ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ensino de Química
Autores
Correa de Melo, C. (IFPA) ; Fernandes Costa, D. (IFPA) ; Soares Souza Castro, I.P. (IFPA) ; Salomão Alves, S. (IFPA) ; Lima, M. (UFPA) ; Almeida, R. (IFPA) ; Catarine, R. (IFPA) ; Nunes de Pina, S. (IFPA)
Resumo
O trabalho teve como objetivo principal desenvolver a experimentação na I Expoquímica, com diferentes práticas como recurso facilitador no processo de ensino – aprendizagem em uma Escola da Rede Pública de Belém-PA com alunos oriundos do 1°, 2° e 3°ano do ensino médio. Em parceria com o PIBID/IFPA Campus Belém, o método proposto neste trabalho contou com a aplicação de um questionário de sondagem no término das atividades para avaliar o processo de ensino-aprendizagem no final. Percebeu-se que através dessa atividade, os objetivos foram alcançados com êxito, pelos resultados expressivos apresentados ao longo do trabalho.
Palavras chaves
Ensino de Química; Experimentação; I Expoquímica
Introdução
Atualmente no âmbito escolar, vivemos um momento muito delicado e preocupante quando nos referimos ao ensino da tríade de ciências (química física e matemática). São matérias com um auto índice de rejeição por parte dos alunos, devido ser consideradas extremamente complexas e difíceis de entender. Das disciplinas ministradas, tanto no ensino fundamental como no ensino médio, a química é citada como uma das mais difíceis e complicadas de se estudar, e que sua dificuldade aumenta por conta de ser abstrata e complexa o que vamos analisa nos resultados deste trabalho. A grande parte dos alunos alega que precisam memorizar fórmulas, propriedades e equações químicas. Porém há um grande equívoco quando pensamos que os efeitos dessa rejeição afetam apenas o desempenho e rendimento dos alunos durante o ensino médio. Segundo David Ausubel (apud Moreira,2006), “é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona de maneira não literal e não arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do indivíduo (p.14). Nesse processo, a nova informação interage com uma estrutura de conhecimentos específicos, ao qual Ausubel chama de “conceito subsunçor”, estabelecendo ligações ou “pontes cognitivas” entre o que sabe e o que ele está aprendendo. Segundo Moreira (2006), na aprendizagem por recepção, o que deve ser aprendido é apresentado ao aprendiz em sua forma final. Enquanto, a por descoberta, o conteúdo principal é descoberto pelo aluno.
Material e métodos
A realização da I Expoquímica esteve dividida em duas etapas: a primeira aconteceu com as exposições de seminários desenvolvidas pelos alunos das quatro turmas que contou com as orientações dos professores e dos bolsistas. Na segunda etapa, as experimentações foram feitas pelos bolsistas em uma sala da biblioteca. Através da ausência de laboratório multidisciplinar superamos os obstáculos para a realização da exposição de química. Foram utilizados quatro experimentos, nos quais os mesmos tratavam assuntos abordados no ensino médio. O primeiro experimento a ser trabalhado foi a “Pasta de dente de Elefante”, o qual demonstra que a velocidade de uma reação química depende de uma série de fatores, entre esses fatores, temos o uso de catalisadores, que são substâncias capazes de aumentar a velocidade com que uma reação química ocorre, sem necessariamente participar como reagente. O segundo experimento trata-se da extração alcoólica do açaí como indicador natural de ácido e base. Este experimento tem como finalidade utilizar o açaí como indicador natural para classificar substâncias ácidas e básicas. O terceiro experimento que foi realizado com as quatro turmas de ensino médio, foi a “Metamorfose do Permanganato de Potássio” no qual, quanto maior for a quantidade de água oxigenada adicionada a solução maior será a velocidade da reação (sendo usada como catalisador) de redução dos íons permanganato que pode ser observado pela descoloração da solução. O quarto experimento realizado no Expoquímica foi a “Pilha de Limão”, para explicar a diferença de potencial (ddp), incluso no assunto de eletroquímica. Onde os alunos puderam observar na prática a energia química sendo transformada em elétrica.
Resultado e discussão
A I Expoquímica foi realizada de forma única e inovadora. Levado à escola, no intuito de fazer com que alunos conhecessem materiais usados em laboratório de química e visualizassem alguns experimentos simples. Seis alunos contribuíram para obtenção desses resultados como transcrito abaixo. 1ª pergunta: Qual o seu grau de interesse na disciplina de química? De acordo com as respostas dos alunos as experimentações foram validas.
Aluno (1) “Bom, eu já fazia olimpíada de química e sempre gostei muito de química, e com essas aulas e principalmente a teórica foi de grande valor”;
Aluno (2) “Meu interesse é bem grande, acho empolgante e misterioso”;
Aluno (3) “60% eu gosto muito dessa disciplina, mais tenho dificuldade de aprendê-la”;
A 2ª pergunta foi à seguinte: Você acha que é importante a realização de feira de ciências na escola?
Os sessenta alunos responderam que sim e, umas das respostas foram:
Aluno (4) “Sim, pois ajuda os alunos a discernir o assunto a cada dia. E entender o que é estudado. Dever ser feito sempre esses experimentos”,
Aluno (5) “Sim, pois estimula os alunos a se interessar um pouco mais pela química. escapando assim do teórico”,
Aluno (6)“Claro, por que sempre tem Feira Cultural e nunca feira de ciências, acho mais importante uma feira de ciências”.
Vale ressaltar que a experimentação é uma ferramenta metodológica de grande relevância no ensino de química, propiciando uma aprendizagem efetiva do conhecimento cientificamente produzido e dos conceitos estudados, apresentando resultados significativos quando realizada na própria sala de aula, tanto pelos professores, quanto pelos alunos. Segundo os próprios alunos torna a “aula interessante e facilita o aprendizado”, funcionando assim como instrumento motivador.
1º momento da expoquímica
2º momento da expoquímica
Conclusões
Obtivemos resultados expressivos ao longo da I Expoquímica, como foi demonstrado nos resultados e discussões, onde os alunos da Escola Estadual Jarbas Passarinho tiveram o primeiro contato com experimentação. Na qual comprovou-se que a utilização de aulas experimentais foi importante para o entendimento do aluno com as aulas teóricas. Desta forma, A “I Expoquímica” foi realizada com sucesso para os alunos do tiveram todo o envolvimento e empenho dos bolsistas do PIBID para a realização da feira que foi de grande magnitude para a escola.
Agradecimentos
Agradecemos a Escola Jarbas Passarinho (Souza) que nos possibilitou realizar este trabalho e ao Projeto Institucional de Iniciação à Docência (PIBID/IFPA.
Referências
MOREIRA, M.A. A teoria da aprendizagem significativa e sua implicação em sala de aula. Brasília: Ed. UnB, 2006.