ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Costa, A.J.M. (IFSERTÃO-PE) ; Sobral, J.A.S. (IFSERTÃO-PE) ; Lopes, J.A. (IFSERTÃO-PE) ; Figuerôa, J.A. (IF SERTÃO - PE) ; Sousa, A.S. (IF SERTÃO - PE) ; Sá, C.L.S.G. (IFSERTÃO-PE) ; Augusto Filha, V.L.S. (IF SERTÃO - PE) ; Silva, H.C. (IFPB – Campus Cabedelo)
Resumo
O presente trabalho foi vivenciado com alunos dos cursos Médio Integrado em Informática e Agropecuária, estes ofertados pelo IF Sertão Pernambucano. Elaborado por Bolsistas PIBID, esta proposta teve como finalidade comprovar que a música pode ser utilizada como método de ensino para intermediar a aprendizagem de Química. Ao término das atividades do projeto, verificou-se que a utilização da música como auxílio na disciplina de Química é uma alternativa viável. Por conseguinte, através do entrelaço entre a Química e a Música, percebe-se que essa metodologia veio a fomentar nas aulas, propiciando um caráter interativo e contextualizado.
Palavras chaves
Ensino de química; música; recurso didático
Introdução
O ensino de Química nos últimos anos vem dispondo de vários subsídios para a efetivação de um ensino significativo. Contribuindo para tal princípio, tem- se a utilização da música como ferramenta interdisciplinar. Outrora, atrair a atenção dos alunos e trabalhar os conceitos da disciplina vem se tornando um processo desafiador, já que esta nem sempre está envolvida de forma contextualizada para com a realidade do corpo discente, como também, não é trabalhada de maneira instigante. Como afirma Silva (2011) [...], os conteúdos de química têm sido trabalhados de forma fragmentada dos demais saberes disciplinares. A utilização da música no Ensino da Química pode ser uma importante alternativa para estreitar o diálogo entre saberes cotidianos e conhecimento científico, visto que pode trazer temáticas com grande potencial de problematização (SILVEIRA e KIOURANIS, 2008). Uma vez trabalhados os conteúdos em aula, pode-se envolver a música como uma proposta metodológica na fixação dos preceitos já aderidos. Portanto, a música possui um potencial de instigar a assimilação de diversos termos através da sua interatividade. Francisco Junior e Lauthartte (2012) consideram a música uma alternativa promissora na educação científica, o que para eles, isso vem favorecer a aprendizagem, além de seu caráter lúdico. O respectivo trabalho teve como finalidade, comprovar que a música pode ser utilizada como método de ensino para intermediar a aprendizagem de Química, objetivando o desenvolvimento de habilidades necessárias acerca dos conteúdos de Química relacionados ao 2º ano do Ensino Médio. Este trabalho foi vivenciado no período de junho a julho de 2013.
Material e métodos
A respectiva proposta foi elaborada por Bolsistas PIBID, do curso de Licenciatura em Química, sendo esta vivenciada em três turmas do 2º ano do Ensino Médio Integrado em Agropecuária e Informática do IF Sertão Pernambucano - Campus Floresta. O método empregado para o desenvolvimento deste trabalho ocorreu mediante aplicação de questionários para analisar os conhecimentos prévios dos alunos e conhecer o perfil das turmas envolvidas. Na sequência, houve a socialização dos resultados obtidos com o corpo discente. Tendo como conseguinte, a apresentação do projeto e em seguida, a vivência individual em cada turma, com cerca de cinco integrantes por equipe. Como proposta, as equipes tiveram que compor músicas contextualizando-as com os conteúdos de Química, especificamente, balanceamento de equações químicas. As composições foram apresentadas nas respectivas salas de aula, as quais os alunos pertenciam. Nesta etapa, ocorreu à seleção das melhores composições de cada turma, promovendo por meio desta, o espírito de equipe e compartilhamento de todos os trabalhos, visando à apreciação das produções. A partir desta, os alunos foram direcionados a aprimorar e melhorar a composição escolhida em cada turma, para que as mesmas fossem apresentadas na culminância do projeto, que contou com a participação das três turmas envolvidas. Ocasião que foi escolhida “a melhor” composição por uma banca avaliadora constituída por três professores de química. O critério utilizado obedeceu as seguintes normas: letra da composição, ritmo (pop, rock, sertanejo, etc.), harmonia (quaternária) e abordagem ao conteúdo de Química. Avaliando assim, a qualidade e adequação ao tema.
Resultado e discussão
Por meio da aplicação dos questionários, constatou-se que o corpo discente
acreditava ser viável a aplicação de propostas voltadas ao seu cotidiano e
que para o ensino de Química, segundo eles, deve-se utilizar recursos que
facilitem a compreensão desta ciência. Sugerindo para isso, a utilização da
música como ferramenta pedagógica.
A proposta conseguiu atingir seus objetivos, a música e a disciplina de
Química, que antes eram consideradas como algo distinto uma da outra, por
meio deste, verificou-se que é interessante e significativo à sinergia entre
essas duas modalidades. Vale salientar que, existem várias formas e recursos
que vêm fomentar o professor em sua prática pedagógica e que quando
trabalhada com objetivos definidos e empenho dos envolvidos o seu êxito é
notório, podendo sim haver o entrelaço entre as duas áreas.
Assim, a utilização da música como auxílio na disciplina de Química é uma
alternativa viável, pois esta intensifica/revisa os conteúdos vistos em sala
de aula e diversifica a metodologia convencional de se trabalhar o conteúdo
programático “Balanceamento Químico”. Destaca-se com a vivência do referido
trabalho, a atenção e o entrosamento dos alunos para com a disciplina.
Como resultado do projeto, obteve-se a elaboração de paródias, composição
musical, bem como a interpretação das produções. O empenho das equipes para
com o conteúdo se deu durante toda a vivência do projeto, uma vez que, o
desafio proposto instigou os discentes a pesquisa, para a partir desta
elaborarem suas produções. A culminância do mesmo, bem como as etapas
anteriores, contou com a presença e a participação de todos os discentes.
Conclusões
Através do entrelaço entre a Química e a Música, percebe-se que isso vem atribuir às aulas um caráter interativo e contextualizado. O que corrobora não só no melhoramento do ensino aprendizagem de Química, mas também, para com o despertar da importância da música no ensino de outras ciências, e o quanto a mesma pode ter vários significados e utilidades quando trabalhada de forma objetiva. Portanto, observou-se que, o ensino de Química não está restrito apenas a teorias e práticas laboratoriais, cabendo ao professor, aproveitar os diversos recursos disponíveis.
Agradecimentos
Ao IF Sertão Pernambucano - Campus Floresta, pela contribuição dada para com a nossa formação; ao PIBID – CAPES, pelo apoio financeiro e a todos que contribuíram para
Referências
FRACISCO JUNIOR, W. E. & LAUTHARTTE, L. C. Música em Aulas de Química: Uma proposta para a Avaliação e a Problematização de Conceitos. Disponível em: <http://www.cienciaemtela.nutes.ufrj.br/artigos/0 112_junior.pdf>. Acessado em: 12 de agosto de 2013.
SILVA, A. D. L.; WATANABE, L. A; FERREIRA, W. P. A importância da interdisciplinaridade no ensino de Química. Disponível em: <http://www.abq.org.br/cbq/2011/trabalhos/6/6-497-10851.htm>. Acessado em: 11 de agosto de 2013.
SILVEIRA, M. P. & KIOURANIS, N. M. M. A Música e o Ensino de Química. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc28/07-RSA-2107.pdf>. Acessado em: 20 de junho de 2013.