ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Venancio, K.S. (IF SERTÃO-PE) ; Alves, P.R. (IF SERTÃO-PE)
Resumo
Levando em conta a relevância do uso de maquetes como recurso pedagógico no processo de ensino aprendizagem, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar de forma objetiva a importância da utilização de maquete como facilitadora do Ensino de Química e relacionar a bomba nuclear com a evolução dos modelos atômicos. Neste trabalho, as atividades foram estruturadas em três momentos, onde favoreceram a interação e participação dos alunos na construção do seu conhecimento. Diante da construção de maquetes, os alunos conseguiram apreender, com mais facilidade, conceitos de Química. Os resultados mostram que este tipo de abordagem, favorece de forma eficaz para a construção dos conhecimentos químico.
Palavras chaves
Ensino de química; Ferramenta pedagógica; Bomba atômica
Introdução
O uso de recursos pedagógicos diversificados, como as maquetes, para a inter- relação entre conteúdos estabelecidos é, cada vez mais, uma forma de atrair atenção dos discentes e despertar sua curiosidade com relação as temáticas a serem trabalhadas. Isso porque, além de contribuir para o processo ensino, as maquetes auxiliam no desenvolvimento cognitivo dos alunos (GONDIM, 2013). As maquetes são uma importante ferramenta didática para o Ensino de Química, propiciando ao estudante a reprodução dos conceitos aprendidos. Diante das diversas metodologias de ensino merece destaque o uso de maquetes que são representações de uma ideia, objeto, acontecimento, processo ou sistema criado com um objetivo específico. Permite assim, materializar uma ideia ou um conceito tornando - os assim diretamente assimiláveis (GILBERT, BOULTER & ELMER, 2000; ORLANDO etal. 2009). Desta forma, o uso das maquetes é uma boa alternativa pedagógica para o Ensino de Química, pois facilita o entendimento dos temas apresentados. Portanto, uma abordagem através de maquetes favorece o processo de ensino aprendizagem. Abordagens relacionadas à bomba atômica não são muito tratadas nas salas de aula, desta forma, foi proposto neste trabalho mostrar de forma simples, a relação entre a evolução dos modelos atômicos e a bomba nuclear através de maquetes. Este projeto foi desenvolvido no Colégio Educandário Pequeno Aprendiz, onde foi trabalhado o assunto sobre a estrutura do átomo e a evolução dos modelos atômicos.
Material e métodos
No primeiro momento pedagógico, foram exibidos documentários e reportagens relacionados à produção da bomba atômica e ao bombardeio das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. No segundo momento pedagógico, os conceitos foram explanados de forma expositiva para melhor compreensão dos temas. Ainda nessa fase, o professor relacionou os conceitos científicos com os documentários e reportagem de forma intrínseca para melhor assimilação dos conteúdos. A aplicação do conhecimento ocorreu em duas etapas. A primeira, realização de uma oficina, com a produção de maquetes. A turma de 16 alunos foi dividida em quatro grupos, com o objetivo de confeccionar os modelos atômicos de Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr. Os materiais utilizados para a confecção dos modelos atômicos foram materiais de baixo custo e fácil acesso, tais como arame, palito de churrasco, cola, tinta guache, palitos de dente, alfinetes coloridos e bolinhas de isopor os quais teriam que usar a capacidade criativa para produzir os modelos atômicos. Na segunda etapa, os alunos ainda em grupos, produziram maquetes da bomba atômica a partir de figuras impressas de páginas da internet, tinta guache, cola, porta garrafa de isopor, placa de isopor, palitos de dente entre outros. Ao término das produções, os alunos teriam que apresentar as maquetes para os colegas. Tais recursos didáticos foram aplicados durante as aulas de Atomística, realizada no Educandário Pequeno Aprendiz.
Resultado e discussão
A partir do documentário e reportagens, o professor conduziu um debate com
os alunos com o intuito de relacionar o átomo com a bomba atômica. Na etapa
seguinte os alunos expuseram seus conhecimentos teóricos através de
maquetes. Ao logo das apresentações era evidente o desempenho dos alunos ao
explicarem os modelos atômicos e a constituição da bomba atômica. Ao término
do trabalho foi perguntado aos alunos se eles conseguiam estabelecer alguma
relação do conteúdo ministrado com a bomba atômica e 93,7% afirmaram que sim
e 6,3% não soube responder. O aluno “A” disse: “Com o estudo do átomo o
homem pôde criar uma arma tão poderosa, a bomba atômica”. Foi questionado
também se a abordagem adotada pelo docente da turma favoreceu no aprendizado
e 100 % dos discentes disseram que sim. Deste modo, a produção das maquetes
demonstrou a compreensão dos alunos diante do conteúdo ministrado. Portanto
esses resultados demonstram que essa ferramenta beneficiou na exposição e na
organização dos conceitos abordados. Enfim, consideramos que a atividade foi
fundamental na promoção da compreensão do conteúdo através da produção de
maquetes.
Conclusões
O uso de maquetes se mostrou muito eficaz no processo de ensino aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento dos alunos nas aulas de Química. Pode-se observar que a utilização de maquete, é uma ferramenta que permite a interação e construção de conhecimento dos alunos, estimulando-os a materializar os conteúdos ministrados em sala. Portanto, as atividades realizadas atingiram os alvos propostos, pois foi evidente a satisfação e o bom desempenho da turma diante das produções. Assim, o uso de maquetes bem como outros recursos didáticos são instrumentos fundamentais para o ensino de Química.
Agradecimentos
Ao autor da vida, Deus. Ao IF Sertão Pernambucano; ao PIBID – CAPES, ao Educandário Pequeno Aprendiz.
Referências
FELTRE, Ricardo. Química: Química Geral. São Paulo:Moderna, vol. 1, 2002.
GILBERT, J.K ; BOULTER, C.J. & ELMER, R. Positioning Models in Science Education and in Design and Technology Education. In J. K. Gilbert & C. J. Boulter (Eds.), Developing Models in Science Education p. 3-17, 2000.
GONDIM, L. B.; et al. O uso das maquetes e de revistas em quadrinhos no ensino de geografia. Revista Eletrônica Geoaraguaia. Barra do Garças-MT. V 3, n.2, agosto/dezembro. 2013. p 46 - 55.
KOTZ, John C; TREICHEL Jr., Paul M; WEAVER, Gabriela C. Química geral e reações químicas. 6ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010. v.1. 611 p.
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