ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Oliveira, J.E.H. (UEMA-PDR)
Resumo
O ensino de química tem um papel fundamental na formação da cidadania; pois esta faz parte da sociedade tecnológica moderna. o ensino desta disciplina ao longo do tempo esteve voltado apenas à transmissão de conceitos, descrição de fenômenos, enunciados de teorias, aplicação de formulas, em que o aluno tem que decorar, tornando a disciplina totalmente desestimulante. Com intuito de despertar o interesse e a participação dos alunos, várias propostas metodológicas, vem sendo elaboradas, detre elas estão inseridas a utilização de atividades lúdicas. Vários objetivos devem ser atingidos a partir da utilização dos jogos didáticos, tais como os relacionados à cognição; à afeição à socialização; à motivação e à criatividade.
Palavras chaves
METODOLOGIA; ENSINO DE QUÍMICA; LÚDICO
Introdução
Oliveira (2004) destaca que muitos estudos e pesquisas mostram que o Ensino de Química é em geral tradicional, centralizando-se na simples memorização e repetição de nomes, fórmulas e cálculos, totalmente desvinculados do dia-a- dia e da realidade em que os alunos se encontram atualmente, a química torna-se uma disciplina desestimulante fazendo com que os próprios estudantes percam o interesse de estuda-la. Atualmente, novas metodologias são propostas com o objetivo de levar aos alunos um ensino mais dinâmico, Segundo Freire (2001), ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para sua produção ou sua construção. A educação deve favorecer a aptidão natural da mente em formular e resolver problemas essenciais e, de modo correlato, estimular o uso total da inteligência geral. (MORIN, 2003). E, nesse contexto, está inserida a utilização de atividades lúdicas. O uso do lúdico para ensinar conceitos em sala de aula pode ser uma ferramenta que desperte o interesse na maioria dos alunos, motivando-os a buscar soluções e alternativas que resolvam e expliquem as atividades lúdicas propostas. Segundo Miranda (2001) vários objetivos devem ser atingidos a partir da utilização dos jogos didáticos, tais como os relacionados à cognição; à afeição; à socialização e a criatividade. O jogo didático no Ensino Fundamental e Médio em especial nas disciplinas de ciências, constitui-se em um importante recurso para o professor ao desenvolver a habilidade de resolução de problemas, onde favorece a assimilação de conceitos e atender às características da adolescência, criando um espaço saudável de aprendizado e descontraído de aprendizagem e interação.
Material e métodos
Esse trabalho de caráter exploratório e bibliográfico, foi realizado em três etapas: explanação do conteúdo de ligações químicas, a confecção do jogo tabuleiro de química e a aplicação do jogo na turma do 9º ano com 32 alunos, da escola estadual João Almeida do município de Esperantinópolis – MA no primeiro semestre de 2015. Para a confecção do jogo foram utilizados os seguintes materiais: papel A4, cola branca, tesoura, impressora para imprimir a arte do jogo, dados e tampas de garrafas PET. O jogo consiste em um tabuleiro com 52 casas, que é posicionado nas posições de trilha. A proposta e o desafio enfrentado pelo aluno é percorrer todas as casas do tabuleiro. A regra do jogo consiste que cada jogador joga dois dados e a somatória do resultado indica as casas que eles terão que percorrer, cada casa tem uma consequência que estão explicitas ao lado do tabuleiro nas casas de legendas e o jogador terá que resolver, casas questões o jogador pegará um cartão pergunta e deverá responder corretamente ou voltar três casas. Sendo considerado vencedor o primeiro que percorrer todo o jogo, respondendo e resolvendo os desafios que cada casa traz e, os jogadores, tem que respeitar o que a casa pede, vale ressaltar que os alunos podem utilizar o livro didático, as anotações que fizeram da aula e conversar com os outros alunos.
Resultado e discussão
A turma é composta por 32 alunos com uma faixa etária entre 13 a 16 anos.
Durante a aplicação do jogo, todos os alunos estavam presentes. Dentro do
tema Ligações Químicas foram exploradas Ligações Iônicas, Ligações
Covalentes, Ligações Metálicas e os Elementos da Tabela Periódica com as
suas propriedades relacionadas aos tipos de ligações. Antes e após a
vivência da atividade lúdica foi aplicado um questionário para avaliarmos o
impacto da mesma no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, a assimilação
dos assuntos, como ligações químicas, regra do octeto, elétrons livres, a
tabela periódica, seus grupos e suas propriedades. Por meio dos resultados
obtido através da aplicação de questionário, 32 alunos presentes, 20
assumira, ter dificuldade em química, 30 disseram que o jogo ajudou no
processo de ensino aprendizagem de química, 30 disseram que gostaria que o
professor utilizasse mais dessa metodologia, podemos constatar o impacto
positivo da atividade lúdica nesta turma onde a maioria dos alunos,
relataram que o jogo contribuiu e facilitou aprendizagem do conteúdo
proposto. É importante destacar que o professor de química da turma é
bastante dinâmico e tem uma metodologia que desperta o interesse e a
participação dos alunos.
Conclusões
Pode-se, verificar que os alunos, do 9º ano, são bem dinâmicos e participativos, alguns até investigativos. Quanto à atividade lúdica realizada como revisão do conteúdo, Ligações Químicas, foi possível identificar a importância dos jogos lúdicos no desenvolvimento do educando. A utilização da atividade lúdica como instrumento para revisão foi satisfatória, pois permitiu avaliar, o processo da aprendizagem de conceitos, habilidades de interpretação, raciocínio lógico e abstração dos alunos. De um modo geral, essa metodologia chama a atenção do aluno, tornando a disciplina mais interessante.
Agradecimentos
A DEUS, minha família, a turma do 9º ano, a Wallison pela arte gráfica, aos alunos da UEMA Marcília, Agenor, João, Clarice, Juliana, rafaele, ao professor Lailson, ao
Referências
FREIRE, Ana Maria Araújo. A pedagogia da libertação em Paulo Freire. São Paulo: UNESP, 2001, 330p.
OLIVEIRA, Vera Barros de. Jogos de regras e resoluções de problemas. Ed. Vozes, 2ª Edição, 2004.
MIRANDA, S. No Fascínio do jogo, a alegria de aprender. Ciência Hoje, v.28, p.64-66, 2001.
MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. 128p.
MORIN, E. O método: o conhecimento do conhecimento. Portugal : Europa-America, 1986.
POZO, J. I. Teorias Cognitivas da Aprendizagem. 3ª ed. Tradução de J. A. Llorens. Porto Alegre: Artmed, 1998. 284p.
ZÓBOLI, G. Práticas de ensino: subsídios para a atividade docente. São Paulo: Ática, 2004.