A relação entre a química e o formol como alisante capilar.

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Carvalho, J.A. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Sales, A.L.C. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Lima, M.J. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Luz, M.M. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Araújo, J.L. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Fé, B.S.M. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Leal, J.S. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Silva, M.P. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Silva, M.E. (IFPI CAMPUS PICOS) ; Alves, V.C. (IFPI CAMPUS PICOS)

Resumo

O formol é uma substância que utilizada em menores quantidades traz benefícios à sociedade. No entanto, seu uso em concentrações maiores causa danos à saúde. Com base nessa assertiva, o presente artigo é resultado do método quantitativo, realizado através de entrevista, cujos objetivos foram identificar se as alunas tinham conhecimento da substância, informar as causas e consequências adquiridas através do composto químico orgânico (formol) e conscientizar as discentes quanto ao uso de formol como alisante capilar. Os resultados da pesquisa demonstraram que a metade das estudantes já fizeram algum tipo de alisamento ou relaxamento e as demais não sabiam se o alisante tinha formol.

Palavras chaves

formaldeído; alisante; ensino

Introdução

A cada dia que se passa, a sociedade vem investindo em cosméticos e tratamentos capilares para manter sua beleza, aumentar sua autoestima e bem estar independente de classe social, região ou cultura afinal receber elogios e estar bem com a vida são pontos positivos no cotidiano. Dentre os tratamentos realizados, cabe a sociedade e em especial as discentes ficarem atentas nos produtos utilizados e suas composições, pois como consequência temos o formol (formaldeído) que usado em grandes quantidades causa diversos danos à saúde. Segundo Mendes (2003), o formaldeído é conhecido como metanal ou aldeído fórmico. Á temperatura ambiente apresenta-se em estado gasoso e com odor característico. O formol é uma solução aquosa de formaldeído a 35%, contendo metanol como preservativo contra a polimerização. É um gás, encontrado também em soluções, formalina - 37% a 50%. Para (VARELA, 2007), A solução de formaldeído, conhecida como formol, tem seu uso permitido em cosméticos nas funções de conservante (limite máximo de uso permitido 0,2% - Resolução 162/01) e como agente endurecedor de unhas (limite máximo de uso permitido 5% - Resolução 215/05). Nestas concentrações o formol não apresenta ação alisante sobre os cabelos. Com base nesse referencial adotado o presente trabalho teve como objetivo geral conscientizar os discentes do ensino médio quanto ao uso de formol como alisante capilar.

Material e métodos

A presente entrevista foi realizada na escola pública estadual Unidade Escolar Desembargador Vidal de Freitas, no município de Picos-PI. A escola possui no total de 43 alunos na 3ª série “B” do ensino médio no turno da manhã. Ressalta- se que os estudantes alvos da entrevista foram selecionados pelo sexo feminino, sendo realizada com o total de 30 alunas regularmente matriculadas na referida série. Para a verificação do conhecimento sobre o uso do formol como alisante capilar, a entrevista constava com as seguintes indagações: 1-Você já fez algum tipo de alisamento ou relaxamento?(Se a resposta for sim, quantas vezes?); 2-Você tinha conhecimento se no produto havia formol? ; 3-Você sabe dos riscos que o formol pode trazer a saúde? ; 4-Você sabia da proibição do formol em alisantes capilares? Além da entrevista, realizamos uma palestra com os discentes onde foi abordado o uso de formol como alisante capilar.

Resultado e discussão

Constatou-se por meio das entrevistas aplicadas com o público alvo da pesquisa, que a maioria das discentes da Unidade Escolar Desembargador Vidal de Freitas, na 3ª série “B” do ensino médio no turno da manhã, já utilizaram produtos para alisamento, na qual elas responderam perguntas sobre o uso do formol em alisantes capilares. Foi constatado que 50% das estudantes entrevistadas já fez algum tipo de alisamento ou relaxamento, 16% das alunas, não sabiam se o alisante tinha formol e as demais, 34% falaram que estavam conscientes de que o formol traz riscos à saúde, porém não tinham conhecimento dos mesmos e caso chegasse acontecer algo iam procurar se informar. Diante das informações coletadas, decidimos ministrar uma palestra sobre o conteúdo discutido onde a mesma contou com a presença dos docentes da disciplina Química, bolsistas do PIBID (Química) IFPI campus Picos, alguns membros da instituição e os demais alunos regularmente matriculados na 3ª série “B” do ensino médio no turno da manhã. Na palestra, foi abordado o conceito da substância em questão, as causas e consequências adquiridas através da utilização em grandes quantidades, exemplos de produtos que possuem o composto químico, porém em quantidades menores sendo seu uso permitido pela ANVISA e finalizando com uma reflexão sobre a sociedade no mundo dos cosméticos. Em seguida, segue o gráfico com os devidos dados da pesquisa em questão:

gráfico da pesquisa

O formol como alisante capilar

Conclusões

Conclui-se que a maioria das discentes já fez uso de alisantes capilares, algumas não sabiam se o alisante possuía formol e as demais tinham conhecimento que a substância traz riscos à saúde. Com isso, cabem às mesmas utilizarem produtos devidamente registrados pelos órgãos competentes (ANVISA), pois a indústria cosmética oferece um grande número de produtos com tecnologia, segurança e sem comprometer á saúde humana.

Agradecimentos

Agradeço a Deus, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- Campus Picos, ao Projeto PIBID e a Escola Estadual Desembargador Vidal de Freitas.

Referências

MENDES, René (Org.). Patologia do Trabalho. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003.v.2.
BRASIL. Atualização da lista restritiva. ANVISA- Resolução RDC nº 215, de 25 de julho de 2005 a.
BRASIL. Lista de Conservantes Permitidos Para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. ANVISA- Resolução RDC nº 162, de 11 de setembro de 2001.
VARELA, A.E.M. Trabalho de Conclusão de Curso: Um estudo sobre os princípios ativos dos produtos para alisamento e relaxamento de cabelos oferecidos atualmente no mercado brasileiro. Santa Catarina, Brasil: Universidade do Vale do Itajaí, 2007.

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