ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Araujo Duarte da Silva, A.C. (CRQ XIV / SEDUC-AM) ; Batista da Silva, H. (SEDUC-AM/FUCAPI) ; Silva de Lima, T. (SEDUC-AM/FUCAPI) ; Rodrigues da Silva, F. (SEDUC/AM)
Resumo
O trabalho foi realizada na Escola Estadual Cleomenes do Carmo Chaves, com os alunos do 2º ano do Ensino Médio noturno, tendo como objetivo analisar a interdisciplinaridade entre as aulas de Química e Física no conteúdo de Teoria e Cinética dos Gases. A finalidade da interdisciplinaridade é de ampliar uma ligação entre o momento identificador de cada disciplina de conhecimento. Esse trabalho foi de grande relevância para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos.
Palavras chaves
fisica; química; gases
Introdução
As aulas de Química e Física muitas vezes são vistas como um “bicho papão”, levando muitos alunos a terem aversão a seus conteúdos. Diante dessa realidade há uma necessidade de desmistificar o ensino dessas disciplinas. Segundo Deyllot (2004), no Ensino de Física, e isso não é diferente para o Ensino de Química, prevalece a “Ciência do Outro” e quase nunca “Nossa Ciência”, já que cozinhamos com o micro-ondas ou nos comunicamos por meio do microcomputador e, no entanto, estamos cada vez mais afastados dos fundamentos A aprendizagem deve ser vista no momento atual como uma atividade autodirigida e capaz de proporcionar ao indivíduo o domínio e desenvolvimento de uma série de habilidades e competências que o levem além do mero aprender, mas ao aprender a aprender. Segundo o autor, aprender é antes de tudo, insumo para o “aprender a aprender”, fundando-se este na construção autossuficiente do sujeito social competente, com base em conhecimento atualizado (DEMO, 1993). A origem da interdisciplinaridade está nas transformações dos modos de produzir a ciência e de perceber a realidade e, igualmente, no desenvolvimento dos aspectos político-administrativos do ensino e da pesquisa nas organizações e instituições científicas. Mas, sem dúvida, entre as causas principais estão a rigidez, a artificialidade e a falsa autonomia das disciplinas, as quais não permitem acompanhar as mudanças no processo pedagógico e a produção de conhecimento novos (PAVIANI, 2008). O melhor e mais seguro método de filosofar parece ser primeiro investigar diligentemente as propriedades das coisas e estabelece-las por meio da experimentação e daí procurar hipóteses para explicá-las. Pois as hipóteses devem ser ajustadas meramente para explicar as propriedades das coisas e não para se tentar predeterminá-las, exceto nos casos em que elas possam auxiliar nos experimentos (NEWTON, 1934)Esse trabalho tem como objetivo analisar a interdisciplinaridade entre as aulas de Química e Física no conteúdo de Teoria e Cinética dos Gases, abordando de maneira simples, fazendo com que os alunos visualizem esses conceitos em seu cotidiano.
Material e métodos
No primeiro momento foram ministradas nas aulas de química e física o conteúdo “Teoria Cinética dos Gases”, depois da parte teórica foi solicitado aos alunos que apresentassem os experimentos orientados pelos professores das disciplinas citadas anteriormente. EXPERIMENTO 1: O GÁS EXERCE PRESSÃO? Materiais necessários: Uma garrafa PET vazia, limpa e seca, com tampa de rosca; um prego; uma panela ou tigela funda; uma jarra; água. Procedimento: Fez-se um furo no fundo da garrafa PET com o prego, em seguida colocou-se água dentro da panela e depois a garrafa foi emergida dentro da panela com água. Com a ajuda da jarra, colocou-se água dentro da garrafa e depois a mesma foi fechada com a tampa. A garrafa foi levantada e segurada pelo gargalo. Cuidadosamente, a tampa da garrafa foi aberta, e logo após, fechada. EXPERIMENTO 2: O GÁS OCUPA ESPAÇO? Materiais necessários: Um copo; uma folha de papel; uma panela ou tigela funda (com altura maior que a do copo); água. Procedimento: Foi amassado uma folha de papel e colocada bem no fundo do copo. O copo foi virado de cabeça para baixo para ter certeza de que o papel não iria cair. Foi colocado água na panela e, em seguida, virado o copo de cabeça para baixo novamente e, mantendo-o na posição vertical, empurrado para dentro da panela de água. Após alguns instantes o copo foi retirado e o papel não foi molhado. Após a apresentação dos alunos, os professores avaliaram os alunos, fazendo questionamentos sobre o experimento realizado. Ao término das apresentações os professores explicaram o objetivo de cada experimento.
Resultado e discussão
Participaram das aulas cerca de 30 alunos, desses 21 alunos responderam duas perguntas. 1) Os experimentos realizados contribuíram para o melhor entendimento das disciplinas? 2) A avaliação dos experimentos em conjunto com o professor de física contribui para o melhor entendimento do experimento?
Para a primeira pergunta, 20 alunos responderam que sim e apenas 01 respondeu não. Quando a segunda, 01 aluno respondeu não e 20 alunos responderam sim.
Resultado das aulas
Conclusões
Foi possível verificar o aumento da participação dos alunos nas aulas e a compreensão dos alunos ao conteúdo abordado. Esse trabalho foi de grande relevância para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos.E trouxe uma maior interação entre professores e alunos.
Agradecimentos
Agradecemos a Escola Estadual Cleomenes do Carmo Chaves.
Referências
DEMO, P. Desafios Modernos da Educação. Petrópolis: Vozes, 1993.
DEYLLOt, M.E.C. e ZANEtIC, J. Ler palavras, conceitos e o mundo: o desafio de entrelaçar duas culturas. In:Anais do IX Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Física, Jaboti-catubas, 2004.
NEWTON, I. Principia.Trad.de Motte revista por Cajori.Berkeley: University of California Press. 1934. v. 2. p.675.
PAVIANI, Jayme. Interdisciplinaridade: conceitos e distinções.2. ed. Caxias do Sul, RS: Educs, 2008.