ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Sa, V.A. (IFPE) ; Silva, A.L. (IFPE) ; Araújo, D.K.R. (IFPE) ; Nascimento, A.M.S. (IFPE)
Resumo
A aplicabilidade do Polímero nas aulas de química é fundamental para que os estudantes possam relacionar com o dia-a-dia, onde profissionais da área de educação do ensino do ensino de Química devem se preocupar com o processo de formação do estudante para que o mesmo consigo relacionar o conteúdo com a sua vida social. Dessa forma objetivou-se analisar as aulas de química no terceiro ano do ensino médio no conteúdo de Polímero e como é abordada. Portanto, é imprescindível admitir que os professores em suas aulas são de forma contextualizada, favorecendo assim para o processo de ensino e aprendizagem no conteúdo de polímero.
Palavras chaves
Polímeros ; Ensino de química; Contextualização
Introdução
O ensino de química é fundamental e importante para o estudante, pois sendo abordado de maneira clara e contextualizada, faz com que o estudante tenha interesse pela química. Porque não, ensinar química partindo da realidade dos alunos escolhendo (ou deixando os alunos escolherem) temas que são de seu interesse? Chassot (1990). Neste contexto, o conteúdo Polímero é bastante relevante, pois a sua aplicação está no dia-a-dia no contexto social, como tubos de encanamento, canetas, tintas, sacos de lixos, borrachas etc. São objetos ou materiais pertencentes ao grupo dos Polímeros. O conteúdo de Polímero é abordado no terceiro ano do ensino médio, no qual traz pontos que possibilita a contextualização em realização de atividades práticas, que facilita a compreensão do aluno. As aulas de química ainda são desenvolvidas, em muitas escolas, por meio da base teórico/conceitual distanciando da vivência do aluno. O polímero é um assunto claro e objetivo, onde é possível contextualizá-lo a partir da vivência do aluno. Segundo Guimarães (2009) a contextualização e a problematização das situações discutidas é essencial para que todo o trabalho desenvolvido não tenha um caráter apenas ilustrativo, e cabe ao professor direcionar o aluno. Portanto a abordagem sobre polímero não deve se restringir só a conceitos e sim abranger a contextualização, proporcionando aos alunos um pensamento crítico e construtivo dos conteúdos de química, além de relacionar essa problematização com acontecimentos que ocorrem no cotidiano, tornado o ensino de forma clara e objetiva.
Material e métodos
A pesquisa foi realizada de cunho descritivo/interpretativo. Para coleta de dados, foi elaborado um roteiro de entrevista semiestruturada, contendo cinco tópicos em relação à abordagem do tema polímero. Foram respondidas as seguintes temáticas: 1) O tema polímero é abordado em sala de aula? 2) O livro didático é usado como guia para abordagem do tema em sala de aula? 3) O livro didático supre plenamente a sua necessidade no tema polímero? 4) É realizada a contextualização do tema com o cotidiano do aluno? 5) É realizada alguma prática ou demonstração para o ensino do tema? O questionário foi aplicado para dois professores da área de Química e Biologia que lecionam a disciplina de Química do terceiro ano do ensino médio da Escola da Rede Estadual de Pernambuco, situada em Vitória de Santo Antão – PE. E, por último, ocorreu a análise das respostas obtidas pelo questionário aplicado, com vistas, a verificar o grau da importância dado ao conteúdo, e a forma que o conteúdo estava sendo abordado, seja de forma contextualizada, se o livro didático era sua fonte de consulta, e se utilizavam aulas práticas
Resultado e discussão
Com a análise dos resultados pode-se verificar que a maioria dos professores
visualizam o conteúdo importante, mas é pouco trabalhado em sala de aula.
Foram observadas as seguintes respostas: no que se trata da primeira
pergunta o professor F com a formação em Biologia respondeu que o tema é
abordado por fragmentos, devido ao tempo curto, já o segundo professor X com
a formação em Química, não aborda, por falta de tempo. Quanto ao segundo
questionamento o professor F responde positivamente, mas o professor X
relata que o livro não é utilizado para abordar o tema, pois como dito no
primeiro questionamento o conteúdo não é abordado. Na terceira pergunta o
professor F respondeu que sim, tanto quanto conteúdo como os exercícios, já
o professor X analisou o livro e respondeu que o conteúdo é claro, mas não é
abordado o tema. Na questão (4), o professor F respondeu que é
contextualizado o tema, como também trabalha com os alunos através de
seminários abordando o tema. Dos dois professores apenas um aborda o tema,
na questão (5) o professor F respondeu que não realiza nenhuma prática,
relata o motivo que é a falta de material.
Portanto, através da análise das respostas do questionário percebe-se que os
professores têm dificuldade de abordar este tema, mesmo compreendendo a
importância para a formação dos alunos. Pois este tema é bastante relevante
e faz com que os alunos se aproximem da sua vivência relacionada com o
ensino da química.
Conclusões
Portanto, é possível admitir que diante dos resultados, os professores de ensino médio estão interessados no conteúdo Polímeros, mas a abordagem contextualizada em sala de aula apresenta deficiência. Contudo, a maioria dos professores por encontrarem diversas barreiras, por falta de recursos, ainda se baseiam apenas nos livros didáticos para abordar o conteúdo em sua aula. É perceptível pelas respostas dos professores que os livros abordam, com isso é fundamental que os profissionais da educação orientem os alunos sobre a reutilização destes materiais, isso diminui os impactos ambientais.
Agradecimentos
Ao IFPE pelo apoio e ao meu orientador Assis Leão da Silva pela dedicação e pelo conhecimento compartilhado.
Referências
CHASSOT, Attico. A Educação no Ensino de Química. Ijuí: Unijuí, 1990.
GUIMARÃES, C. C.; Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. Química Nova na Escola, vol. 31, n. 3, p. 198-202, ago. 2009.