ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Pacheco Rodrigues, R. (INSTITUTO FEDERAL DE GOIAS - CAMPUS ITUMBIARA) ; Ribeiro Farias, W. (INSTITUTO FEDERAL DE GOIAS - CAMPUS ITUMBIARA) ; Caira Fernandes Gomes, T. (INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS - CAMPUS ITUMBIARA) ; Oliveira Silva, A.C. (INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS - CAMPUS ITUMBIARA) ; Aparecida Andrade Rezende, G. (INSTITUTO FEDERAL DE GOIAS - CAMPUS ITUMBIARA)
Resumo
O presente trabalho relata a atividade desenvolvida por alunos do programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Licenciatura em Química do IFG - Campus Itumbiara com alunos do Ensino Médio de uma escola de tempo integral da cidade. O trabalho foi dividido em três etapas: fundamentação teórica sobre ácido e base, realização de aula prática e aplicação de questionário com questões abertas e objetivas para verificar a eficácia da atividade. Durante a atividade foi verificado que é possível estabelecer elos entre diferentes disciplinas e conteúdos na sala de aula. Ações simples devem ser utilizadas para facilitar a aprendizagem dos alunos, despertando-os para assuntos do cotidiano, motivando-os e proporcionando maior qualidade no ensino.
Palavras chaves
PIBID; Interdisciplinaridade; Ensino de Química
Introdução
O trabalho relata a atividade desenvolvida por alunos do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Goiás – Campus Itumbiara por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), o qual é parceiro com o Colégio Estadual de Tempo Integral Dom Veloso. A atividade foi realizada na eletiva, Matemática: O elo entre o ensino e a aprendizagem, com alunos do ensino médio, onde foi desenvolvida a interdisciplinaridade sobre o estudo de logaritmos relacionando-o ao estudo da Química. As Disciplinas Eletivas são um dos componentes da Parte Diversificada do Ensino Integral e, devem promover o enriquecimento, a ampliação e a diversificação de conteúdos, temas ou áreas do Núcleo Comum. Considera a interdisciplinaridade enquanto eixo metodológico para buscar a relação entre os temas explorados, respeitando as especificidades das distintas áreas de conhecimento (SÃO PAULO, 2012). Na educação e principalmente, durante as aulas das disciplinas eletivas é possível desenvolver de forma mais efetiva aulas com enfoque interdisciplinar. A interdisciplinaridade é uma temática que é compreendida como uma forma de trabalhar em sala de aula, no qual se propõe um tema com abordagens em diferentes disciplinas. É compreender, entender as partes de ligação entre as diferentes áreas de conhecimento, unindo-se para transpor algo inovador, abrir sabedorias, resgatar possibilidades e ultrapassar o pensar fragmentado. É a busca constante de investigação, na tentativa de superação do saber (Barros et al, 2012). Dentre os principais objetivos do PIBID, está o de inserir os licenciandos na rotina das escolas de rede pública de educação, favorecendo a criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador.
Material e métodos
O trabalho foi dividido em três etapas principais: fundamentação teórica sobre ácido e base, realização de aula prática e aplicação de questionário com questões abertas e objetivas para verificar a eficácia da atividade em questão. Inicialmente os alunos foram instruídos sobre as principais Teorias que elucidam o conceito ácido-base (Arrhenius, Brönsted-Lowry e Lewis) e como é feita a classificação de diferentes substâncias dentro da escala de pH que varia de 0 a 14. De posse dessas informações foi a apresentado aos alunos de forma interdisciplinar e por meio de exemplos como calcular o pH de uma substância utilizando os conceitos de concentração (mol/l) e logaritmos. Após a apresentação dos conceitos foram disponibilizados alguns materiais aos alunos para análise e verificação do caráter ácido-base das substâncias. Os materiais utilizados na aula foram: água destilada, suco de limão, vinagre, água sanitária, sabão em pó, fenolftaleína, extrato de repolho roxo, extrato de açafrão, fitas indicadoras de acidez e basicidade feitas de açafrão, béquer, pipeta de 15 mL, solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L, solução de ácido sulfúrico 0,1 mol/L. Na sequência foram gotejadas gotas de cada indicador (fenolftaleína, extrato de repolho roxo e extrato de açafrão) em cada amostra para verificar a cor da substância quando em contato com o indicador e os resultados foram anotados para caracterizado do caráter de cada um. Os dados serviram como base para identificação das amostras sequentes pelos alunos. Após a verificação do perfil ácido-base das amostras, os alunos resolveram alguns exercícios envolvendo os conceitos abordados anteriormente e resolveram alguns cálculos de determinação do pH de diferentes amostras.
Resultado e discussão
Antes de iniciar a aula, foram feitas diversas perguntas aos alunos para
verificar o nível de aprendizado deles sobre o conteúdo que seria abordado
em sala de aula. Foi verificado que o conhecimento era muito limitado ao
senso comum, por exemplo, quando perguntado aos alunos uma característica de
substância ácida foi respondido por um dos alunos: “sabor azedo” e uma
característica de substância básica: “corrosivo”.
Comparando o conhecimento prévio que os alunos tinham sobre o assunto, antes
das explicações e desenvolvimento do experimento, com o momento de
encerramento da aula e execução dos exercícios percebeu-se uma assimilação
significativa do conteúdo exposto na aula.
Na lista de exercícios continham questões objetivas e algumas que
necessitavam certo raciocínio e/ou vinculavam o assunto abordado na aula
teórico-prática com o cotidiano do aluno, também haviam exercícios em que
era dada a concentração molar de algumas substâncias para encontrar o pH
e/ou pOH e vice versa, interpretação de notações para cálculo de pH, entre
outras situações.
Analisando os exercícios desenvolvidos pelos alunos e desempenho deles, 100%
dos alunos acertaram os exercícios relacionados à classificação de
substâncias quanto ao valor do pH e 100% responderam corretamente os
exercícios de notação de pH. 82% dos alunos resolveram de forma correta os
exercícios que envolvem contextualização e aplicação com o cotidiano, e
quanto aos exercícios que integram a concentração molar com a relação pH/pOH
houveram 61% de acertos. Os resultados podem ser analisados na Figura 1.
Conclusões
A experimentação no ensino de química é uma ferramenta fundamental para o processo didático, pois além de favorecer a aprendizagem significativa dos discentes, aumenta o nível de interação professor e aluno. O aluno participante do PIBID tem a possibilidade de atuar auxiliando o professor no desenvolvimento de experimentos, acompanhando os alunos nas atividades e até mesmo refletindo as diversas práticas docentes que são utilizadas no contexto da sala de aula e propor intervenções no meio em que está e se formando como futuro profissional docente.
Agradecimentos
Ao IFG – Campus Itumbiara; ao Colégio Estadual de Tempo Integral Dom Veloso; ao PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência (CAPES) e ao Nupequi.
Referências
São Paulo. Apresenta o modelo pedagógico e o modelo de gestão no Programa Ensino Integral de São Paulo. Diretrizes do Programa Ensino Integral. São Paulo, 2012. Disponível em <http://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/342.pdf> Acesso em: 15 de Julho de 2015.
BARROS, Caroline Ramos e colaboradores. Interdisciplinaridade no ambiente escolar. Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, 2012.