ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Jesus, A.M.S. (IFMA-CAMPUS MONTE CASTELO SÃO LUÍS) ; Marques, G.N. (IFMA-CAMPUS MONTE CASTELO SÃO LUÍS) ; Cutrim, F.M. (IFMA-CAMPUS MONTE CASTELO SÃO LUÍS) ; Santos, J.L. (IFMA-CAMPUS MONTE CASTELO SÃO LUÍS) ; Moizinho, M.O. (IFMA-CAMPUS MONTE CASTELO SÃO LUÍS) ; Lima, J.B. (IFMA - CAMPUS SÃO LUÍS, MONTE CASTELO)
Resumo
O ensino de Química a partir do jogo proporciona no aluno o interesse e a motivação em determinados conteúdos, visto que é uma ferramenta relevante para que o processo ensino e aprendizagem sejam continuo dinâmico e reforçador. Todavia, se torna um desafio para os professores utilizar o jogo não como mero Passa tempo, mas uma ferramenta que possibilite a construção de uma aprendizagem significativa. Desta forma este trabalho tem como relevância relatar o jogo como ferramenta avaliativa no processo de ensino e aprendizagem nos conteúdos de Química do 2º ano do ensino médio, possibilitando o desempenho e o desenvolvimento do aluno na construção e reconstrução do conhecimento em Físico- química.
Palavras chaves
Ensino de Quimica; Avaliação; Jogo Didático
Introdução
O ensino a partir do jogo proporciona no aluno o interesse e a motivação em determinados conteúdos, visto que é uma ferramenta relevante para que o processo ensino e aprendizagem sejam continuo dinâmico e reforçador. Todavia, se torna um desafio para os professores utilizar o jogo não como mero Passa tempo, mas uma ferramenta que possibilite a construção de uma aprendizagem significativa. Segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006) o jogo oferece o estímulo e o ambiente propícios que favorecem o desenvolvimento espontâneo e criativo dos alunos permitindo ao professor ampliar seu conhecimento de técnicas ativas de ensino. Desta forma, o jogo além de possibilitar o desenvolvimento da aprendizagem também permite que tanto o professor quanto o aluno repensem sobre suas ações concernentes a construção da aprendizagem significativa, onde o jogo, neste contexto, além de ser uma ferramenta preponderante para a construção do saber pode ser utilizada como metodologia avaliativa no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação da aprendizagem, não é apenas pontuar o coeficiente do aluno em determinado assunto ou disciplina, segundo Hoffmann (1997 p. 21) a avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento. Assim, o jogo como ferramenta avaliativa repercute na integração de forma lúdica o desenvolvimento e o desempenho do aluno acerca dos conteúdos de Química no Ensino Médio. Visto que o jogo Exotermic tem como objetivo avaliar o processo de ensino e aprendizagem sobre Termoquímica, se as competências e habilidades acerca deste conteúdo foram alcançadas, bem como na interpretação das formulas e teorias.
Material e métodos
Exotermic game é um jogo criado com o objetivo de ensinar alunos do ensino médio sobre conteúdos de físico química, mais especificamente assuntos relacionados à termoquímica. O jogo inicia-se cada um escolhendo uma cor de peão, logo depois são lançados os dados que indicaram a quantidade de casa a serem percorridas, o objetivo principal é atravessar todas as 54 casa do tabuleiro, no entanto para que isso aconteça, será necessário responder a várias perguntas que terão nível de dificuldade estabelecido de acordo com a cor da carta que também corresponde à cor do PAC MAN no jogo. A medida que responde as perguntas o aluno ganha certas quantidades de energia em kcal que ajudam a passar de nível. Ganha quem acumular o maior numero de energia.
Resultado e discussão
Este trabalho foi desenvolvido no 2ª ano do Ensino Médio, no Instituto
Federal
do Maranhão, onde, a princípio foi realizado em duas etapas concernentes ao
ensino de química. E primeira instancia foi ministrado aula sobre
termoquímica
(reações endotérmica\exotérmica, entropia e entalpia), em seguida após a
ministração da aula expositiva abordando o assunto citado acima foi
realizado
uma atividade avaliativa com o intuito de mediar e diagnosticar a
aprendizagem.
Em um seguindo momento foi realizado uma auto avaliação sobre o questionário
apresentado, destacando as dificuldades encontradas, possibilidades para
melhorar no ensino e também na aprendizagem tendo em vista o desempenho do
aluno acerca do conteúdo, partindo deste princípio, foi apresentado o jogo
EXOTERMIC GAME (Figura 1) como ferramenta avaliativa e em seguida foi
proposto
aos alunos a dividirem em 4 grupos para poderem iniciar o jogo. Durante o
jogo,
pode-se perceber que os alunos estavam mais a vontade e se sentiram livres
para
expressar-se e interagir com o grupo buscando soluções para resolução de
cada
etapa vencida do jogo. Desta forma, a avaliação se tornou algo prazeroso
subsidiado na interação entre os alunos participantes do jogo e o professor
como aplicador e mediador durante a atividade lúdica avaliativa. De acordo
com
a figura 2, pode-se observar que o processo de avaliação através do lúdico
se
torna mais prazerosa facilitando o processo de ensino e aprendizagem.
Luckessi
(2006, p. 45) afirma que, a avaliação subsidia decisões a respeito da
aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade dos
resultados
que estamos construindo. Neste sentido, a aprendizagem é continua e cabe ao
professor mediar por intermédio da avaliação da aprendizagem essa
construção.
tabuleiro do jogo, onde aparecem níveis de energia em kcal dos participantes
questionário aplicado com os alunos sobre o uso do jogo EXOTERMIC como método avaliativo
Conclusões
Mediante estes dados, percebeu-se que o jogo como ferramenta metodológica avaliativa é, portanto um reforçador para que as aulas de Químicas não sejam enfadonhas e as avaliações um instrumento indicador de notas e aprovações, mas, sobretudo uma ferramenta que viabiliza a relação continua e recíproca entre o ensino e a aprendizagem. Em vista que, o jogo é expressado como ferramenta mediadora da aprendizagem significativa, onde segundo Hoffmann (2011) mediar a aprendizagem é, portanto, favorecer a tomada de consciência do aluno sobre limites e possibilidades no processo de conhecimento.
Agradecimentos
Ao IFMA Campus Monte Castelo
Referências
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações
Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2006;
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio. Porto Alegre: Mediação, 1997;
__________________Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2011;
LUCKESSI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: Estudos e proposições. 18ª edição. São Paulo: Cortez, 2006.