OLIMPÍADA DE QUÍMICA DO RIO DE JANEIRO - 18 ANOS DE HISTÓRIA

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Gomes, L.C.A. (COLÉGIO PEDRO II) ; Chagas, P. (IFRJ)

Resumo

As olimpíadas científicas, em particular a de Química, têm sido instrumentos para a divulgação científica e para a descoberta de novos talentos, como um fator de integração, esforço de aprendizagem e incentivo ao estudo. A proposta da Olimpíada de Química é fomentar o ensino e aprendizagem de Química em escolas de nível médio, utilizando a competição entre alunos para estimular hábitos de estudo, através do companheirismo entre alunos/alunos e alunos/professores. Há mais de uma década a Olimpíada de Química do Rio de Janeiro tem trabalhado com esse objetivo.

Palavras chaves

Olimpiadas Cientificas; Quimica; Ensino

Introdução

As olimpíadas científicas, como a de química, são uma forma de competição entre alunos da educação básica, mas que primam por um ensino de qualidade, em competições regionais e nacionais. Elas ocorrem anualmente, como uma forma de gerar talentos numa determinada área, e assim tentar aumentar o número de profissionais e/ou pesquisadores na referida disciplina, além de buscar a melhoria do ensino. Conforme consta no site do CNPq, as olimpíadas também são utilizadas, como forma de divulgação científica. “As Olimpíadas Científicas são consideradas momentos privilegiados para a divulgação científica e para a descoberta e incentivo de novos talentos. O caráter competitivo estimula a inventividade dos alunos e professores, além de fornecer elementos fundamentais ao Ministério da Educação para avaliar os estudantes brasileiros em relação aos alunos de outros países. Como benefício adicional, muitas olimpíadas incentivam o trabalho em equipe, reforçando hábitos de estudo, o despertar de vocações científicas e os vínculos de cooperação entre equipes de estudantes e professores”. (retirado do site oficial do CNPq). Um dos objetivos de uma olimpíada científica é fazer com que o aluno alcance a alfabetização e o letramento científico, através da decodificação de símbolos, da interpretação de gráficos e de dados, e do desenvolvimento de competências e habilidades. Ainda podemos destacar a contextualização e a interdisciplinaridade em várias questões aplicadas aos alunos. Neste conceito podemos dizer que as olimpíadas científicas, em parte também atendem aos PCN, que preconizam o trabalho interdisciplinar e a importância de uma mudança na forma de ensinar ciências na educação básica. Eles também apontam a importância da alfabetização e do letramento científico.

Material e métodos

Desde 2006 a OQRJ ocorre em duas fases, sendo a primeira objetiva e a segunda discursiva. Em 2006 e 2007 as duas fases foram realizadas no mesmo dia. Porém, a parte discursiva só era corrigida, caso o aluno atingisse um mínimo de acertos na parte objetiva, que era estipulado pela banca examinadora. A partir de 2008, as duas fases passaram a ocorrer em dias diferentes, sendo que para realizar a segunda fase o aluno precisa ficar dentro da linha de corte estabelecida, anualmente, pela Comissão Organizadora. Em 2006 e 2007, a OQRJ seguiu o padrão da OBQ, com duas modalidades de prova: A para alunos da primeira e da segunda série do ensino médio, e B para alunos da terceira e da quarta série do ensino médio e alunos que já haviam concluído o ensino médio. A partir de 2008, a OQRJ passou a ocorrer em três modalidades: EM1 para alunos da primeira série do ensino médio, EM2 para alunos da segunda série do ensino médio e EM3 para alunos da terceira e quarta série (escolas técnicas) do ensino médio. Desde 2008, a OQRJ não permite mais a participação de alunos que já concluíram o ensino médio. utilizada na OQRJ e disponibilizada em seu site. Desde 2013, a OQRJ busca colocar em suas duas fases, questões com temas interdisciplinares utilizando um tema central, que é sempre vinculado ao tema da Semana Nacional de Tecnologia. É uma preocupação da Coordenação e do Comitê Científico da OQRJ que os alunos e seus professores possam ver uma prova objetiva, contextualizada e com conteúdo dentro do proposto pelos PCNEM. A Comissão Organizadora da OQRJ se reúne regularmente, para discutir sobre o regulamento, as provas e os resultados obtidos, inclusive na OBQ. Também são promovidas reuniões com o CRQ 3ª Região e com a ABQ–RJ, de forma que a cada ano, a OQRJ seja melhor que no ano anterior,

Resultado e discussão

A OQRJ vem a cada ano se firmando no cenário educacional do Estado do Rio de Janeiro. Podemos verificar isto, através do quantitativo de alunos inscritos de 2008 a 2014 (gráfico abaixo). Deve-se considerar que em 2013 devido à greve das redes federal e estadual de ensino houve uma redução no número de inscritos. Em todos os anos, a OQRJ teve alunos medalhistas ao final da 1ª etapa da OBQ (fases I, II e III), o que os levou a participar da fase IV, já na 2ª etapa da OBQ. Nos últimos 3 anos tivemos alunos classificados para as fases V (curso de aprofundamento) e VI (prova de seleção da comitiva que representará o Brasil nas olimpíadas internacionais), o que demonstra que a OQRJ está no caminho certo. No ano de 2012, o Estado do Rio de Janeiro foi o segundo estado da federação em número de medalhas ao final da 1ª etapa da OBQ.

isncritos oqrj

Número de inscritos OQRJ por ano

Conclusões

Numa perspectiva de desenvolvimento tecnológico, a procura de talentos na área das ciências e a capacitação destes talentos são de suma importância, para o desenvolvimento do Brasil. Neste ponto, deve-se destacar o trabalho realizado pelas olimpíadas científicas, pois através delas, a cada ano, mais jovens ingressam nos cursos universitários das áreas de ciência e tecnologia. O Brasil, como um país emergente, necessita de talentos em diversas áreas, para se desenvolver cientifica e tecnologicamente e assim conseguir se tornar um país mais desenvolvido, tecnológica e socialmente.

Agradecimentos

Agradecemos ao corpo docente, discente e à Administração do Colégio Pedro II e do IFRJ, em especial nos Campi Engenho Novo (CPII) e São Gonçalo (IFRJ).

Referências

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – LDB, Brasil, 2000. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf, acesso em 01/05/2015.
FOUREZ, G. A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. Editora da UNESP, 1998. Apud: Santos, W. L. P. e Mortimer E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem CTS no contexto da educação brasileira. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, volume 2 (2), dez2002.
OLIMPÍADAS DE QUÍMICA, http://cnpq.br/olimpiadas-cientificas - acesso em 06/07/2015.
_ , http://www.obquimica.org/ - acesso em 06/07/2015.
_ , https://sites.google.com/site/olimpiadadequimicarj/ - acesso em 06/07/2015.
SANTOS, W. L. P. e Schnetzler, R. P. Educação em Química: compromisso com a cidadania. UNIJUÍ, 1997. Apud: Santos, W. L. P. e Mortimer E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem CTS no contexto da educação brasileira. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, volume 2 (2), dez2002.
SOARES M. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. Disponível em http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40142/1/01d16t07.pdf, acesso em 25/04/2015.

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