O Museu Itinerante de Química como fonte de divulgação das ciências na Escola Estadual de Educação Profissional Petrônio Portela: Através da seção de Maquetes de Ligações Químicas.

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

de Oliveira Davi, A. (IFPI-PICOS) ; das Chagas Alves da Silva, F. (IFPI-PICOS) ; Isaías dos Santos, R. (IFPI-PICOS) ; Cristina de Sá, L. (IFPI-PICOS) ; Inês de Brito, J. (IFPI-PICOS) ; Alisson Fernandes Barão, A. (IFPI-PICOS) ; Maria de Lima Ferreira, P. (IFPI-PICOS) ; Eleneuda e Silva, M. (IFPI-PICOS) ; Afonso de Brito, I. (IFPI-PICOS) ; Francisco dos Santos Borges, V. (IFPI-PICOS)

Resumo

O Ensino de Química assim como o ensino de outras ciências exatas é caracterizado por ser complexo e sistemático. Analisando a realidade das escolas públicas de Picos-Pi, promoveu-se a divulgação das ciências por meio do Museu Itinerante de Química (MIQ) promovido pelo Pibid de Quimica do IFPI, este trabalho visa analisar os efeitos causados pela seção de Maquetes de Ligações Químicas do MIQ, que tem como objetivo estimular e despertar a curiosidade através de atividades interativas e lúdicas.

Palavras chaves

Divulgação das Ciências; Ensino de Química; Ligações Químicas

Introdução

Segundo Gomes, é evidente que para grande parte dos alunos da educação básica, a Química, muitas vezes, torna-se desinteressante, abstrata e sem sentido, ocasionando sérios problemas no processo de ensino/aprendizagem. Diante disso a importância de buscar metodologias educacionais que estimulem o conhecimento e instiguem os alunos para que essa visão deles não desfavoreça seu desenvolvimento cognitivo e não interfira na formação como cidadãos. A divulgação científica é um tema de bastante relevância para o contexto escolar além de sua importância para a democratização da sociedade, tornando assim uma sociedade responsável e mais culta cientificamente, não existindo mais uma grande distancia entre o cultural e o intelectual. Para Bueno (2008), a divulgação científica compreende a utilização de recursos, técnicas, processos e produtos para a veiculação de informações científicas, tecnológicas ou associadas a inovações ao leigo. Ou seja, pelos diferentes meios de divulgação é necessário que haja a transposição de uma linguagem científica para uma linguagem popular, a fim de facilitar o entendimento. No entanto, uma das formas de divulgar as ciências que tem ganhado espaço nas áreas de pesquisas são os museus tendo como objetivo estimular a apropriação do método científico, a curiosidade e a observação da realidade por meio da seções onde possam aprender interagindo. Visando minimizar as dificuldades que o Ensino de Química apresenta e tornar a divulgação científica uma importante ferramenta na prática pedagógica dos professores essa pesquisa busca analisar como se deu a divulgação das ciências por meio do MIQ na Escola Estadual de Educação Profissional Petrônio Portela, através das Maquetes de Ligações Químicas.

Material e métodos

Inicialmente foram feitos estudos bibliográficos sobre divulgação das ciências. Este projeto teve duração entre os meses de fevereiro e maio de 2015 e foi apresentado em duas escolas estaduais de Picos-Piauí. O Museu Itinerante de Química (MIQ) foi dividido em várias seções, e a seção desta pesquisa foi a de Maquetes de ligações Químicas. Foram feitas maquetes de algumas ligações químicas, cada maquete representando uma ligação, e além dessas maquetes foram feitos cartazes com algumas curiosidades e perguntas para despertar o interesse dos alunos. Em seguida realizou-se a apresentação do museu na escola, com um amplo espaço e todas as seções organizadas de acordo com sua finalidade, de forma que não perdesse seu sentido e a relação entre si. Na medida em que os visitantes iam passando e interagindo com o museu algumas perguntas eram realizadas para que os mesmos não tirassem o foco e pudessem raciocinar, contribuindo para a analise dos resultados das pesquisas. Durante o decorrer da apresentação também era observados as series e as principais dificuldades. Por fim foi feito um questionário contendo 6 questões objetivas para os alunos do 3º ano - pois assim pode-se analisar como está sendo desenvolvido as aulas de ligações nas outras series-, sendo 3 delas analisando sobre a seção do museu aqui tratada, e as outras 3 sobre ligações químicas, uma vez que esse tema é de extrema importância em todo o Ensino Médio. Os resultados obtidos foram comparados com as observações durante o museu e com a realidade já vivenciada pelos bolsistas do Pibid durante as monitorias.

Resultado e discussão

Através da exposição do MIQ foi possível identificar que os alunos ainda têm muitas dificuldades em caracterizar os diferentes tipos de ligações químicas, até mesmo os que estão concluindo o ensino médio. Outros não sabiam o que eram “Ligações Químicas”, e justificavam que ainda não tinham visto falar do assunto. No decorrer da apresentação foram entendendo quais a possíveis ligações entre os elementos como visualizando através das maquetes as moléculas obtidas através dessas ligações. Em sua maioria ficavam admirados com as moléculas utilizadas no nosso dia-a-dia e que eles não conheciam suas propriedades. O que trouxe mais interação entre os alunos e o museu. Eram comuns os comentários de que “Assim a química até parece fácil” como também “Os professores só dão aulas teóricas e nada de diferente”. Observam-se algumas reflexões sobre as pedagogias adotadas por muitos docentes que causam a faltam de interesse dos discentes pela disciplina. Em análise aos questionários primeiramente com relação ao Museu, cerca de 85% dos alunos aprovaram a ideia, afirmando que além de quebrar a barreira existente com a disciplina, ensinou sobre conteúdos necessários não somente na escola mas no cotidiano de cada um, os outro 15% assumiram que não se interessaram pela seção. Com relação ao conteúdo de Ligações Químicas antes da apresentação do museu, 70% não se lembravam do assunto, 20% lembravam, mas não sabiam distinguir e apenas 10% conheciam as ligações Químicas. Sendo, portanto uma turma de 3º do Ensino Médio, apenas comprova as observações feitas antes e durante a apresentação do museu, que o ensino de química ainda esta bastante decadente, e que o MIQ é um espaço de ensino e de aprendizagem que de forma lúdica e interativa propõe uma eficiente metodologia de divulgar as ciências.

Conclusões

O Museu Itinerante de Química permite o contato direto dos discentes com a Química. Os alunos são induzidos a ativar sua visão crítica, interagem com as maquetes de ligações químicas podendo debaterem em sala de aula. O contato com as moléculas ajuda a aguçar a imaginação simplificando a Química. É importante essa iniciativa pelos bolsistas do Pibid, uma vez que serão docentes futuramente poderão desmistificar a Química, divulgando a ciência não somente para ficarem em salas de aulas, e sim para tornar uma sociedade alfabetizada cientificamente.

Agradecimentos

Primeiramente a Deus, a minha família e amigos que direta ou indiretamente colaboraram para a realização deste trabalho, a CAPES/PIBID e ao IFPI - Campus Picos.

Referências

BUENO, W. C. Jornalismo ambiental: explorando além do conceito. In: Girardi,I. M. T. Girardi; Schwaab, R. T. (Org.). Jornalismo ambiental: desafios e reflexões. Porto Alegre: Dom Quixote, 2008, v., p. 105-118.
GOMES, V. B. Divulgação Científica na Formação Inicial de Professores de Química. 2012. 16-17 p. Tese (Mestrado em Ensino de Ciências) – Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

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