O ENSINO DAS CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: AS PERCEPÇÕES DOS LICENCIANDOS EM QUÍMICA DA CIDADE DE PICOS - PI

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Ferreira Monteiro, K.R. (IFPI) ; Moura Pimentel, L.M. (IFPI) ; Castro Sales, A.L. (IFPI)

Resumo

O presente trabalho foi realizado com os alunos do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí, no Campus Picos.Tendo como objetivo discutir a importância do ensino de Química na modalidade de ensino da Educação Inclusiva. Os resultados são úteis para a melhoria das metodologias do processo ensino-aprendizagem, pois, analisou-se desses futuros docentes suas percepções quanto ao seu papel como educador mediador de conhecimento, e como parte fundamental na formação de qualquer indivíduo, independente das condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou linguísticas que possua.

Palavras chaves

Química; Educação Inclusiva; Metodologias

Introdução

A Educação Inclusiva se configura na diversidade inerente à espécie humana, buscando perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. O papel fundamental da educação inclusiva é oferecer escolarização a todas as pessoas que enfrentam algum tipo de barreira (UNESCO, 1994). A formação dos professores de Ciências (e das demais áreas) deve ser completa e o ensino no contexto da inclusão deve ser vivenciado na prática, para que tudo que diz respeito às novas metodologias de ensino possam ser aplicadas e aproveitadas em benefício dos alunos. Segundo Viveiros e Camargo (2006), o professor deve assumir uma postura de responsabilidade buscando todos os mecanismos, estratégias e condições, visando um ensino de qualidade para todos. A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais (MANTOAN; 2003). O presente trabalho tem como objetivo evidenciar a compreensão e importância das aptidões dos alunos de Licenciatura em Química, na mediação do ensino das ciências na educação inclusiva.

Material e métodos

A pesquisa realizou-se com um grupo de 20 alunos do 5º e 7º período,do curso de Licenciatura em Química do IFPI no Campus Picos,afim de averiguar desses alunos suas considerações quanto a sua própria formação e capacitação acerca da inclusão e no uso de metodologias pedagógicas facilitando assim a mediação do conhecimento das ciências, atendendo as especificidades de cada aluno. Foi aplicado como coleta de dados um questionário aos alunos, tendo como os seguintes temas:1) Você acha que as aulas de Educação Inclusiva e Libras,são eficientes para sua formação como professor? 2)Você acha que a carga horária de aulas para Educação Inclusiva no seu curso,é satisfatória? 3)Você acha que é possível ministrar química a alunos com necessidades especiais, baseando-se pelo seu desempenho nas disciplinas de educação inclusiva que cursou ? 4) Classifique seu desempenho (bom, regular e ruim ) nas aulas de Educação inclusiva que cursou. 5)Você pretende, ao fim do curso, buscar uma especialização em Educação Inclusiva ?

Resultado e discussão

Obteve-se um resultado quantitativo através do questionário aplicado, observando que dos alunos entrevistados, 85% acham que as aulas de Educação Inclusiva e Libras são eficientes para sua formação como docente e 15% acreditam que não; Enquanto 55% concordam que a carga horária das aulas de Educação Inclusiva é satisfatória no curso, 45% discordam; Porém, 55% responderam que não acham possível ministrar aulas de química a alunos com necessidades especias, baseando-se no seu desempenho nessas disciplinas, mas 45% responderam que sim; Ao classificar seu desempenho como bom, regular e ruim, nas aulas de Educação Inclusiva que cursaram, 45% consideraram como bom, 40% como regular e outros 15% como ruim; 80% disseram que não pretenderão se especializar em Educação Inclusiva, ao fim da graduação, enquanto 20% buscarão uma especialização em Educação Inclusiva.

Conclusões

Tendo em vista os aspectos da pesquisa, notou-se que uma considerável parte dos futuros docentes ainda se sentem pouco preparados a tratar de química com esses alunos. Os alunos do curso de Química em questão ainda tem um longo caminho a percorrer até se adaptar às políticas de inclusão. Adaptar novas estratégias de ensino-aprendizagem, buscar metodologias mais específicas, exaltar a ciência ao seu cotidiano e aproximar o licenciando desta realidade, são algumas formas de se ter uma formação mais satisfatória,tornando assim os futuros docentes mais habilitados as necessidades de cada aluno.

Agradecimentos

Agradeço a Deus,minha família e amigos pelo apoio,ao IFPI,a CAPES e ao PIBID pela oportunidade de vivenciar práticas docentes na minha formação.

Referências

CAMARGO, Éder Pires; VIVEIROS, Edval Rodrigues. Ensino de ciências e matemática num ambiente inclusivo: pressupostos didáticos e metodológicos. Bauru, 2006.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por que? como fazer?
São Paulo: Moderna, 2003.

UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios políticos e práticas na área das necessidades educativas especiais: aprovado por aclamação na cidade de Salamanca, em 10 de junho de 1994. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf>. Acesso em: 20.Jul. 2015

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