AS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE UMA ABORDAGEM DE TEMAS AMBIENTAIS NAS AULAS DE QUÍMICA.

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ambiental

Autores

Leal, J.S. (IFPI) ; Sales, A.L.C. (IFPI) ; Lima, M.J. (IFPI) ; Luz, M.M. (IFPI) ; Carvalho, J.A. (IFPI) ; Moura Fé, B.S. (IFPI) ; Silva, M.P. (IFPI) ; Araujo, J.L. (IFPI)

Resumo

Sabe-se que o meio em que se vive está sujeito às interferências da ação humana que tendem a refletir em desastres ambientais se ocorrerem de forma intensa. O professor em seu papel como educador tem o dever de inserir Educação Ambiental (EA) no contexto de suas aulas. Este trabalho tem como objetivo investigar as consequências da falta de abordagem de temas ambientais na graduação dos alunos do PIBID da Unidade Escolar Desembargador Vidal de Freitas.

Palavras chaves

Química; Educação Ambiental; Conscientização

Introdução

Sabe-se que as atividades humanas têm ocasionado como consequência vários problemas ambientais ao planeta. A partir Lei N° 9.793, entende-se como Educação Ambiental em seu Art. 1º: “Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais”. E, Segundo a diretoria de Química Ambiental (QA) da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) (2011): [...] a Química Ambiental estuda os processos químicos que ocorrem na natureza, sejam eles naturais ou ainda causados pelo homem, e que comprometem a saúde humana e a saúde do planeta como um todo. É dentro dessas definições, que a parti da Química Ambiental devemos inserir no ambiente escolar a Educação Ambiental (EA) e, nesse contexto, repassar os conhecimentos de práticas sustentáveis por iniciativa da sociedade onde se pode promover a conscientização sobre problemas ambientais, as suas causas e possíveis mudanças de habito que resolvam ou, ao menos amenizem a degradação dos recursos ambientais. (FRISON e DEL PINO, 2012). É nesse sentido que o professor em seu papel como educador não deve deixar de introduzir nos conteúdos de química a relação existente entre o meio ambiente e suas alterações sofridas com a interferência do homem, além de conscientizar sobre a importância de inserir praticas sustentáveis no cotidiano. Então os profissionais da educação devem receber formação e incentivo para que esse objetivo seja alcançado. Os conhecimentos adquiridos na graduação se refletirão na vida profissional e existe um consenso sobre o fato de que só se pode ensinar aquilo que se sabe.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada através de um questionário aplicado a 10 (dez) bolsistas do PIBID que atuam na Unidade Escolar Desembargador Vidal de Freitas, da cidade de Picos-PI, onde foram feitas perguntas sobre Educação Ambiental e a orientação a partir do currículo de sua graduação acerca da preocupação em trabalhar temas abordando problemas ambientais: 1) O que você entende por Educação Ambiental? 2) Você costuma trabalhar com temas que conscientizem seus alunos acerca de problemas ambientais? 3) Que tipo de dificuldades são encontradas para se trabalhar EA em sala de aula? 4) Em sua formação você obteve algum tipo de orientação acerca de como trabalhar práticas educação ambiental em sala de aula?

Resultado e discussão

A partir da analise dos dados da entrevista realizada pode-se observar que existem muitas dificuldades encontradas para se trabalhar EA no contexto das aulas. Os bolsistas da escola entrevistada em questão demonstraram ter conhecimento acerca do conceito sobre EA onde estes são cientes da importância quanto à aplicação de atividades relacionadas a problemas ambientais. Dos bolsistas entrevistados 80% afirmaram que já trabalharam de alguma forma temas ambientas em sala de aula, mas com pouca ênfase, diante de dificuldades encontradas em trabalhar esses temas: “A maior dificuldade é que a escola traça metas a serem atingidas e os conteúdos devem ser repassados de forma significativa ou não, mas deve ser repassado, então às vezes se aprofundar em temas ambientais se torna algo facultativo e ate deixado de lado” (Bolsista 2). Os bolsistas também se queixaram da falta de material disponível para tornar essas práticas possíveis, onde os livros didáticos são carentes de temas para possível discussão em sala de aula. Os bolsistas também alegam que existe falta de orientação por parte da escola para se trabalhar esses conteúdos. Esses temas são tratados de forma isolada, sem continuidade então, os alunos recebem a informação de que é importante preservar a natureza, mas, não levam isso na prática como algo a ser contínuo em comunidade. Na analise dos dados a questão da orientação obtida na formação dos bolsistas, os bolsistas mencionaram que não tiveram orientação adequada para trabalhar esses temas em sala de aula: “não recebemos capacitação para conviver com esse tipo de orientação o que se reflete em sua atuação como profissional da educação.” (Bolsista 3).

Conclusões

Pode-se analisar que os professores que teriam o papel de orientar os alunos e conscientizá-los não recebem incentivos da comunidade escolar e não tem acesso a materiais que possam impulsionar esse processo de conscientização. Além disso, os docentes de química em sua formação, não recebem formação acerca de EA e esse fato limita o processo de tornar os alunos cientes dos problemas ambientais, pois, se na própria formação dos educandos não houve uma capacitação de acordo com a EA, neste aspecto o seu desempenho como docente cogita também a ser limitado.

Agradecimentos

Meus pais, Meus amigos e colegas de turma.

Referências

BRASIL: Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília – DF, 1999.

Sociedade Brasileira de Química. Disponível em:<http://www.sbq.org.br/divisoes.php >Acesso em 25 de junho de 2014.

FRISON M. D.; DEL PINO J. S.; Educação Ambiental Como Articuladora Para A Produção De Conhecimento Químico Escolar: Implicações No Ensino E Na Formação Para O Ensino. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient., Rio Grande do Sul, v. 28, p. 1517-1256 , 2012.

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