AVALIAÇÃO DE UMA PROPOSTA DIDÁTICA UTILIZANDO A ANÁLISE DA PÍLULA ANTICONCEPCINAL PARA O ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA.

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ensino de Química

Autores

Natanne da Silva Leal, K. (UEPB) ; Nunes da Silva, G. (UEPB) ; de Araujo Rodrigues, R. (UEPB) ; da Silva Torres, C. (UEPB) ; da Silva Almeida, M. (UEPB) ; Ferreira Dantas Filho, F. (UEPB) ; José da Silva, O. (UEPB) ; Tavares de Aguiar, C. (UEPB)

Resumo

Atualmente vêm sendo questionadas as práticas pedagógicas para o ensino de Química, no sentido de melhorar o ensino e aprendizagem. A maneira que o professor aborda os conteúdos é uma das questões em destaque. O principal objetivo é acabar com as práticas de ensino descontextualizadas e fora do contexto da realidade do alunado. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar uma proposta didática para o ensino de Química orgânica utilizando a análise da pílula anticoncepcional trabalhando com as nomenclaturas e as estruturas dos compostos. A proposta foi desenvolvida em uma escola publica no município de Queimadas-PB com alunos do 3º ano Médio com o intuito de promover a contextualização, assim colaborando para a construção do conhecimento cientifico de forma mais abrangente.

Palavras chaves

Ensino de Química; Orgânica; Pílula anticoncepcional

Introdução

No sentido de melhorar o ensino e aprendizagem de Química, ultimamente vêm sendo questionadas as atuais práticas. Os professores continuam com aquele tipo de ensino centrado, que detêm a autonomia do conhecimento, fazendo estratégias repetitivas e jogando conteúdos nos alunos, dificultando o desenvolvimento do pensamento crítico por parte do individuo, que na maioria das vezes assimila o que é lhe imposto, sem questionamentos, esse tipo de ensino geralmente impede, a criatividade, a iniciativa e a criação da própria opinião. Freire apud HADDAD et al. (1993), define esta prática de educação bancária, onde o papel do aluno é limitado a receber depósitos, guardar e arquivar, preocupando-se basicamente com a transmissão do conhecimento e com a experiência do professor, sem atentar para os aprendizes enquanto pessoas que fazem parte de um contexto maior. Com isso gera um aluno passivo e memorizador de conteúdos, sem fazer relação dos conhecimentos adquiridos com a realidade em que vive. Com a necessidade de romper com essas velhas práticas de ensino, vêm sendo desenvolvidas diversas propostas didáticas com o intuito de promover um ensino contextualizado e que desperte o senso crítico do alunado. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), o ensino da química deve ser trabalhado de forma contextualizada, vinculados ao cotidiano social para sua melhor compreensão (ABREU,2001). Nesta perspectiva foi desenvolvida uma proposta didática para o ensino e aprendizagem da Química orgânica através da análise da pílula anticoncepcional. A proposta foi aplicada em turmas do 3º ano médio da escola E.E.F.M Francisco Ernesto do Rêgo situada na cidade de Queimadas-PB.

Material e métodos

O trabalho consta de uma pesquisa exploratória, tendo como público alvo 40 alunos do ensino médio da escola E.E.E.F.M Francisco Ernesto do Rêgo, no município de Queimadas-PB. A pílula anticoncepcional se torna um instrumento de estudo amplo, logo, dentro da proposta não foi explorado na sua íntegra. Optou- se primeiramente em separar a sala em grupos e cada grupo recebeu uma bula da pílula anticoncepcional, propondo que diagnosticassem através da bula, os hormônios mais comuns nessas drogas e reconhecer neles as funções orgânicas. Nesse sentido, foram estudadas: A classificação de cadeias carbônicas, fórmulas estruturais e nomenclatura usual e IUPAC, quando estabelecidas, das funções orgânicas presentes nas substâncias hormonais diagnosticadas pelos alunos. Depois da análise e dos conteúdos que foram estudados, foi explicado à importância dessa droga, quais os tipos que existe no mercado e também os demais tipos de anticoncepção. Ao termino da atividade foi aplicado um questionário de questões abertas e fechada para avaliar a proposta didática.

Resultado e discussão

De acordo com os resultados obtidos através do que remetem ao aprendizado, motivação e interesse dos alunos pela química, mostraram-se eficaz quanto ao interesse pela disciplina, visto que, observou-se um aumento substancial de alunos (82%) que passaram a perceber, questionar e associar as aulas de química a sua vida cotidiana, após a aplicação da metodologia. Enquanto 88% disseram que tiveram dificuldade em diagnosticar os compostos químicos na bula da pílula anticoncepcional mesmo os mais comuns como o caso dos principais hormônios o Estrógeno (normalmente etinilestradiol) e Progesterona (geralmente a ciproterona ou a drospirenona). Observou-se durante a metodologia a deficiência que os alunos apresentaram em relação às nomenclaturas, já as estruturas das moléculas como são bastante complexas, foram montadas no quadro branco para uma explicação mais ampla e uma melhor visualização por parte dos alunos. Numa visão geral dos questionários analisados, a proposta didática forneceu uma aprendizagem mais significativa, fazendo com que os alunos percebessem a importância da Ciência Química e sua aplicabilidade, além de despertá-los o interesse pelas aulas de Química.

Conclusões

Verificou-se que a inter-relação dinâmica entre teoria e prática com uma abordagem contextualizada, desperta, motiva e facilita a aprendizagem. Os desafios que envolvem a mudança do processo ensino-aprendizagem, passa pelo professor, que oportuniza o alunado a refletir e ser estimulado ao conhecimento científico e associa-lo a sua própria vida.

Agradecimentos

A universidade Estadual da Paraíba, á escola E.E.E.F.M Francisco Ernesto do Rêgo princialmente aos alunos e ao professor orientador.

Referências

HADDAD, M.do C.L. et al. Enfermagem médico-cirúrgica: uma nova abordagem de ensino e sua avaliação pelo aluno. Rev.latinoam.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 2, p. 97-112,jul./1993.
ABREU, R.G. A concepção de currículo integrado e o ensino de química no “Novo. Ensino Médio”.2001. Disponível em <http://.www.anped.org.br/reunioes/24/P1222391983927.DOC>. Acesso em: 01/julho. 2015

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