado e o ensino de química no “Novo Ensino Médio”. Disponível em: <http:// www.anped.org.br/reunioes/24/P1222391983927.DOC>. Acesso em: 03 de agosto de 2015;
* RETONDO, C. G. e FARIA, P. Química das sensações. 3ª ed. São Paulo: Átomo, 2010;
* SOLOMONS, T.W. Química Orgânica. v.1. 10ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.