O ENSINO DE QUÍMICA RUMO A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA ESCOLA DOM IDÍLIO JOSÉ SOARES

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, L.N. (IF SERTÃO CAMPUS OURICURI-PE) ; Patricio, T.S. (IF SERTÃO CAMPUS OURICURI-PE) ; Marques, V.S. (IF SERTÃO CAMPUS OURICURI-PE)

Resumo

A teoria da aprendizagem significativa da um enfoque cognitivista, no tocante a construção do conhecimento pelos alunos. Segundo esta teoria, os novo conhecimento relacionam-se a conceitos preexistentes em sua estrutura cognitiva. De acordo com David Ausubel (apud Moreira, 2006), “é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona, de maneira substantiva (não literal) e não arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do individuo” (p. 14). Com base nisto, procurou-se fazer um trabalho aliando teoria a pratica na Escola Dom Idílio José Soares no município de Ouricuri- PE, com as turmas de 9º ano A com 35 alunos e 1º ano A com 30 (totalizando 65 alunos) para que os conhecimentos químicos fossem realmente sintetizados de forma significativa.

Palavras chaves

aprendizagem; aluno; conhecimento químico

Introdução

O ensino de ciências naturais/exatas é marcado e taxado pelos alunos como difícil e complicado. Essas concepções preestabelecida socialmente pelos alunos, dificulta o processo de construção do conhecimento. Sabe-se que muitas vezes os alunos não sintetizam os conhecimentos, por que, este, não é transmitido de maneira que possibilite essa sintetização. No ensino da química, percebe-se que os alunos, muitas vezes, não conseguem aprender, não são capazes de associar o conteúdo estudado com seu cotidiano, tornando-se desinteressados pelo tema. Isto indica que este ensino está sendo feito de forma descontextualizada e não interdisciplinar (NUNES e ADORNI, 2010). Diante desse contexto os educadores precisam cada vez mais lança mão de metodologia inovadora e cativante. O lúdico e a experimentação são aliados fortes quando são posto a serviço da aprendizagem. A experimentação por estabelecer um elo entre a teoria e a prática, enquanto o lúdico alia o prazer do brincar com a edificação do conhecimento. Sabendo disso buscou-se aplicar metodologias valorizando os conhecimentos prévios dos alunos (seu conhecimento de mundo) ao mesmo tempo em que eram trabalhados conceitos científicos. Esse método de ensino foi usado na Escola Dom Idílio José Soares, no município de Ouricuri-PE com as turmas de 9º ano A, com 35 alunos e do 1º ano A, com 30, totalizando 65 alunos. Em que houve a promoção de debate, pesquisas, experimentos e jogos.

Material e métodos

A realização desse trabalho consistiu no planejamento de aulas mais atrativas, usando a pesquisa, o debate, jogo e a experimentação. Para o experimento foi usado matérias do cotidiano dos alunos. A atividade foi dividida em 3 etapas: primeiro a professorar levou algumas demonstrações de misturas homogêneas e heterogêneas, usando essas substâncias para abordar o conteúdo. Logo em seguida foi pedido que os alunos pesquisassem e levassem experimentos simples com matérias de fácil acesso tais como: areia, água, álcool, óleo, copos de vidro etc. Para finalizar o trabalho, os bolsistas conduziram experimentos com vidrarias de laboratório e enfatizaram técnicas de separação de misturas. Os materiais usados pelos bolsistas foram: béquer, bastão de vidro, pipeta, mangueira, imã, funil, papel filtro. O jogo consistia em confeccionar o diagrama de Linus Pauling em cartolinas onde foi desenhado,recortado e montado o diagrama de energia com os diferentes sub níveis, usando o diagrama em forma de jogo, foi feita a distribuição eletrônica de vários átomos. Ao finalizar foi feito um debate com tira duvidas e curiosidade química referente ao conteúdo estudado, misturas homogêneas e heterogêneas e métodos separação de misturas. Também foi aplicado um mesmo questionário antes e depois do trabalho desenvolvidos, com o propósito de avaliá-la.

Resultado e discussão

A aplicação de metodologias que aliam a pesquisa e a experimentação, traz resultados bastante satisfatórios, quando estas, são direcionadas para favorecer a autonomia intelectual e o desenvolvimento das capacidades investigativo-interpretativas dos alunos. De acordo com o questionário aplicado, 78% dos alunos responderam que seu interesse aumentou pela disciplina, após a metodologia aplicada. Quando questionados se gostavam da disciplina de ciências/química, antes apenas 25% responderam que sim e após as estratégias usadas esse percentual aumentou para 74%. Perguntado se os alunos conseguem enxergar a química em seu cotidiano, antes 21% responderam que sim, após a metodologia, 65% afirmaram que conseguem visualizar a química envolvida nos fenômenos no seu dia-a-dia. Como se pode ver nas respostas dos alunos, após trabalha a ciência/química de forma contextualizada, é perceptível o interesse e a motivação por parte deles.

Conclusões

Com a aplicação da metodologia em sala, percebeu-se um maior interesse e envolvimento dos alunos diante das atividade proposta.Essas experimentações e jogo possibilitaram também a contextualização do ensino de ciência/química pois os alunos viram que todo os dias se deparam com situações que envolvem fenômenos químicos. Comprovou-se que o ensino de química não pode se reduzir a apenas o quadro e giz. É imprescindível o uso de recursos didáticos que facilitem no processo de aprendizagem, e importante também uma tomada de consciência por parte dos docentes quanto a metodologia utilizada

Agradecimentos

A Capes pela concessão das bolsas por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), ao IF-SERTÃO e a Escola Dom Idílio José Soares.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: 2002: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 24 p
MOREIRA, M.A. Aprendizagem significativa. Brasília: Ed. UnB, 1999.
NUNES, A. S. ;Adorni, D.S . O ensino de química nas escolas da rede pública de ensino fundamental e médio do município de Itapetinga-BA: O olhar dos alunos.. In: Encontro Dialógico Transdisciplinar - Enditrans, 2010, Vitória da Conquista, BA. - Educação e conhecimento científico, 2010.

Patrocinadores

CAPES CNPQ Allcrom Perkin Elmer Proex Wiley

Apoio

CRQ GOIÁS UFG PUC GOIÁS Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Goiás UEG Centro Universitário de Goiás - Uni-ANHANGUERA SINDICATO DOS TRABALHADORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO BIOCAP - Laboratório Instituto Federal Goiano

Realização

ABQ ABQ Goiás