ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Miranda, A.L.N. (IFG/PIBID) ; Costa, M.A. (IFG/PIBID) ; Santos, J.F. (IFG/PIBID) ; Vasconcelos, T.M. (IFG/PIBID) ; Alves, B.H.P. (IFG/PIBID)
Resumo
A experimentação no ensino de química permite ao aluno relacionar a teoria do conceito químico estudado à prática. Para se trabalhar a experimentação nem sempre é necessário materiais sofisticados, visto que, algumas escolas ainda não possuem um laboratório de ciências para a realização de aulas práticas. Sendo assim o professor pode se apropriar de recursos alternativos e promover aulas práticas com materiais de baixo custo e de fácil aquisição que contribuirão para o processo ensino- aprendizagem dos alunos. Diante do exposto o presente trabalho buscou a partir da avaliação do jogo “Ciência Kids” testar os experimentos nele proposto e selecionar alguns para serem trabalhados no ensino de química, foram selecionados ao todo cinco experimentos e todos de fácil de aplicação.
Palavras chaves
Aprendizagem; Experimentação; Ensino de Química
Introdução
O jogo “Ciência Kids” é um kit para ser utilizado no ensino de ciências. O mesmo contem 26 experimentos e vem acompanhado de alguns materiais que possibilitam realizá-los e um manual com os procedimentos a serem seguidos. A partir desse kit é possível trabalhar alguns experimentos no ensino de química, visto que, o jogo aborda uma visão geral para todo o ensino de ciências. Na perspectiva de se trabalhar a experimentação no ensino de química, Machado (1999) afirma que a experimentação é uma ferramenta que pode contribuir na explicitação, problematização e discussão dos conceitos químicos com os alunos, criando condições favoráveis à interação e intervenção pedagógica do professor. A atividade experimental no ensino da química torna-se uma importante ferramenta pedagógica, apropriada para despertar o interesse dos alunos, cativá-los para os temas propostos e ampliar a capacidade para o aprendizado (ARAHAM et al.,1997). Delizoicov et al., (1994) afirma ainda, que as atividades experimentais além de despertar o interesse nos alunos pelo conteúdos, proporciona situações de investigação. Quando bem planejadas, elas constituem momentos particularmente ricos no processo de ensino e aprendizagem. A experimentação pode ainda ser uma importante estratégia pedagógica para resolução de problemas reais, relacionados ao cotidiano, que permitindo a abordagem contextualizada dos conteúdos. A investigação por meio da experimentação estimula o aluno a levantar hipóteses, questionamentos e discutir os fenômenos apresentados durante a aula, permitindo assim o trabalho cooperativo (PERRENOUD, 1999). Nesse sentido, o presente trabalho buscou a partir da avaliação do jogo “Ciência Kids” testar e selecionar alguns experimentos para serem trabalhados no ensino de química.
Material e métodos
O trabalho aqui descrito foi realizado como uma das atividades desenvolvidas pelo PIBID. Para realização desse trabalho foram testados os vinte e seis experimentos, seguindo as instruções contidas no manual. Todos os experimentos foram realizados no IFG Câmpus Itumbiara-GO onde aconteceram os dois encontros para finalizar todos os testes dos experimentos e em seguida foram selecionados os que podem ser trabalhados no ensino de química.
Resultado e discussão
A partir dos experimentos
testados, foram
selecionados cinco que
podem ser
trabalhados no ensino de
química. Com a utilização
desses experimentos é
possível
trabalhar os seguintes
conceitos químicos a partir
de cada um deles: Formador
de
Estalactite (Equilíbrio
Químico), Óleo Trapaceiro
(Densidade e Polaridade),
Bola
Alpinista (Tensão
Superficial), Imagens
Simétricas (Isômeros) e
Transferência de
Água (Pressão).
Os experimentos
selecionados são de simples
aplicação, com utilização
de
materiais que são de fácil
de aquisição e não é
necessário ter um
laboratório
equipado para realização
dos mesmos. Com o formador
de estalactite (Figura 1 e
2),
pode-se trabalhar de
maneira diferenciada, pois
seu resultado final só pode
ser
observado após uma semana,
sendo assim pode-se pedir
aos alunos que durante o
período em que se aguarda o
resultado façam uma
pesquisa a respeito da
formação das
estalactites e que tragam
para ser discutido em sala
de aula e em seguida façam
comparações com o
experimento.
O experimento
Formador de Estalactite
(Equilíbrio Químico), se
torna um
método de grande
importância para despertar
nos alunos a curiosidade e
a
investigação ao que se está
estudando, proporcionando
assim um contato direto com
o
conteúdo no momento da
pesquisa.
Figura 1. Formador de Estalactite/Antes.
Figura 2. Formador de Estalactite/Depois.
Conclusões
A partir dos testes realizados com o Kit “Ciência Kids”, conclui-se, que é possível trabalhar a experimentação no ensino de química de maneira simples, despertando a curiosidade dos alunos e contribuindo para o processo ensino e aprendizagem, sem que haja necessidade de ter um laboratório equipado para aplicá-los.
Agradecimentos
PIBID/CAPES
Referências
ABRAHAM, M. R.; CRAOLICE, M. S.; GRAVES, A. P.; ALDHAMASH, A. H; KIEHGA, J. G.; GAL, J. G. P. The nature and state of general chemistry laboratory courses offered by colleges and universities in de United States. Journal of Chemical Education, v. 74, n. 5, p. 591-594, 1997.
CIÊNCIA KIDS 3 – 26 EXPERIÊNCIAS – GROW. Referência do Fabricante: 02588.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia no ensino de ciências. 2ª edição. São Paulo: Cortez, 1994.
MACHADO, A. H; CASTILHO, D. L.; SILVEIRA, K. P.; As aulas de Química como espaço de investigação e reflexão. Química Nova na Escola, Nº. 9, maio, 1999.
PERRENOUD, P.; Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens-entre duas lógicas. Artmed, 1999.