CARACTRIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO EFLUENTE PÓS TRATAMENTO DE UMA INDÚSTRIA FRIGORÍFICA DE ABATE BOVINO NA REGIÃO DO VALE DO MÉDIO ARAGUAIA

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Ambiental

Autores

Braga, G.S. (IFTO) ; Viroli, S.L.M. (IFTO) ; Castro, I.P.M. (IFTO) ; Alves, M.F. (CEULP/ULBRA) ; Rodrigues, F.M. (IFTO) ; Rodrigues, L.G.S.M. (IFTO)

Resumo

O presente trabalho caracterizou e avaliou o efluente tratado de um frigorífico de abate bovino visando o reúso da água para preservar os recursos hídricos . O efluente tratado foi coletado entre os meses de março a setembro atravez de amostragem simples, armazenado em recipientes de polietileno de 5L. Foram analisadas Oxigênio Dissolvido, Demanda Bioquímica de Oxigênio, Sólidos em Suspensão, Turbidez, potencial Hidrogeniônico, Óleos, Graxas coliformes totais e termotolerantes. Dentro os parâmetros analisados quando comparados com as Resoluções CONAMA Nº430 e Nº410 observou se que a DBO5 apresentou valor muita acima do preconizado pela lesgislação os demais parâmetros estão dentro do padrão. O corpo hídrico é classificando receptor em Classe 2.

Palavras chaves

Abate bovino; frigorífico; Tratamento de efluente

Introdução

É crescente a preocupação mundial com o uso racional, da necessidade do controle de perdas e desperdícios, do reúso da água e principalmente a redução no lançamento de esgotos em corpos receptores (VON SPERLING, 2005; BLUM, 2003). O esgoto tratado tem um papel fundamental no planejamento e na gestão sustentável dos recursos hídricos como um substituto para o uso de águas destinadas a fins agrícolas, irrigação etc (BLUM, 2003). O conhecimento das características das águas residuárias industriais constitui o primeiro passo para o estudo dos possíveis tipos de tratamentos e conhecimento do potencial poluidor, quando estes efluentes são lançados no corpo de água receptor ( NUNES,2004). O tratamento de resíduos em frigorificos de abate bovino, fiscalizado por órgão ambientais, tornou se fator predominante no gerenciamento ambiental pois todas as etapas do processo desde a chegada até o abate dos bovinos consomem grande quantidade de água. Segundo A atividade gera por animal abatido 1,1 a 2,9 m3 de efluente líquido e para consumo de água uma vazão estimada de 2.500L por animal abatido.( BRAILE & CAVALACANTI, 1993; ESPINOSA, 1998). A água é utilizada na lavagem das carcaças durante os estágios do processo e na limpeza no fim de cada etapa. De 80 a 95% da água utilizada é descartada como efluente (TEIXEIRA, 2006). O presente trabalho teve como objetivo caracterizar e avaliar o efluente pós tratado de uma indústria frigorífica de abate bovino, comparando os resulados com a Resolução CONAMA Nº430, de 13/05/2011 (CONAMA, 2015) visando o reúso da água para preservar os recursos hídricos e minimização os impactos ambientais.

Material e métodos

O efluente líquido pós tratamento foi coletado em um frigorifico localizado na região do vale do Médio Araguaia. O efluente tratado foi coletado, mensalmente entre os meses de março a setembro de 2014, no período matutino entre 09h e 10h através da técnica de amostragem simples, armazenado em recipientes de polietileno com capacidade volumétrica de 5 L, encaminhadas para o Laboratório de Saneamento do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins IFTO Campus Paraíso do Tocantins sob refrigeração em caixas térmicas. Para caracterização do efluente e realização da pesquisa foi definido como ponto de coleta a saída do tratamento de efuentes por ser o ponto que melhor caracteriza o efluente . As amostras coletadas foram analisadas em triplicata no Laboratório de Saneamento do IFTO. Foram analisadas Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5), Sólidos em Suspensão (SST), Turbidez (uT), potencial Hidrogeniônico (pH), Óleos e Graxas(OG) seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater da AWWA (America Water Works Association) (APHA, 2005) e as de coliformes totais e termotolerantes por meio da técnica de Tubos Múltiplos, conforme procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2006) e comparados com as Resoluções CONAMA Nº430, de 13/2011 e Nº410/2009 (CONAMA, 2015).

Resultado e discussão

Os valores de pH resultou no minimo de 7,1 e maximo de 8,11 e médio igual 7,4. Este valor apresenta-se dentro da faixa de variação de 6,0 a 9,0 estabelecida pela Resolução CONAMA Nº430, de 13/05/2011. Arruda (2004) encontrou pH para efluente de matadouros inferiores ao encontrado neste trabalho. A DBO apresentou valor minimo de 315 mg/L e valor máximo de 440 mg/L e médio igual 391,14 mg/L. Esses valoes são superiores as valores determinados pela legislação vigente para classificação dos corpos hidricos. O SST analisado apresentou valor mínimo de 1,12 mg/L e máximo de 27 mg/L considerando uma entrada média de 16,14 mg/L estando de acordo com a legislação. OD apresentou valores mínimo de 2,92 mg/L e máximo de 5,4 mg/l e médio de 4,10 mg/L, estando de acordo com o preconizado pela legislação vigente. A coloração marrom claro na saída do tratamento evidencia uma boa remoção dos sólidos presentes na amostra. Essa característica também foi observada por Ratti et al. (2007). A Turbidez (uT) obtive valores mínimo de 21 mg/L, máximo de 221 mg/L e médio de 54,51 mg/L estando de acordo com o preconizado pela legislação. A análise de OG apresentou valores mínimo de 0,1 mg/L, máximo de 6.02 mg/L e médio de 2,15 mg/L estando dentro do padrão exigido pela legislação. Os coliformes totais presentaram vlor mímino de 100 N.M.P/100 mL, máximo de 170 N.M.P/100 mL e média de 120 N.M.P/100mL estando dentro do padão exigido pela legislação. Os coliformes termotolerantes apresentaram valores mínimo de 20 N.M.P/ 100 mL , máximo 190 N.M.P/ 100 mL e médio de 75,71 N.M.P/100 mL estando também de acordo com a legislação. Diante dos resultados o efluente pós tratamento pode ser classificado como classe 2.

ANÁLISE FÍSICO QUÍMICA

O grafico demostra os resultadosobtidos para Oxigênio Dissolvido, Demanda Bioquímica de Oxigênio, Sólidos em Suspensão, Turbidez, pH, Óleo e graxas

ANÁLISE BACTERIOLÓGICA

O grafico demostra os resultados para a determinação de coliformes totais e termotolerantes encontrados no efluente pos tratamento

Conclusões

Dentro os parâmetros analisados quando comparados com as Resoluções CONAMA Nº430, de 13/2011 e Nº410/2009 observa_se que a DBO5 apresentou valor muita acima do preconizado pela lesgislação os demais parâmetros estão dentro do preconizado pelas Resoluções do CONAMA . o corpo hídrico é classificando receptor em Classe 2.

Agradecimentos

A Deus, ao meu orientador Prof. Sérgio Viroli e ao IFTO campus Paraíso do Tocantins

Referências

ARRUDA, V.C.M. Tratamento Anaeróbio e Gestão de Efluentes Gerados em Matadouros de Bovinos. 2004. 110f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos) - Universidade Federal de Pernambuco, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

BLUM, J. R. C. Critérios e padrões de qualidade da água. In: Mancuso, P. C. S; Santos, H. F. Reúso de água. Cap. 5, Barueri, São Paulo: Manoli, 2003.

BRAILE, Pedro Marcio; CAVALCANTI, José Eduardo W.A. Manual de tratamento de águas residuárias industriais. Sao Paulo, CETESB, 1993.

ESPINOZA, Mariza Wagner; PAZ, Araí Maria Aparecida dos Santos; RIBAS, Maria Lúcia Oscar; SANGOI, Regina Froener; BURSZTEJN, Sara. Índices para o Cálculo Simplificado de Cargas Orgânicas e Inorgânicas Presentes em Efluentes Industriais. XXVII congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental, Porto Alegre-RS, AIDIS/ABES: 1998.

NUNES, José Alves. Tratamento físico-químico de águas residuárias industriais. Gráfica Editorial J Andrade. Aracaju - SE, 2004.

TEIXEIRA, Roberta Miranda. Remoção de Nitrogênio de Efluentes da Indústria Frigorífica Através da Aplicação dos Processos de Nitrificação e Desnitrificação em Biorreatores Utilizados em um Sistema de Lagoas de Tratamento. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2006.

VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. In: Princípios do tratamento biológico de águas residuais. 3 ed. Vol.1. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, UFMG, 2005.

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