AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO CÓRREGO FORTALEZA NO MUNICÍPIO DE COXIM-MS

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ambiental

Autores

de Oliveira Ferreira, J. (IFMS) ; Freitas Henrique, A. (IFMS) ; Rodrigues de Oliveira, H. (IFMS) ; Rodrigues de Andrade, G. (IFMS)

Resumo

O córrego Fortaleza é um rio de pequeno porte muito utilizado no município de Coxim-MS para a prática recreativa. O presente trabalho teve como objetivo analisar diversos parâmetros físico-químicos e microbiológicos para classificar a qualidade da água do córrego fortaleza. Os parâmetros analisados foram: OD, pH, Turbidez, Cor, C.E, DBO5, Sólidos Totais, Alcalinidade, Cloretos, Dureza Total, Ferro, coliformes totais e termotolerantes. As amostras foram coletadas em 10 pontos diferentes no decorrer do leito do córrego fortaleza nos meses de dezembro de 2014 e julho de 2015. Também foi realizado o cálculo do IQA, parâmetro utilizado para avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento público. Até o momento a água do rio está classificada em boa e regular.

Palavras chaves

Qualidade da água; Análise físico-química ; Análise Microbiológicas

Introdução

Desde a Revolução Industrial as atividades humanas vêm alterando significativamente o meio ambiente. O crescimento acelerado e desordenado da população mundial provoca intensa degradação, tanto dos ecossistemas aquáticos como terrestres. O planeta vem sendo mudado ao longo do tempo através de desmatamentos, da agricultura praticada em regiões ecologicamente frágeis, de mono cultivos de espécies arbóreas, da criação intensiva de animais, da urbanização, e também pela alteração dos ciclos hidrológicos (MAIER, 2007). A água é um dos mais importantes recursos naturais, imprescindível à vida e atividades humanas por suas funções no abastecimento público, industrial, agropecuário e na preservação da vida aquática (CASTRO, 2013). A água pode servir de veículo para vários agentes biológicos e químicos. A análise de qualidade da água é baseada na comparação de suas características físico-químicas e microbiológica com padrões estabelecidos para os diversos tipos de usos previstos, tais como consumo humano e irrigação (GOMES, 2005).

Material e métodos

Primeiramente foi realizada uma pesquisa bibliográfica para determinar os parâmetros físico-químicos e microbiológicos a serem analisados. Em seguida foram coletadas as amostras em 10 pontos diferentes no decorrer do leito do rio fortaleza, que foram devidamente demarcados com auxílio de GPS. Para a realização das análises de dureza total, quantidade de cloretos e alcalinidade foram feitas a partir de uma titulação potenciométrica, utilizando um aparelho titulador potenciométrico Titrino Plus 848, Metrohn. Para medir o pH utilizou-se um pHmetro mPA210, MS Tecnopon, para analisar o OD utilizou-se um medidor de oxigênio dissolvido MO-900 da Instrutherm, para a cor aparente utilizou-se um aparelho medidor de cor microprocessado DM-COR, Digimed, para analisar a turbidez utilizou-se um turbidímetro AP 2000 da Policontrol, para análise de C.E utilizou-se um condutivímetro Module 856, Metrohm e para o ferro total foi quantificado pelo método NBR 13934; 1997 - Água - Determinação de ferro - Método colorimétrico da ortofenantrolina, utilizando o espectrofotômetro uv/vis. Já para os parâmetros microbiológicas de coliformes totais e termotolerantes foram analisados pelo método descrito pela FUNASA, 2009.

Resultado e discussão

Os valores encontrados das análises físico-químicas e microbiológica seguem na tabela 1, onde foram comparados com os estabelecidos segundo as resoluções e portaria vigentes.Os valores de DBO5 das mostras variaram de 4,2 à 9,4, apenas os pontos de 1 à 4 ficaram acima de 5 mg/L estando portanto fora do limite estabelecido, isso pode indicar um elevado teor de matéria orgânica presente nesses pontos. Para dureza total apenas uma amostra presentou o valor de 1,77 mg/L, estando dentro do limite permitido, já os demais pontos apresentaram-se ausentes. A resolução n°357 do CONAMA (2005), não classifica um valor máximo permitido para a alcalinidade, e os teores de ferro total ficaram abaixo do Limite de Detecção. Segundo os parâmetros microbiológicos tanto os coliformes totais quanto os termotolerantes, as amostras 5 à 10 ficaram acima dos valores permitido segundo a legislação vigente, apresentando valores positivos para presença de bactérias. Vale ressaltar que os ponto 1 à 4 não foram realizados as análises para os parâmetros microbiológicos. Também foi realizado o cálculo do Índice de Qualidade das Águas (IQA), a partir desse cálculo pode-se classificar a qualidade das águas, que variam de 0 a 100, onde são classificadas nas categorias de ótima a muito ruim. Segundo o cálculo do IQA as amostras que apresentaram valores na faixa de 36< IQA ≤51 foram classificada em regular, já as que apresentaram valores na faixa de 51< IQA ≤79, foram classificados na categoria boa, como mostra na tabela 2.







Conclusões

Enquanto as análises físico-químicas apenas 4 pontos analisados estavam foram do limite permitido segundo o parâmetro da DBO5 podendo indicar um elevado teor de matéria orgânica presente na água. Já os demais parâmetros estavam dentro do limite permitido segundo a legislação vigente. Para os parâmetros microbiológicos os coliformes totais e termo tolerantes apresentaram acima do permitidos segundo a legislação vigente, sendo um resultado preocupante, pois a população da cidade utiliza muito do córrego para recreação e lazer.

Agradecimentos

IFMS e CNPQ pela bolsa de iniciação científica.

Referências

BRASIL, resolução n° 357 de 17 de março de 2005. Brasília: Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2005.
BRASIL, portaria n° 2.914 de 12 de dezembro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde- 2011.
CASTRO, A, S.; SILVA, B.; M.; FABRI.; R.; L.; Avaliação Da Qualidade Físico-Química E Microbiológica Da Água Dos Bebedouros De Uma Instituição De Ensino Superior De Juiz De Fora, Minas Gerais. Revista Digital de Nutrição. V.7,n. 12, p. 984-998, 2013.
CETESB, Significado Ambiental e Sanitário das Variáveis de Qualidade das Águas e dos Sedimentos e Metodologias Analíticas de Amostragem. São Paulo, 2009. 9p: (Series Relatórios). Disponível em: http://portalpnqa.ana.gov.br. Data de acesso em: 22/02/2015.
FUNASA; Manual prático de análise de água, MISTÉRIO DA SAÚDE, Brasília, 2009.
GOMES, P, M; MELO, C; VALE, V, S. Avaliação dos impactos ambientais em nascentes na cidade de Uberlândia-MG: análise macroscópica. Sociedade & Natureza, Uberlândia, 17 (32): 103-120, jun. 2005.
GOMES, P.M.; MELLO, C.; Vale, V.S.; Avaliação dos Impactos Ambientais em Nascentes na Cidade de Uberlândia-MG: Análise Macroscópica. Sociedade & Natureza. Vol. 17. n. 32, p. 103-120. 2005.
MAIER, C.; Qualidade De Águas Superficiais E Tratamento De Águas Residuárias Por Meio De Zonas De Raízes Em Propriedades De Agricultores Familiares. 2007. 96 f. Dissertação De Mestrado. Departamento De Ciências Do Solo. Universidade Federal De Santa Maria, Santa Maria, 2007.

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